Providência Divina

 

Tito 3:2  - Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens.

Irmãos em Cristo Jesus,

Meditando na Palavra de nosso Salvador, quando estudamos, à luz do Consolador, a Epístola de Paulo a Tito, aprendemos como temos muito, mas muito ainda a aprender sobre como ser fiel e agradável ao nosso amado Jesus de Nazaré.

Por algum descuido, ou mesmo por fraquezas, o cristão algumas vezes desliza de cima da rocha que é sua base de fé, Jesus Cristo, se esquece da mansidão, a qual é uma prova do amor que nos exige nele vivermos o nosso Deus.

Quem se faz arrogante, contencioso, invejoso, iracundo, adorador de homens ou mulheres famosos, relapso no estudo do evangelho, acompanhante das modas e costumes do mundo...

Este cristão não está seguindo as pegadas de Cristo, não está imitando o caráter de nosso Messias, muito menos observando e obedecendo às suas ordenanças e ensinamentos.

Paulo adverte a Tito, dizendo-lhe onde deve cuidar, para não voltar aos costumes do mundo, para não retroagir ao antigo pecador de antes do batismo do arrependimento, quando se converteu a Cristo e se fez nova criatura pela graça de Deus.

Tito 3:3 - Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.

O apóstolo Paulo diz no verso 3 algo que muita gente se esquece, do passado. Quando aceitamos Jesus Cristo, e nos batizamos nas águas do arrependimento, devemos pedir perdão pelos erros até então cometidos, colocar este fardo aos pés da cruz de Cristo e mudar a forma de agir, nos fazermos obedientes a Deus e agradável ao nosso eterno mestre.

Mas, não podemos nos esquecer do lodaçal de pecado onde estávamos quando Cristo nos estendeu Sua poderosa mão de perdão e  remissão. Para não fazer como o cão que volta ao vômito. 

Ainda, temos de reconhecer como éramos antes de sermos feitos filhos por adoção de Cristo, para assim relevarmos os erros daqueles que ainda não se converteram a Cristo e padecem no pecado e nas trevas, escravizados pelo mundo e pelo diabo.

Não podemos exigir perfeição e santidade de quem está sob o jugo do diabo, sob o jugo da concupiscência do mundo.

"Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens".(Tito 3:2).

Paulo recomenda ter mansidão, para com o próximo. Ser modesto, não contencioso, muito menos ficar cuidando da vida alheia.

Parece algo bem simples, mas acontece nas igrejas de Cristo dos fiéis se esquecerem deste comportamento básico recomendado ao cristão. Jesus ensina que aquele que se exalta a si mesmo, será humilhado.

Porém, o que mais se vê é cristãos querendo sobressair aos demais. Querem ser "melhor cantor", "melhor intrumentista", "melhor pregador", "o que tem mais força na oração", "aquele que se veste melhor", "o melhor amigo do pastor", "o maior dizimista"... E assim vai... Querem ser melhores do que os demais irmãos, para serem nomeados pelo dirigente do templo como líder de algum grupo, ou para galgarem posições (cooperador quer ser diácono, diácono quer ser presbítero, presbítero quer ser pastor, pastor quer ser presidente...) como se Jesus tivesse preparado um plano de carreira para seus servos. 

Esquecem-se que para fazer a obra de Deus é preciso estar sintonizado com o Consolador, pois o Espírito Santo é a autoridade maior que Jesus colocou neste mundo para guiar e nortear Seus escolhidos e Sua igreja.

E, não nos esquecermos nunca da graça de Deus, chamada Jesus Cristo, a Luz do mundo,

Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens,
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo;
O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze. (Tito 2:11-15).

E, ensina Paulo, "a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens",

Jesus Cristo, o Deus vivo, estendendo a mão em reconciliação a toda humanidade, e não mais somente aos filhos de Israel. 

Ensinando no evangelho que não devemos nos prender a tradições mundanas, nem a fábulas, mas tão somente ao que Ele nos exorta a fazer, nada além do que está nas Sagradas Escrituras, mas à luz do Novo Testamento.

Pois, Jesus se fez o "cordeiro de Deus" e se entregou em sacrifício, em morte de cruz, "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras".

Jesus  reescreveu o relacionamento de Deus com o ser humano, numa nova ótica, num novo patamar, onde o homem a Ele convertido tem por obrigação divulgar Sua doutrina de perdão e amor.

Ele nos ordena, "E disse-lhes: Ide por todo o  mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos 16:15)".

Ele nos ordena  repassar as boas novas do reino de Deus, nos ordena sermos semeadores de Sua Palavra.

Não devemos reter nem esconder a doutrina de Cristo, mas ostentá-la, exibi-la em todos os lugares, em todos os momentos.

"Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze".

Este trabalho missionário tem salvado milhões de vidas, tem resgatados milhões de almas antes escravizadas pelo diabo.

E deve continuar, não podemos desanimar, a luta continua, nossa missão como semeadores da Palavra de Cristo só termina quando do último suspiro.

Amém?

(Uma vez mais quero aqui externar algo que o Espírito Santo tem me ensinado: 

cabe ao cristão semear a Palavra de Cristo e sua doutrina. Não cabe ao cristão ficar vigiando ou tentando controlar a vida de nenhum pecador que a Cristo se rendeu. O homem semeia. 

Quanto a fazer esta semente brotar, desabrochar e dar frutos, isto é função do Espírito Santo.).

E, julgar o próxmo, só cabe a Deus, não a nenhum de nós.)

Amém?

Pois, existe a providência divina, atuante, socorrendo e sustentando cada criatura neste mundo.

Sabe quando alguém lhe conta desesperado que está passando por uma situação penosa, dolorida, sem solução, na qual parece que não há escapatória? Daquelas que fazem doer nosso coração e gelar nosso sangue, pois não podemos fazer nada para ajudar? E a única coisa que você pode fazer é segurar a emoção para não chorar junto com aquele que está em tamanha aflição? Então, o que nós cristãos dizemos?

"Só Jesus na causa, fulano amado"... Vamos orar!

É assim mesmo. Tem situações tão difíceis e intricadas que está acima de nossa capacidade de mostrar uma saída, de dar um conselho, de auxiliar de alguma maneira. Então, colocamos tudo nas mãos caridosas de Cristo.

E Ele resolve!

Não há tempestade que Ele não possa acalmar. Não há necessidade que Ele não possa satisfazer. Não há fome nem sede que Ele não possa saciar.

Não há poço sem fundo que Ele não possa de lá nos resgatar.

Não há situação de morte que Ele não possa nos livrar.

Jesus Cristo entra com a providência no momento certo. Nem antes, nem depois.

E faz as coisas se ajustarem. Faz amainar a tempestade e nos coloca sob brisa suave.

Transforma nosso pranto sofrido em riso de satisfação e deleite.

Quem já ouviu falar pode até duvidar, mas quem tem experiência com nosso Deus do Impossível, sabe que Cristo nunca falha.

Não há doença, dita pelos homens como incurável, que Ele não possa curar.

Não há possessão demoníaca ou feitiçaria que Ele não possa eliminar facilmente.

Nada é impossível para nosso Deus, no nome de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Aleluia!

Desta forma, quando não há esperança, quando não há saída, quando parece que a nossa vida chegou ao fim, repentinamente tudo se transforma, mediante a graça de Jesus Cristo, que entra com a providência divina. E não há quem possa resistir ou confrontar o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Glórias a Deus!

Abaixo, uma compilação de um estudo bíblico sobre a Providência Divina,

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA.

         Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.

Preservação.

        Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara:

 

“A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6).

        O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas.

Provisão.

        Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as suas criaturas (e.g., Sl 104; 145). O mesmo Deus revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 38—41), e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl 91; ver Mt 10.31 nota). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (ver Fp 4.19 nota). De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo 2 nota).

Governo.

        Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor.

        Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1Jo 5.19 nota; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa autolimitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19—20).

Fonte: Estudos Bíblicos

Concluindo

Paulo nos exorta à mansidão. E, em provérbios, muitos séculos atrás temos o mesmo conselho, com outras palavras de Salomão, "Melhor é o que tarda em irar-se, melhor que o poderoso. Melhor o que controla seu ânimo... do que aquele que toma uma cidade".

Usar de mansidão é isso, controlar as emoções para não se irar sem motivo que jusitifique tal sentimento. 

Controlar tanto as palavras quanto os pensamentos. Vigiar. Orar. Estar em sintonia com o Espírito Santo, que nos aponta onde está o certo e o errado.

E, nos deleitarmos em nossa fé em Cristo, sabendo que Deus está no controle de tudo, e que Ele nunca desampara seus amados.

Amém?

Missionário Virtual geraldo de Deus       2020agosto, 19