Guerras Atuais - Gente virando estatística
MATEUS 19:26
Jesus olhou para eles e respondeu: "Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis"
No ano passado, segundo cálculo da Organização Internacional
para as Migrações, 2.892 homens, mulheres e crianças morreram nas águas do
Mediterrâneo Central, entre a África e a Europa.
Povo de
Deus,
Ontem
fiz aqui a proposta de fazermos uma corrente de oração, todos nós que somos
cristãos e que temos temor a Deus e amor ao próximo, independente de raça ou
credo ou etnia. Afinal, somos todos criaturas de Deus e entendemos que todo ser
humano deve ser tratado com dignidade.
Quando
se fala que o mundo hoje se tornou uma ALDEIA GLOBAL temos a impressão de um
lugar onde todos têm os mesmos direitos à vida, saúde, trabalho, moradia...
Infelizmente
não é isso que a realidade dura nos mostra.
Se o
mundo hoje é uma aldeia global, ela está cheia de paliçadas e muralhas que
servem para segregar, separando os poucos ricos e abastados da grande massa de
pobres, desfavorecidos, indigentes, sem esperança.
Como
seres humanos comuns não temos poder para agir e mudar esta realidade que é
imposta a todos nós pelos poderosos, os que detêm o poder supremo obtido pelo
capital que comandam, as riquezas e os bens que administram, mas como seres
ligados no poder sobrenatural de Deus, YHWH, (PAI,FILHO,ESPÍRITO SANTO), nós
que cremos em milagres devemos nos unir em oração, clamar ao SENHOR, interceder
em favor dos desfavorecidos, das vítimas criadas pela guerra, e crer que
veremos mudanças nesta triste realidade atual.
As
guerras parecem ter se tornado um mal crônico e contínuo nos continentes
africano e asiático. Começaram, explodiram e não se findam. Consequentemente,
em desespero milhares e milhares de pessoas fogem dos locais onde só existe
morte, destruição e caos.
MAS,
fugir para onde, se a Aldeia Global está cheia de cercas, muralhas e sentinelas
que os impedem de se estabelecer dignamente numa terra onde possam ter moradia,
trabalho, alimento, água, assistência médica...
Colocando-me
no lugar de um destes rejeitados, sinto meu coração sangrar de dor ao olhar em
derredor e não enxergar horizonte, mas apenas um alto muro intransponível me
cercando de todos os lados...
Efésios 6:18 - Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos
POR
ISTO, e por ser um cristão, ao sentir que não posso mudar a realidade busco o
Trono da Glória de meu Deus e também ao Salvador JESUS CRISTO, e me derramo
diante do Criador Supremo, esvaziando diante dele toda a dor causada por esta situação
que já se arrasta sem qualquer perspectiva de solução.
E oro, intercedo, peço, clamo,
choro: Senhor meu Deus, ouve não só o meu lamento, mas também volte seus olhos
onipotentes para o desespero que abate tantos desvalidos que fogem da guerra e
não acham destino, não encontram porto seguro.
Ó meu JESUS CRISTO, faça
acontecer uma mudança nesta situação, faça acontecer o impossível para trazer
paz até aqueles territórios abalados pela guerra, pacifica, SENHOR, aqueles
corações ferozes.
Agora, Senhor, muitos cristãos
estão se ajuntando a mim neste clamor, muitos estão orando em favor da paz e também
em favor dos que fugiram dos conflitos e não encontraram abrigo. Então, Senhor,
ouça nosso clamor, e faça acontecer uma mudança na situação, acalma uma vez
mais esta tempestade, traga a bonança e a paz! Toma cada ser humano, - criança,
jovem, homem, mulher, ancião, anciã – em tuas mãos de poder e cuida de cada um
com seu inexplicável amor.
Amém.
MAIS
NOTÍCIAS DA SITUAÇÃO DESESPERADORA DOS
QUE FOGEM DAS GUERRAS
MAS, AFINAL, COMO SOBREVIVEM OS IMIGRANTES QUE CHEGAM NA EUROPA E NÃO
PODEM ENTRAR NAS FRONTEIRAS DE DETERMINADO PAÍS?
NA FRANÇA ESTÁ SENDO ASSIM:
França:
em Calais, nenhum descanso para os refugiados
01/07/2016
O jovem iraquiano Zulfaqar fala sobre as condições de vida no
acampamento “Selva”, onde MSF oferece assistência a refugiados e migrantes
desde setembro de 2015
França: em Calais, nenhum descanso para os refugiados
França
Quando Zulfaqar chegou a Calais, esperando encontrar uma vida melhor ao
lado de seu pai na Grã-Bretanha, ele não poderia imaginar quanta violência iria
enfrentar na “Selva”, um dos campos de refugiados mais conhecidos da França. O
iraquiano de 20 anos vive aqui há quatro meses, testemunhando confrontos
frequentes entre migrantes, ataques policiais com gás lacrimogênio, insultos
racistas ocasionais por parte de moradores locais, e superlotação.
Assim como outros refugiados em Calais, Zulfaqar nunca imaginou que um
dia teria de deixar seu lar para nunca mais olhar para trás – ainda mais tendo
de trocá-lo por uma tenda frágil, em um local onde frequentemente faz muito
frio.
Acampamento “Selva”, em Calais: violência e falta de espaço tornam
condições de vida ainda mais difíceis (Foto: MSF)“Eram cinco horas de uma tarde
de outubro de 2015 quando meu pai decidiu que nós deveríamos sair de casa e
buscar um lugar seguro. Combatentes do Estado Islâmico estavam matando todo
mundo que aparecia em seu caminho, independentemente de suas religiões ou
grupos”, contou Zulfaqar, que vem do pequeno vilarejo perto de Mosul, no norte
do Iraque.
Em poucas semanas, seu pai, que é caminhoneiro, conseguiu localizar uma
rota clandestina para a Grã-Bretanha. Ele fez a viagem sozinho, sabendo que
seria mais fácil transitar por rotas clandestinas e fazer travessias
fronteiriças ilegais se estivesse sem ninguém. O plano era assegurar depois a
reunificação familiar para sua mulher, suas quatro filhas e Zulfaqar.
Aconteceu, porém, que Zulfaqar não pôde esperar que seu pai iniciasse as
tratativas para conseguir vistos legais para a família.
“Em uma manhã, eu tinha combinado de encontrar meu amigo Ali, mas ele
estava muito atrasado. Eu liguei para ele, e uma voz grave e masculina atendeu:
‘Aqui é do Estado Islâmico’. Ali estava morto. Minha mãe e eu sabíamos que eu
deveria sair do país imediatamente e que não era seguro para mim, um homem
jovem, ficar lá nem mais um minuto”, contou.
“Eu sou jovem, eu não quero morrer”, disse.
Seus olhos se iluminaram. “Minha paixão é o futebol, eu jogava sempre.
Muitas vezes, corria com a bola imaginando que era o Ronaldo ou o Messi, e
sonhava acordado com o barulho dos fãs torcendo por mim.”
“Eu saí de casa com grandes sonhos e esperanças de encontrar felicidade
e segurança. Isso foi o que me fez fugir do meu país, em primeiro lugar. Fui
até a Turquia e de lá peguei um barco para a Grécia. Viajei até a França e
consegui chegar até Calais. Preciso descobrir alguma maneira de chegar daqui
até o Reino Unido.”
Violência e superlotação
Desde que autoridades francesas demoliram a metade sul do acampamento
“Selva” em março deste ano, as condições de vida na metade norte ficaram mais
precárias devido à superlotação. As pessoas estão brigando por espaço, ainda
mais com a chegada de mil novos refugiados somente no último mês, de acordo com
ONGs locais, dos quais 142 são menores, somando um total de 700 menores na
“Selva” até agora.
“A brutalidade da polícia tornou a vida de quem mora aqui muito mais
difícil do que já era”, disse Zulfaqar.
No dia 20 de junho, entre 200 e 300 migrantes correram para a estrada
que leva ao Eurotúnel, na esperança de conseguirem entrar em caminhões que
fossem para a Grã-Bretanha.
Zulfaqar não estava entre as pessoas que tentavam cruzar o canal naquele
dia.
“Eu estava com medo”, disse. “Eu corri até minha tenda e fechei a
entrada. Mas até lá dentro era difícil respirar por causa do gás lacrimogêneo
que a polícia tinha lançado por todo o acampamento, e não apenas na estrada.”
Bashir, um sírio de 17 anos que fugiu da cidade de Daraa depois que um
ataque aéreo destruiu a casa de sua família, também relatou as experiências
violentas vividas na França.
“Um dia, eu estava andando pela cidade de Calais quando uma mulher jogou
uma sacola cheia de lixo em mim”, lembrou. “Para ser honesto, não sei por que
ela fez isso – se foi por algo relacionado à situação na ‘Selva’ ou se ela
simplesmente era racista.”
Brigas entre migrantes
O espaço virou um bem tão raro na “Selva” que alguns migrantes tentaram
arrancar as latrinas estruturadas por ONGs para se instalarem no lugar delas.
O acampamento também enfrenta o problema do crescente número de ratos,
apesar das tentativas de controle de pragas.
E o pior de tudo, de acordo com Zulfaqar, são as brigas entre migrantes.
“No mês passado, houve uma briga entre sudaneses e afegãos”, contou ele,
referindo-se aos dois maiores grupos de migrantes na “Selva”. “Tudo começou por
algo bobo, entre apenas dois homens, mas cada um deles começou a chamar
reforços para a briga, que acabou se tornando um conflito entre pessoas dos
dois países. Os dois grupos queimaram tendas uns dos outros. Mais de mil pessoas
ficaram sem abrigo naquele dia.”
Ao mesmo tempo, os contêineres em que as autoridades querem relocar uma
parte dos migrantes já estão cheios – com 350 pessoas na lista de espera.
“Eu cheguei a Calais há quatro meses, depois de sofrer violência no
Iraque. Mas a violência acabou se mostrando o maior problema daqui também”,
disse Zulfaqar. “Eu só quero me juntar ao meu pai no Reino Unido. Espero que,
enquanto isso, as pessoas consigam viver em paz na ‘Selva’, onde um homem é
capaz de bater em outro só por causa de uma escova de dentes, um celular ou um
espaço para dormir.”
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Esta notícia
é de maio, mas as mortes por naufrágio de embarcações rústicas e superlotadas
de imigrantes vem acontecendo e infelizmente vai continuar, até que algo de
positivo aconteça e ponha fim às causas que levam as pessoas a se atirarem em
aventura tão perigosa e mortal.
Mar Mediterrâneo: equipes de MSF resgatam
688 pessoas
Em
apenas um dia, os navios Dignity I e Aquarius fizeram quatro operações de
resgate
Líbia
- Itália
Equipes
de busca e resgate da organização humanitária internacional Médicos Sem
Fronteiras (MSF) a bordo dos navios Dignity I e Aquarius resgataram no dia 16
de maio em águas do Mediterrâneo Central 688 pessoas que tentavam chegar à
Europa depois de partir da Líbia em embarcações precárias. Mais 115 pessoas
resgatadas por outro navio foram recebidas no Aquarius. Todas estão sendo
levadas para portos na Sicília, na Itália.
A
tripulação do Dignity I resgatou 435 pessoas que estavam em três embarcações em
perigo: 120 na primeira, 134 na segunda e 181 na terceira. As duas primeiras
eram botes de borracha, com a maioria dos passageiros originários da Guiné, do
Mali, da Costa do Marfim e do Senegal. A terceira era um barco de madeira, e a
maioria dos passageiros era da Eritreia. Entre as 425 pessoas, havia 73
mulheres e 140 crianças. Todas estão fisicamente bem, mas desgastadas pela
travessia marítima e o tempo que passaram na Líbia, à espera do embarque.
O
Aquarius, que pertence à organização SOS Mediterranée e leva equipes de MSF,
resgatou 253 pessoas, originárias principalmente da Guiné, do Mali e da Costa
do Marfim, que estavam em duas embarcações em perigo. Os resgatados incluem 16
mulheres, uma criança de três anos e 76 menores de idade, 61 dos quais desacompanhados.
Passageiros desse grupo receberam cuidados médicos por causa de queimaduras
causadas por combustível, fraturas e um caso de pneumonia.
Depois
desses dois resgates, o Aquarius aceitou o grupo de 115 pessoas que haviam sido
socorridas por outro navio, incluindo uma mulher no oitavo mês de gravidez.
MSF
retomou suas operações de busca, resgate e assistência médica no Mediterrâneo,
próximo à costa da Líbia, no dia 21 de abril. Além do Dignity 1 e do Aquarius,
as equipes de MSF estão em mais um navio, o Bourbon Argos. As equipes são
formadas por médicos, enfermeiros, obstetras, especialistas em logística e
mediadores culturais.
No ano
passado, segundo cálculo da Organização Internacional para as Migrações, 2.892
homens, mulheres e crianças morreram nas águas do Mediterrâneo Central, entre a
África e a Europa. Com o bloqueio da rota marítima entre a Turquia e a Grécia,
depois do acordo assinado em março entre os países da União Europeia e Ancara,
a previsão é de que a rota do Mediterrâneo Central fique ainda mais movimentada
neste ano.
Em
2015, equipes de MSF a bordo de três navios prestaram assistência a mais de 23
mil pessoas em 120 operações de resgate no Mediterrâneo Central. No mar Egeu,
no norte da ilha de Lesbos, na Grécia, MSF, em parceria com o Greenpeace,
assistiu mais de 14 mil pessoas que cruzavam da Turquia para a Grécia.
(17/05/2016)
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De 2013
para cá os países europeus vão tomando medidas desesperadas para impedir que
imigrantes ilegais entrem em seus territorios, o que deixa os que fogem das áreas
de conflito em situação de abandono e desesperança.
Chegam
e não podem entrar. O que fazer?
A Europa toma medidas
desesperadas contra a imigração
O acordo com a Turquia, de legalidade duvidosa, fortalece o
autoritarismo de Erdogan e atesta a fraqueza de Bruxelas
por Antonio Luiz M. C. Costa — publicado 18/03/2016 18h42, última
modificação 19/03/2016 10h17
Turkish Prime Ministry/Mustafa Aktas/Anadolu Agency/AFP
Realpolitik
Davutoglu festeja ao lado de Hollande: há muito a Turquia
não era tão violenta e autoritária e nunca esteve tão perto de entrar na UE
A história do relacionamento entre a Turquia e a União Europeia está
cheia de ironias. Desde a vitória da revolução nacionalista em 1922, a Turquia
quis ser plenamente aceita como uma integrante laica da civilização ocidental,
sem sucesso. Entrou no Conselho da Europa em 1949, na Otan em 1952 e fez o seu
primeiro pedido de admissão na Comunidade Econômica Europeia, precursora da
União Europeia, em 1959. Desde então, o tema da integração europeia criou uma
série de frustrações para os turcos.
Embora a filiação da Turquia nunca tenha sido formalmente descartada,
foi indefinidamente adiada, ora por questões políticas, ora por razões de
instabilidade econômica, ao passo que a vizinha Grécia, apesar de sua
fragilidade financeira e falta de transparência pública, foi aceita em 1981
(sete anos após emergir da ditadura) e mesmo integrada na Zona do Euro por
razões políticas e estratégicas.
O Goldman Sachs auxiliou no ocultamento do seu endividamento real, com
as consequências hoje conhecidas. Ancara teve, por vezes, o apoio de Londres e
a razão mais forte para a exclusão era o receio de Paris e Berlim de fazer de
um país muçulmano o maior integrante da União Europeia em população (hoje ainda
está atrás da Alemanha, mas deve superá-la em 2018) e abrir o continente à
livre circulação de seus cidadãos.
Em 2002, o ex-presidente francês Valéry Giscard d’Estaing, então
presidente de uma comissão sobre o futuro constitucional da Europa, explicitou
ao jornal Le Monde o que muitos outros líderes europeus pensavam em privado: “A
Turquia jamais poderá pertencer à União Europeia por ter outra cultura, enfoque
e modo de vida”.
Em 2002 , uma Turquia mais ocidentalizada e democrática era rejeitada
por ter “outra cultura”. Hoje, vale tudo.
Alegou que a adesão dos turcos abriria caminho a países como o Marrocos,
pois “a capital e a maior parte da população ficam na Ásia”, embora a
localização nesse continente não tenha impedido a adesão de Chipre.
Dois anos depois o então cardeal Joseph Ratzinger, depois papa Bento
XVI, se opôs com argumentos “culturais” que disfarçavam mal o preconceito. “A
Turquia sempre representou um continente diferente, em contraste permanente com
a Europa. Unir os dois continentes seria um erro. Ela poderia tentar criar um
continente cultural com os países árabes vizinhos.”
A Turquia tivera governos laicos de estilo europeu desde a
redemocratização de 1983, abolira a pena de morte, melhorara a situação dos
direitos humanos e ampliara os direitos da minoria curda. O partido islâmico
AKP chegou ao governo em 2002, mas por vários anos portou-se com a compostura
de um partido democrata-cristão da Europa Ocidental.
Agora, o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan está em plena deriva
autoritária. Além de atacar as guerrilhas curdas na Síria e bombardear sua
própria cidade curda de Cizre, prendeu (em 26 de novembro) o diretor e chefe de
redação do Cumhuriyet, jornal mais antigo do país, por denunciar a cumplicidade
dos serviços secretos turcos com o Estado Islâmico e tomou o controle (em 4 de
março) do maior jornal de oposição, o Zaman (ligado ao líder religioso
Fethullah Gülen), por suposta lavagem de dinheiro.
E é nesse momento de retrocesso político e institucional que a Turquia
celebra seus mais importantes acordos com a União Europeia e mais avança para
se associar de fato à organização. Mais uma vez, xenofobia e islamofobia são
determinantes. Tornou-se imperativo abrir portas a Ancara, com autoritarismo,
conivência com o terrorismo e tudo, contanto que seu governo ajude a conter a o
movimento de refugiados da Síria e de outros países muçulmanos.
Na cúpula da segunda-feira 7, em Bruxelas, a União Europeia chegou com o
premier turco Ahmet Davutoglu a um acordo preliminar pelo qual aumentará de 3
bilhões de euros para 6 bilhões o apoio supostamente destinado a atender aos
2,75 milhões de refugiados em território turco, liberará os turcos da
necessidade de visto para viajar pela Europa a partir de junho e avançará na
integração do país à organização.
Também se falou de criar “zonas humanitárias seguras” na Síria, proposta
fora do alcance dos lados e só possível no quadro das negociações entre o
governo de Bashar al-Assad e rebeldes patrocinadas pelos Estados Unidos e
Rússia.
Presos num beco sem saída, refugiados enfrentam um inverno duro (Foto:
Dimitar Dilkoff/AFP)
Em troca, a Turquia colaborará para deter os refugiados que tentam
chegar à Europa e receberá de volta aqueles que tiverem o asilo recusado após
chegarem lá. A União Europeia compromete-se a levar da Turquia, por outro lado,
um número de asilados “legítimos” equivalente ao das expulsões.
Esses pontos são de legalidade duvidosa. Vincent Cochetel, responsável
pela Agência da ONU para os refugiados (Acnur) na Europa, advertiu que a
expulsão coletiva de estrangeiros está proibida pela Convenção Europeia de
Direitos Humanos e pelo direito internacional.
Filippo Grandi, chefe mundial da agência, acrescenta que a Turquia não
pode ser considerada um país seguro para os migrantes, no que é apoiado por
várias ONGs de direitos humanos, inclusive a Anistia Internacional e a Humans
Rights Watch.
A Turquia teria enviado de volta à Síria muitos refugiados e atirado em
outros que tentaram entrar no país, além de não proporcionar emprego, educação
e assistência social suficientes para aqueles que recebeu. Os curdos, em
especial, enfrentam perigo de vida evidente se forem forçados a retornar à
Turquia, onde são vistos como um povo inimigo.
O acerto, impulsionado principalmente pela Alemanha para evitar o
colapso do Tratado de Schengen e tentar salvar a popularidade de Angela Merkel,
foi considerado satisfatório pela França e Itália, fortalece Erdogan em seu
país e o encoraja a manter a linha autoritária, pois a União Europeia
demonstra, na prática, como isso é irrelevante para sua diplomacia. Jornais e
partidos da oposição turca sentem-se traídos por essa realpolitik.
O respeito à democracia e aos direitos fundamentais outrora invocados
pelos europeus para balizar as negociações com a Turquia mostrou-se irrelevante
para as políticas concretas.
Outro insatisfeito é o governo de Chipre, integrante da União Europeia
desde 2004. Essa ilha teve parte do seu território ocupado pela Turquia desde
1974, quando ela interveio para proteger a minoria turca que proclamara uma
República Turca de Chipre do Norte em retaliação ao golpe de Estado em sua
capital promovido pela ditadura militar grega então no poder com o propósito de
anexar a ilha à Grécia.
A junta militar de Atenas e o governo títere de Nicósia caíram logo em
seguida, mas a Turquia recusou retirar-se e até hoje as negociações para a
reunificação da ilha não tiveram sucesso. Chipre ameaça vetar qualquer
iniciativa para admitir Ancara na União Europeia enquanto não houver uma
solução para seu problema.
O acordo também abre um precedente pouco animador. Só é tentado porque
Bruxelas foi incapaz de fazer aceitar e cumprir um acordo sobre a distribuição
de refugiados e impedir seus integrantes de suspender unilateralmente o Tratado
de Schengen. Abrir mão de princípios e buscar a cumplicidade de um governo
autoritário contra os imigrantes por não ser possível cobrar disciplina e
solidariedade internas é sinal de fraqueza.
E se fosse na Venezuela? O que diriam os líderes europeus?
Merkel quer ver no acordo um retorno às normas pelas quais os refugiados
devem pedir asilo ao primeiro país aonde chegarem sem pretender escolher seu
destino, mas, depois de ela mesma ter insistido na abertura das fronteiras, é
uma derrota indisfarçável. E nem sequer se pode contar com a solução do
problema, pois as guerras do Oriente Médio e África continuam a pôr
desesperados em movimento e, se não puderem passar pela Turquia, tentarão
caminhos mais perigosos.
Não se perca de vista que os maiores prejudicados são os próprios
refugiados. Ao visitar o primeiro-ministro grego Alex Tsipras, o presidente do
Conselho Europeu, Donald Tusk, fez um apelo aos migrantes: “Não venham para a
Europa. Não acreditem nos traficantes de pessoas. Não arrisquem suas vidas e seu
dinheiro. Isso não servirá de nada”. Queria fazer crer que a migração é por
razões principalmente econômicas, o que não é verdade.
Embora os relatos sobre o acordo ainda informal falem apenas da situação
dos sírios, estes são 46% daqueles que chegam à Grécia pela Turquia, ante 25%
de afegãos e 16% de iraquianos, povos igualmente envolvidos em guerras civis
pelas quais o Ocidente tem grande parte da responsabilidade. Por quais
critérios, se não os da arbitrariedade ou da corrupção, uns e não outros teriam
o asilo recusado e refugiados hoje na Turquia seriam chamados para ocupar o seu
lugar?
Do início do ano a 6 de março chegaram à Europa mais 141.141 refugiados
por mar, 131.847 dos quais pela Grécia. Enquanto o acordo era fechado em
Bruxelas e antes mesmo que entre em vigor, Eslovênia, Croácia, Macedônia e
Sérvia acabavam de fechar a rota dos Bálcãs que no ano passado levou 850 mil
migrantes da Grécia à Alemanha, via Áustria ou Hungria. Isso deixou 36,5 mil
migrantes bloqueados em acampamentos na Grécia, 14 mil dos quais retidos na
vila de Idomeni, na fronteira recém-fechada da Macedônia.
Nada está acertado sobre como lidar com a crise humanitária criada na
Grécia, país sem recursos para administrá-la devidamente. Muitas desses
refugiados não têm para onde voltar e nada têm a perder.
*Publicado originalmente na edição 892 de CartaCapital, com o título
"Medidas desesperadas".
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CONCLUSÃO
JEREMIAS 32:17 - "Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti. "
Não cabe a nenhum homem julgar, por isto não
tenho a intenção de condenar a forma de agir dos governos dos países europeus
frente ao desafio que surgiu com a intensificação da chegada de milhares e
milhares de imigrantes vindos de todas as áreas de conflito ou onde há fome e
desespero.
Mas, não é correto tratar seres humanos como
números estatísticos, nem jogá-los em acampamentos sem estrutura onde são
vítimas da violência de outros imigrantes e das polícias locais, deixando-os
morrer à mingua.
Tem que ter outra solução e tenho fé que Deus
vai mostrar uma saída para este caos.
Quero pedir novamente a todos os que acreditam
na providência divina e no poder impossível e sobrenatural de Deus para
solucionar o que parece não ter solução que abracem esta causa,
Compartilhem as
notícias, ajam junto aos seus governos e representantes em cargos
governamentais,
Temos que mudar a mentalidade, saber que estamos lidando com
seres humanos e não com números estatísticos.
OS IMIGRANTES DEVEM SER VISTOS NÃO COMO
INIMIGOS, MAS COMO SERES HUMANOS CARENTES E DESESPERAOS EM BUSCA DE UM RECOMEÇO
DE VIDA.
PARA NOSSOS IRMÃOS EUROPEUS, que estiverem
morando próximo a estes acampamentos de imigrantes ilegais que os visitem e
levem víveres, roupas e agasalhos, material de limpeza, e palavras de consolo e
esperança. Ajam como cristãos que amam o próximo como a si mesmo, sem acepção
de pessoas.
MARCOS 16:15 - E disse-lhes: Ide por todo omundo, pregai o evangelho a toda criatura.
LEVE TAMBÉM PALAVRAS DE SALVAÇÃO, PREGUEM O EVANGELHO A QUANTOS PUDER.
E, PRINCIPALMENTE, VAMOS ORAR, VAMOS FAZER UMA
CORRENTE CONTÍNUA E PODEROSA DE ORAÇÃO EM FAVOR DA PACIFICAÇÃO E DA
NORMALIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE CAOS REINANTE.
VAMOS ORAR E CLAMAR A JESUS CRISTO EM FAVOR DE
CADA VIDA, INDEPENDENTE DE SUA ORIGEM.
"Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser
frustrado. "jó 42:12
QUE O ESPÍRITO SANTO POSSA FALAR MAIS E MELHOR
NO CORAÇÃO DE CADA UM.
AMÉM.
Missionário
Virtual Geraldo de Deus 2016
julho,10
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