GUERRA ENTRE FACÇÕES CRIMINOSAS E EXECUÇÕES
Amigos do Blog,
Estamos presenciando mais uma faceta dos horrores que ficam meio que "ocultos sob o tapete da incompetência dos nossos governantes".
O Brasil vive uma crise econômica de cunho político, alicerçada na corrupção e roubalheira da quadrilha do PT que esteve no governo federal até o afastamento de Dilma Roussef em maio de 2016, mas cujo processo de investigação ainda não foi encerrado. O PT, mesmo fora do cargo de presidência, ainda tem muitos comparsas (dizem aliados para o público, mas chamam de camaradas em particular) ocupando cargos tanto no legislativo quanto no executivo e também no alto escalão do judiciário. Assim, usando deste poder existente e palpável, vai o PT enfrentando e rechaçando todos os processos que são movidos contra Lula e cia.
Como reflexo desta crise política, nossa economia entrou em profunda recessão, gerando desemprego e insegurança para o cidadão comum. O comércio e a indústria estão estagnados e em processo de falência por todos os lados. O setor imobiliário também deu uma parada brusca, causando desemprego na área da construção civil.
Já dá para ver que este quadro é bastante caótico.
Temos ainda o presidente tampão TEMMER um tanto inseguro e disperso, mas acenando com reformas na previdência social, pretendendo fazer modificações e cortes que vão prejudicar a população mais idosa. Este é outro motivo para tristeza e desmotivação do povo brasileiro.
Este é um breve flash do Brasil de janeiro de 2017, onde a incompetência dos políticos faz com que a população veja-os como adversários e opressores, não como servidores públicos.
Não bastasse tudo isto, agora se revela mais uma prova da incompetência dos governantes deste nosso Brasil: As facções criminosas tomando o controle de penitenciárias em vários municípios e fazendo chacinas cruéis, diante de um poder público inoperante e despreparado, quando não envolvido e corrupto.
Estes acontecimentos agora registrados, onde o PCC e outras organizações rivais criminosas enfrentam o poder público e as instituições, nos mostra como tem sido inadequado o uso das verbas destinadas para o setor de segurança. Quando se fala em segurança pública no Brasil, só se apresenta como paliativo o governo liberar mais verbas para comprar carros e construir penitenciárias. NÃO ESTÁ RESOLVENDO.
Será que não está na hora de rever os conceitos das leis e estatutos (Estatuto do menor e do adolescente, por exemplo) equivocados que foram criados a poucos anos e que tem desvirtuado a família tradicional, tirando a autoridade dos pais e transferindo-a para os órgãos públicos tão incompetentes e corruptos?
Temos que investigar as causas do aumento da criminalidade, as causas do aumento do tráfico de drogas, as causas do aumento da violência, achar as respostas certas e combater estas causas, não ficar colocando panos quentes nem tentando cuidar somente das consequências.
É mais barato investir nas escolas e na prática de esportes para a infância e a juventude, ao invés de aumentar a força de repressão do estado e de criar mais penitenciárias.
Será que o Brasil está criando uma juventude que tem como destino certo as cadeias?
QUE PAÍS É ESTE, ONDE SE ABANDONA OS MECANISMOS DE SE MOLDAR O CARÁTER SAUDÁVEL NAS CRIANÇAS E NOS JOVENS E SE PREPARA PARA ENCARCERÁ-LOS QUANDO TRANSGREDIREM A LEI?
Tem que haver mudanças, nossa sociedade está caminhando para o caos como se fôssemos um bando de mortos-vivos sem raciocínio nem inteligência.
MUDA, BRASIL.
Abaixo uma compilação fiel da reportagem sobre a rebelião em Alcaçuz, RN, no jornal El País edição de 15-1-2017:
Rebelião em
presídio do Rio Grande do Norte deixa ao menos 26 mortos
Autoridades
locais não confirmam relação com os massacres de Amazonas e Roraima
São
Paulo - 15 JAN 2017 - 23:48
A crise nos presídios brasileiros ganhou mais um trágico capítulo
neste fim de semana. Após
os grandes massacres com dezenas de mortos em Amazonas e
Roraima, uma rebelião na
Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal (RN),
somou 26 óbitos ao número
de vítimas da barbárie carcerária que concentra as atenções do
país desde o início do ano. Os
relatos dão conta de que, a exemplo do que ocorreu nos presídios
de Anísio Jobim, em
Manaus, e Monte Cristo, em Roraima, o confronto entre detentos deixou corpos
decapitados e
mutilados.
Mesmo antes de saber o que encontrariam
dentro do presídio, as autoridades locais alugaram
um caminhão frigorífico para abrigar os corpos das vítimas. O
desenrolar da crise
penitenciária, que é alimentada pelo confronto entre três facções,
leva a crer que o motim iniciado no sábado e controlado apenas na manhã deste
domingo dá sequência à série de vinganças desencadeadas desde que 56 presidiários
foram executados no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no dia 2 de
janeiro. Naquela ocasião, a maioria dos mortos
pertencia ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Quatro dias depois, 31 detentos teriam o mesmo destino fatal na penitenciária Agrícola
de Monte Cristo — desta vez, a maioria
dos mortos estava ligada à Família do Norte e ao Comando Vermelho.
As mortes deste fim de semana marcariam, portanto, o troco
contra o PCC. Mas as autoridades não fazem essa conexão. "Não há confirmação
de relação, mas com certeza as rebeliões naqueles presídios incentivaram o que
aconteceu aqui", disse o secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande
do Norte, Wallber Virgolino, em entrevista coletiva.
O Governo do Rio Grande do Norte identificou pelo menos seis líderes
da rebelião no presídio, que durou cerca de 14 horas e ainda deixou nove
detentos feridos gravemente. De acordo com as autoridades locais, o Governo vai
pedir a transferências dos líderes para presídios federais. Outros detentos
seriam transferidos ainda neste domingo para outras unidades prisionais do
estado.
O presidente Michel Temer disse, por meio das redes sociais, que
acompanha a situação da rebelião no Rio Grande do Norte e informou que
determinou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que "prestasse
todo o auxílio necessário ao Governo do Estado". Moraes tem reunião
marcada para a próxima terça-feira com todos os secretários estaduais de
segurança do país para tratar da crise prisional. Após mais um massacre de
grande repercussão — o número de mortes nos presídios brasileiros neste ano já
ultrapassa a centena — a reunião ganha ainda mais relevância.
Na esteira de mais um massacre, o Governo de Alagoas resolveu
transferir 600 detentos de unidade prisional neste domingo. Segundo as
autoridades locais, teria sido identificada uma "anormalidade" por
meio de um trabalho de inteligência. A segurança também foi reforçada nas três
unidades prisionais em questão e as visitas de familiares foram suspensas. Do
total de transferidos, 500 foram conduzidos para a nova penitenciária de segurança
máxima de Alagoas.
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