DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA
O mapa à esquerda mostra a situação atual vista e registrada por satélite. Somente as áreas verdes são ainda florestas nativas. O restante, outras cores, nos mostra áreas desmatadas pelo homem, ou queimadas.
Comparando com o mapa à direita, temos uma visão catastrófica do que estão fazendo com a floresta amazônica brasileira. É absurdo.
Abaixo faço a compilação de uma reportagem bem completa sobre o assunto:
Revisão do desmatamento feita em junho de 2016
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Governo segura desde junho
estimativa maior de desmatamento da Amazônia
23/09/201622h16
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Uma revisão do desmatamento da
Amazônia entre 2014 e 2015 mostrou que o corte raso nas florestas da região
alcançou 6.207 km², ou seja uma
extensão 6,45% maior que os 5.831 km² divulgados no final do ano
passado. Concluídos em maio pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais), os dados estão retidos desde junho no MCTIC (Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações), aguardando o ministro Gilberto Kassab
(PSD) liberar a divulgação.
A nova avaliação para o desmatamento
de 2014 a 2015 traz uma segunda má notícia. Ela
reajusta também de 16% para 24% o aumento da devastação na Amazônia em
comparação com o período anterior, de 2013 a 2014, que foi de 5.012
km². Além disso, o
número reforça a dificuldade de manter resultados positivos já alcançados. Em
2012, o governo Dilma anunciou 4.571 km², a menor taxa anual desde o início
do monitoramento em 1988.
Embora a notícia seja desfavorável para o governo Dilma Roussef (PT),
uma das principais preocupações da gestão de Michel Temer (PMDB) com sua
divulgação é o aumento da devastação também de 2015 a 2016. O próximo período
de monitoramento, que deverá ser anunciado ainda neste ano, começou em agosto
de 2015, ainda sob a gestão petista, mas incluirá também maio, junho e julho de
2016, já sob o governo interino, e em plena estação seca, que agrava ainda mais
a devastação.
Risco de tendência
crescente
Composição de imagens de satélite do projeto
Prodes, que mostra em verde as áreas preservadas de floresta; em amarelo, as
áreas sob interferência urbana; e, em vermelho, áreas de agropecuária
O governo está preocupado também com o risco de uma
tendência crescente da devastação neste ano desde agosto, quando começou o
primeiro período anual de monitoramento dentro da atual gestão. A reportagem
não conseguiu na noite desta sexta-feira (23) nenhum posicionamento do MCTIC,
ao qual é subordinado o Inpe, que realiza o monitoramento dos desmatamentos,
nem do MMA (Ministério do Meio Ambiente), que é responsável pelas ações de
prevenção e combate ao desmatamento.
Enquanto Kassab não liberava os dados da revisão, o MMA, cujo titular é
o deputado licenciado Sarney Filho (PV-MA), agendou um seminário
técnico-científico em Brasília nos dia 5 e 6 de outubro para discutir a nova
estimativa. No final das contas, o dado revisado e aumentado para 2014-2015
implicará um patamar de devastação mais elevado e, portanto, mais confortável
para uma comparação com o período 2015-2016.
Além do monitoramento anual oficial
do corte raso da floresta Amazônica pelo Inpe, em São José dos Campos (SP),
também são realizadas estimativas preliminares mensais pela ONG Imazon
(Instituto Homem e Meio Ambiente na Amazônia), sediada em Belém (PA). Desde março deste ano essas avaliações paralelas têm indicado
aumento em relação ao ano passado não só da supressão completa da
vegetação, mas também da degradação por meio da extração seletiva de madeiras e
também por incêndios ocorridos anteriormente.
Devastação total
acumulada
Assinada pelo engenheiro e físico teórico Leonel Perondi, que ocupou até
quarta-feira (21) o cargo de diretor do Inpe, a nota técnica informa que a
diferença entre as duas estimativas para 2014-2015 se deve ao uso de uma nova
metodologia, que na revisão considerou 214 imagens do satélite
Landsat 8, ao passo que anteriormente foram analisadas 96 imagens. Além do
maior número de imagens, outra novidade foi o uso do satélite sino-brasileiro
CBERS-4, mais moderno. As imagens detectam desmatamentos de áreas com mais de
6,25 hectares.
Os estados "campeões" da
derrubada da floresta de 2014 a 2015 são Pará (2.153 km²), Mato Grosso (1.601 km²) e Rondônia (1.030 km²).Com base nessa revisão da mais
recente estimativa anual, o desmatamento acumulado por corte raso, ou seja, a
supressão completa de floresta na Amazônia brasileira em agosto de 2015
alcançou 770.414 km², uma área pouco
maior que a da Bahia e equivalente a quase a metade da do estado do Amazonas.
Fonte :
Maurício Tuffani*
Colaboração para o UOL, em São Paulo
Maurício Tuffani*
Colaboração para o UOL, em São Paulo
CONCLUINDO
A destruição da mata virgem na floresta amazônica vem acontecendo há décadas. Mesmo com o monitoramento por satélite, nada tem sido feito para impedir o desmatamento e as queimadas constantes na região.
Até quando vamos ver a Amazônia ser destruída e não fazer nada?
Onde estão os ambientalistas brasileiros e estrangeiros?
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