Tudo coopera para o bem





Pastor que teve igreja destruída: "Tudo coopera para o bem"
Congregação hoje reúne muitos muçulmanos convertidos

Em novembro de 2011, o pastor Aminu Sule estava em sua casa, aldeia em Dematuru, Estado de Yobe, no norte da Nigéria, quando militantes islâmicos atacaram a comunidade. As poucas igrejas do local foram queimadas e cerca de 200 pessoas acabaram mortas. Ele testemunhou quando militantes passaram a noite toda indo de casa em casa, matando todos os cristãos que encontraram.

A maioria fugiu, mas Sule e sua família decidiram permanecer. A igreja que ele liderava foi completamente destruída durante o ataque. “Sendo o pastor, eu não podia fugir e abandonar os poucos que ficaram”, conta ele ao Christian Today.

Acrescenta ainda que lembrou das promessas contidas nas Escrituras: “A Bíblia diz que o Senhor é meu pastor e nada me faltará. Se eu fugir e deixar a minha congregação, o que vou dizer a eles? Como eu poderia pregar a dependência de Deus? Eu disse para mim mesmo, ‘o viver é Cristo e o morrer é lucro. Se eu morrer, vai ser para o bem da Igreja”.

O pastor Sule continuou se reunindo com os membros das únicas três famílias cristãs que continuaram morando na aldeia. Mesmo traumatizadas pelo ataque eles perseveraram. Ao falar sobre os filhos, relata: “Eu os encorava, mesmo eles sendo crianças precisam saber que Deus está no controle de todas as situações”.

Apesar das grandes dificuldades, o pastor Sule é um dos muitos que lutam para preservar a presença cristã no seu país. “Jesus disse que quem quiser segui-lo deve tomar a sua cruz. Não é fácil viver no norte da Nigéria, mas você precisa estar determinado a seguir a Cristo, não importa o que vai acontecer”, ensina.



Ele lembra também que “Na igreja primitiva, os cristãos enfrentaram a perseguição, mas eles foram capazes de suportar. Pela graça de Deus, nós também temos que ficar firmes no Senhor”.

Através de uma colaboração com a Portas Abertas, o pastor conseguiu reconstruir a igreja. Ele também disse que ficou feliz com a apoio que recebeu quando sua história foi divulgada pela missão. “Eu senti o poder da oração. Eu sabia que as pessoas estavam intercedendo, orando e pedindo a Deus proteção para a minha vida. A oração é muito poderosa, não tem limite”, comemora.

Hoje, apesar das perseguições que eles ainda enfrentam, uma média de 200 pessoas participa dos cultos. Muitos deles novos crentes, convertidos do islamismo. Alguns desses ex-muçulmanos são parentes de Sule.

“A Bíblia diz que Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem”, sublinha. “Eles [os muçulmanos locais] viram as tentativas do inimigo para acabar com o cristianismo na Nigéria, mas nossa igreja está de pé. Então eles começaram a me perguntar: Que tipo de Deus é esse que cuida e protege vocês?”.

Boko Haram acumula milhares de mortes

A Nigéria aparece em 12 º lugar no ranking de perseguição de 2017, divulgado pela Portas Abertas. Grande parte dessa violência é promovida pelo Boko Haram. Os jihadistas começaram seu movimento em 2009, quando destruíram mais de 900 escolas, matando deliberadamente 611 professores e forçando outras 1.900 a fugir.

Para eles tudo o que vem do Ocidente é “pecado”. Ao todo, 20.000 pessoas morreram ao longo dos últimos oito anos, como resultado dos ataques promovidos por eles.

Em agosto de 2016, o novo líder do Boko Haram, Abu Musab al-Barnawi, prometeu erradicar o cristianismo na Nigéria. “Vamos bombardear todas as igrejas e matar todos aqueles que encontramos dentro “o povo da cruz”, avisou.

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por Jarbas Aragão

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