YHWH SE LEMBRA
Povo do Senhor Jesus,
Meditemos no que nos ensina o profeta Zacarias, que viveu em Israel, na era pós exílio na Babilônia, sendo contemporâneo de Ageu,
Zacarias 13:
(Zacarias significa: YHWH (Jeová)se lembra.
O profeta Zacarias foi importante na reconstrução da identidade religiosa do povo de Deus após seu retorno do exílio, onde viveram como escravos na Babilônia. Houve a reconstrução do templo, mas a reconstrução da fé e da religiosidade que Deus exigia de seu povo teve que ser construída pedra sobre pedra, a duras penas.
Havia muita descrença entre o povo de Deus, não havia uma visão de nação eleita por YHWH.
Neste contexto, as profecias de Zacarias foram o bálsamo curativo que Deus enviou para seu povo.
No entanto, Zacarias foi um profeta que se destacou em anunciar a vinda de Cristo, do Messias de Deus.
Anuncia o surgimento do Messias com três características:
rei (9:9-10),
bom pastor (11:4-17 e 13:7-9) e
transpassado (12:9-14).
É impossível não lembrar Jesus entrando em Jerusalém montado num jumentinho (rei-messias), ou quando afirma: «Eu sou o bom pastor»; ou ainda sofrendo a paixão e morte na cruz.
No capítulo 13 do Livro de Zacarias, temos,
1 Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundícia.
Jesus Cristo, somente Ele pode ser uma fonte aberta na casa de Davi, para que o povo se Jerusalém, e de todo Israel, através dele, alcance a purificação do pecado e se liberte da imundície do mundo.
E assim foi, pois Jesus perdoou pecados, expulsou demônios obsessores, ensinou o caminho que leva ao reino dos céus e à vida eterna.
2 E acontecerá naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que tirarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também farei sair da terra os profetas e o espírito da impureza.
3 E acontecerá que, quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque falaste mentira em nome do Senhor; e seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão quando profetizar.
4 E acontecerá naquele dia que os profetas se envergonharão, cada um da sua visão, quando profetizarem; nem mais se vestirão de manto de pelos, para mentirem.
5 Mas dirão: Não sou profeta, sou lavrador da terra; porque certo homem ensinou-me a guardar o gado desde a minha mocidade.
6 E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.
Jesus Cristo veio ao mundo anunciando um novo tempo para um novo relacionamento entre o ser humano e Deus.
Veio quebrando as tradições religiosas e o poder dos líderes religiosos, naquele tempo em que o Sinédrio dominava, mas em que os fariseus eram os donos da verdade, da vida e da morte.
Mediante uma sentença de morte proferida pelos fariseus o condenado era apedrejado cruelmente. Todos temiam o poder dos fariseus.
A religião do povo Israelita não era mais de vida, mas de temor, terror e morte.
Zacarias previu e deixou escrito sobre o fim dos falsos homens de Deus, sobre a ira que YHWH tem daqueles que profetizam falsidades no seu nome. Daqueles que usam o nome de Deus em vão para enganar ao próximo.
Jesus viveu numa época em que o povo de Deus estava dividido em castas, numa época em que os pobres e doentes eram desprezados, relegados ao esquecimento, em que não se usava o poder de Deus para curar os enfermos, em que somente a elite, os mais graduados e de "sangue puro" (genealogicamente comprovados como descendentes de Abraão) podiam entrar no templo para adorar o Todo Poderoso...
Num tempo em que os líderes religiosos viviam na opulência e na abastança enquanto o povo sofria privações...
Este cenário não nos lembra a situação religiosa atual dominante no mundo? Pelo menos no Brasil, onde quer que a gente vá encontraremos líderes religiosos - (sejam da igreja católica, seja protestante (evangélicos, gospel), sejam da umbanda ou kardecista, ou de qualquer outra seita) - gordos, corados, bem vestidos, com carros de luxo, proprietários de belas residências. Por outro lado, veremos que estes líderes são mantidos por algumas pessoas de classe média e uma infinidade de pobres e miseráveis.
Assim era no tempo de Jesus e assim continua sendo ainda hoje, sem generalizar, mas na maioria dos ministérios e templos religiosos.
Mas, voltando ao tempo de Jesus, ele veio para dizer "não" a esta situação.
Ele chegou pregando o arrependimento do pecado e do mau-caratismo.
"Arrependei-vos, pois é chegado o reino dos céus".
À sua volta estavam constantemente os fariseus, como instrumento e ferramenta do diabo, a vigiá-lo, criticá-lo e persegui-lo.
Os líderes do templo e do Sinédrio sabiam que Ele era um poderoso homem de Deus, podiam até duvidar que fosse o próprio Filho Unigênito do SENHOR, mas por sua sabedoria, por sua capacidade de realizar milagres e expulsar demônios, mesmo por ressuscitar defuntos, tinham a prova de que Jesus era um homem cheio da presença do Espírito Santo.
Mesmo sabendo disso preferiram lutar contra Deus, em favor de suas riquezas, de seu poder secular e de seu orgulho e arrogância.
Zacarias havia previsto em seus ensinamentos que,
2 E acontecerá naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que tirarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também farei sair da terra os profetas e o espírito da impureza.
Mediante o ministério de Jesus e de seu evangelho, quem pode optar em seguir ídolos mortos e falsos profetas?
Se no meio do povo nasceu e vive o próprio Deus vivo, como não o ouvir e o seguir? Como optar por não se entregar ao jugo do Todo Poderoso que ensina o amor, o perdão dos pecados, que promete a ressurreição e vida eterna?
Como não seguir aquele homem de Deus que no sermão da montanha ensinou, aos milhares que o ouviam dizendo,
E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.(Mateus 5:1-12).
Ele não pregou que bem-aventurado é aquele que tem um cargo religioso no templo. Nem que bem-aventurado é aquele que tem muita riqueza. Nem que bem-aventurado é aquele que tem um alto cargo político.
Ele falava exatamente o contrário do que a sociedade israelita, comandada pelos príncipes dos sacerdotes e pelo sumo sacerdote pregavam como sendo correto.
OU seja,
Para os homens poderosos valia o ouro e o poder, a instrução.
Mas para Deus, segundo Jesus, valia mais um coração quebrantado de um verdadeiro adorador. Mais vale um pobre fiel a Deus que um rico religioso fariseu.
Esta era a fonte de água viva que surgia em Jerusalém e na Judeia, conforme havia previsto Zacarias cerca de 500 anos antes.
E, o mais intrigante para aqueles líderes religiosos: Jesus jamais contradisse as sagradas escrituras, mas veio como o Messias, que deveria complementá-las, fazê-las cumprir, como Ele mesmo afirmava,
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Curiosidade:
Como era a administração pública do povo de Israel, no tempo de Jesus
As questões internas da comunidade judaica, mesmo sob a administração romana, eram resolvidas pelo sinédrio – tribunal presidido pelo sumo-sacerdote e formado por 71 membros (anciãos, sumos sacerdotes depostos, sacerdotes do partido dos saduceus e escribas fariseus) – com sede em Jerusalém, instituído provavelmente ainda no século 4º a.C.
No século 1º d.C. possuía atribuições jurídicas: julgava os crimes contra a lei mosaica, fixava a doutrina e controlava todos os aspectos da vida religiosa.
Em todas as cidades e vilas existiam também pequenos sinédrios, formados por três membros, que cuidavam das questões locais (Mt 5, 21-22).
Ainda que Roma tenha procurado manter as estruturas locais anteriores à conquista e tenha respeitado a idiossincrasia judaica no tocante a diversos aspectos, a dominação romana implicou a progressiva romanização e helenização, bem como a cobrança de inúmeros impostos diretos e indiretos.
Nessa ocasião surgiram movimentos de resistência armada, como os zelotes (At 23, 12-15), seita e partido político judaico que desencadeou a revolta da Judeia na época de Tito. Constituíam a ala radical dos fariseus e preconizavam Deus como o único dirigente, o soberano da nação judaica, opondo-se à dominação romana.
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LOUVEMOS AO NOSSO DEUS COM ADORAÇÃO
Hino 88 da Harpa Cristã
Revela a nós Senhor
Na sequência vemos o profeta Zacarias trazendo o que diz o Senhor dos Exércitos aos que não lhe são fiéis na condução do seu rebanho,
7 Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos.
Mais uma confirmação da ação do Messias, pois Jesus Cristo agiu em meio aos pequeninos, ou seja, os desvalidos, os pobres, os abandonados, os desesperançados. A estes Ele levou amor, compaixão, cura, libertação e milagres. Com os pequeninos Ele formou seus apóstolos e sua igreja.
Zacarias 13:8 - E acontecerá em toda a terra, diz o Senhor, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela.
Zacarias 13:9 - E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu Deus.
Confirmando o que nos diz Pedro, em sua segunda epístola, Zacarias já previa com cinco séculos de antecedência que apenas uma terça parte será o remanescente salvo por Deus, aquele que irá habitar na Nova Jerusalém.
Ele prevê que isso acontecerá em toda a Terra, ou no mundo todo. Duas partes serão extirpadas, aniquiladas, duas partes das almas viventes. Mas a terça parte restará nela.
Aleluia!
E, conforme também está escrito, "E farei passar a terça parte pelo fogo. E a purificarei"
Deus, pela graça de Cristo, através de seu evangelho, nos purificará como se purifica a prata, e nos provará como se prova o ouro.
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CURIOSIDADE
COMO SE REFINA A PRATA?
Um pesquisador cristão visitou um especialista, para saber como se refina a prata, a fim de entender o que consta em Zacarias 13:9.
Enquanto ele observava o ourives, ele mantinha um pedaço de prata no fogo e deixava-o aquecer.
Ele explicou que no refinamento da prata deveria mantê-la no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes de forma a queimar todas as impurezas.
O cristão pensou em Deus mantendo-nos em um lugar tão quente; depois, ele pensou sobre o versículo novamente e entendeu…
“Ele se assenta como um refinador e purificador de prata”.
E perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que sentar-se em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada.
O homem disse que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos na prata o tempo inteiro.
Se a prata fosse deixada, apenas por um momento, em demasia nas chamas, ela seria destruída.
O cristão silenciou-se por um instante.
Depois perguntou: “Como você sabe quando a prata está completamente refinada"?
E o especialista respondeu:
“Ora, é fácil! O processo está pronto quando vejo minha imagem refletida na peça de prata”.
Esse é nosso Deus.
Ele faz assim conosco.
Nos purifica no fogo dos sofrimentos dessa vida até que caiam as impurezas de nossa alma, para que nela possa se refletir o seu rosto.
Paulo disse exatamente isso:
“Deus nos predestinou para sermos conformes a imagem do Seu Filho” (Rm 8,29).
Enquanto Ele não vir o Rosto de Seu Filho em nossa alma, não para de nos purificar; ainda que seja depois dessa vida.
Por isso o Apóstolo Paulo disse:
“Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rm 8,18).
Podemos concluir então que,
Jesus nos prova para que se quebre o nosso orgulho.
Ele nos refina para que nos tornemos pessoas mais sensíveis e dependentes da graça de Cristo.
O Salvador nos refina para que vejamos o quanto somos limitados e incapazes de andar sozinhos.
Ele usa para este processo o sofrimento, o deserto, o vale...
E sabemos que não se deve murmurar contra a vontade de nosso eterno mestre Jesus Cristo.
Amém?
Alguém dá um "Glórias a Deus", por isto?
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Zacarias 13:9 - E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu Deus.
O Salvador e Redentor Jesus Cristo é a fonte de águas vivas! Uma fonte aberta... para purificação do pecado e da imundície.
( Zacarias 13:1 - Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundície).
Jesus Cristo, nosso Salvador, virá buscar a sua igreja. Ele que é o bom pastor, Ele que foi o Cordeiro imolado na cruz do calvário...
Jesus vem buscar... os cristãos, cujo nome está escrito no livro da vida do Cordeiro.
Aleluia!
Zacarias ja´profetizava,
... E farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata e a provarei, como se prova o ouro.
Esse é o rebanho de Cristo, os salvos em Cristo!
O Senhor nos diz:
"Ela invocará o meu nome, e eu ouvirei."
Temos tido prova que Jesus Cristo, pela ação misericordiosa do Espírito santo está todo o tempo atento ao clamor do cristão fiel e perseverante na mensagem da cruz. Deus atende ao que está com sua vida firmada na rocha que é Jesus Cristo.
O Senhor diz:
"direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu Deus".
Assim tem sido a realidade do cristão fiel diante de Deus, na graça de Jesus Cristo.
O cristão clama ao Senhor dizendo, "Jesus Cristo..." E imediatamente Ele diz: "É meu povo.
É um temente a Deus, um convertido ao evangelho, um FILHO DE DEUS por adoção.
Mas, é um Filho de Deus que Eu amo, e que trarei para morar comigo no reino dos céus"!
Aleluia!
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz à igreja.
Fique firme nas provas. Passe pelo fogo da purificação. Não murmure nem desfaleça, mas seja firme e persistente, até o final.
E ao fim do processo, o cristão purificado como a prata e provado como o ouro receberá sua salvação eterna e irá morar no reino dos céus, juntinho com Jesus Cristo, na presença do Senhor!
Glórias a Deus!
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ESTUDO BÍBLICO
O CULTO A YHWH NO A.T.
EM ANEXO, um estudo bíblico bem esclarecedor sobre o culto do Antigo Testamento, e uma exortação quanto ao culto racional ao nosso Deus, nos dias atuais.
O culto no Antigo Testamento
Romanos 12.1-2“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Leia a Bíblia diariamente
S – Sl 84.1-12
T – Sl 149.1-9
Q – Sl 67.1-7
Q – Sl 19.1-14
S – Sl 66.1-20
S – Sl 96.1-13
D – Sl 100.1-5
O mundo vive numa constante renovação. O indivíduo busca novos padrões e entendimento para o que acontece ao eu redor; busca novas formas de realizar obras e sonhos; obtém outros pontos de vista a respeito de assuntos e temas já conhecidos. O nosso foco recai sobre a renovação teológica e litúrgica.
Questionamos quanto das mudanças na teologia e na liturgia do culto vêm das Escrituras e quanto vêm do desejo das pessoas. Há diversidade quanto à compreensão de como deve ser o culto prestado a Deus.
A Bíblia, ao descrever o que denominamos de culto, não usou termos similares aos que se referiam ao culto em outras religiões. Quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento, essencialmente, o culto é descrito como serviço. Em qualquer língua, etimologicamente, liturgia significa “o trabalho que pessoas realizam”, não pessoas se divertindo, alegrando-se, fazendo o que acham ser bom.
No Antigo Testamento, a adoração era prescrita e controlada, era litúrgica.
Como posso adorar a Deus segundo os princípios do Antigo Testamento? Será que o Antigo Testamento oferece direção para uma adoração no culto contemporâneo?
Vamos estudar cinco épocas nas quais o culto era prestado a Deus, no Antigo Testamento.
I. Da criação ao êxodo
A recusa do homem em obedecer a Deus incondicionalmente foi a recusa a uma adoração ao Senhor com base em Sua verdade revelada (Gn 3.1-6). Podemos entender, pelos textos bíblicos, que o culto ao Senhor era familiar, centralizado no altar. Ali, Deus e a família se encontravam e havia:
1. sacrifícios de gratidão (Gn 4.1-6; 8.20);
2. sacrifícios de expiação de pecados ( Jó 1.5).
A fé possibilitou a Abel ter sua oferta aceita pelo Senhor (Hb 11.4). Caim não obedeceu as instruções que estão
subentendidas em Gênesis 4.7, daí ter tido sua oferta rejeitada por Deus.
Examinar as intenções e avaliar as ações devem ser exercícios constantes na vida dos que cultuam a Deus (Sl 66.18 e 131.1-3). Deus só aprova o culto sincero.
II. Do êxodo à monarquia
Este foi o período do tabernáculo, a habitação simbólica de Deus. Embora portátil, era um palácio.
Todo o tabernáculo e seus utensílios expressavam a pessoa de Deus, Seus atributos, Sua presença, Seu relacionamento com o povo, e como o povo respondia a Deus. As prescrições para aproximação e purificação eram rigorosas e foram dadas pelo próprio Deus a Moisés. Podemos associar alguns utensílios do tabernáculo com alguns elementos imprescindíveis do culto.
1. A arca e a mesa dos pães – retratam Deus como Rei, Senhor e Provedor do Seu povo – a leitura bíblica (especialmente os Salmos), os hinos e cânticos de louvor.
2. As lâmpadas – a direção de Deus – a pregação da Palavra.
3. O incenso – o local das intercessões pelo povo – as orações.
4. O altar – o lugar do derramamento de sangue – a confissão de pecados.
Notemos ainda a posição do tabernáculo no centro do acampamento (Nm 1.52,53 e 2.1-2) como referência à centralidade do culto para a nação. Notemos que cerca de 40 capítulos foram dedicados à descrição, construção, dedicação e uso. Deus não somente quer nosso culto, mas Ele diz como quer ser cultuado.
Nem toda adoração agrada a Deus. Há o perigo de trazermos “fogo estranho” diante do altar e do trono do Senhor (Lv 10.1-2). Esse “fogo estranho” consistia em contrariar os mandamentos divinos quanto à adoração.
Não apenas a adoração a falsos deuses é proibida nas Escrituras, mas também a adoração ao verdadeiro Deus de maneira errada (Ml 1.7-10; Os 6.4-6; Am 5.21).
III. Da monarquia ao exílio
Foi o período de maiores mudanças e de centralidade do culto. O povo ia reunido para a adoração ao Senhor. A orientação para o serviço sacerdotal permanecia válida. As prescrições foram dadas por Deus, por meio de Davi, a respeito de grupos corais e grupos instrumentais.
O culto em Israel era participativo. Os dias de festa, as procissões e os sacrifícios exigiam envolvimento do adorador. No AT era um duplo serviço divino: um dirigido ao Seu povo e outro dirigido às outras nações (Sl 67).
Deus quer ser adorado pelos Seus no serviço que estes prestam ao próximo.
Este foi o motivo pelo qual os profetas criticaram o culto da antiga aliança (Is 1.11-15): o povo desejava comparecer diante de Deus, receber Dele todos os benefícios do culto, mas não O servia fazendo o bem ao próximo.
Culto não é ato ritual, mas ato de vida. O ato de culto deve expressar-se em gestos eficientes, concretos e claros em nossa relação com o próximo. Este é o serviço do povo a Deus, que em nada precisa de nossos serviços, mas que por misericordiosa graça nos chama para que sejamos participantes de Sua obra neste mundo.
IV. No exílio
Desse período em diante as informações são mais escassas. Todavia, sabemos que não havia templo, não havia sacrifício, não havia sacerdócio. Em meio ao caos, à desesperança e ao temor, Deus enviou profetas como Ezequiel para encorajar Seu povo a se voltar para Ele e cultuá-Lo, pois era o Deus fiel à aliança.
O grupo de israelitas que se reunia no exílio começou o que depois ficou conhecido como “sinagoga”.
V. A era pós-exílica
É o período de Esdras e Neemias. O povo de Israel voltou do exílio babilônico. Houve um retorno à Lei de Deus (Torah), que começou a ser lida perante o povo. O templo foi restaurado, os sacerdotes voltaram à atividade, os sacrifícios e as ofertas tornaram a ser feitos.
Conforme o prof. Marcos Alexandre Faria (Faculdade Teológica Batista de Brasília), estas são algumas influências do exílio babilônico:
1. a figura do rei desaparece;
2. o cativeiro se torna um meio de purificação e ressurgimento da religião dos judeus;
3. as profecias de Jeremias tiveram grande influência;
4. finda a idolatria (estavam no meio de uma nação extremamente idólatra);
5. acaba a monarquia (fica na esperança do Messias – o descendente de Davi virá!);
6. o sumo sacerdote, auxiliado pelos escribas, assume a liderança do povo;
7. Esdras, o sacerdote, convida o povo a voltar para a Palavra (Ed 7.10);
8. o povo gira em torno da Lei: viver de acordo com a Lei passa a ser um estilo de vida;
9. começa o que seria mais tarde a sinagoga – o que se tornou modelo para as igrejas no NT.
É o início do chamado “Judaísmo”, ou seja, o ambiente social, cultural, político e religioso do povo hebreu, formado a partir da volta do exílio babilônico (538 a.C.), e no qual se formou o cristianismo (Dic. Aurélio). Nesse período, três ênfases básicas são: o sábado, a circuncisão e as leis alimentares.
VI. Resumo do culto do AT
Encontramos três princípios nessas cinco épocas.
1. Adoração (Gn 8.20; 35.11, 14; Êx 3.18; 5.1; 2Cr 7.3; Ne 8.6)
O culto era centralizado em Deus, que reivindica e espera isso de Seu povo. Honramos ao Senhor quando O adoramos pelo que Ele é. Deus não está limitado a experiências humanas, as quais não podem determinar ou governar o tipo de liturgia do culto prestado ao Senhor. O Salmo 93 diz que Ele está revestido de majestade.
Deus é glorioso, é sublime, é belo na Sua santidade. Devemos adorá-Lo no Seu esplendor e na Sua beleza. É com essa concepção que devemos adorar ao Senhor. O culto no AT é a resposta da criatura:
à glória do Criador revelada (Sl 19).Deus é o Altíssimo (Sl 83.12), o Deus que vê (Gn 16.13), escudo (Sl 84.11); aos atos salvíficos de Deus (Êx 15;Sl 105); à ação bondosa de seu Criador (Mq 6.8;Is 1.13-17; Lv 10.1,2).
2. Oração e confissão (Jó 1.5; Lv 16.15,16; 1Cr 16.39,40;2Cr 6.21-31; Ed9.1-3)
O pecado tinha que ser coberto, a expiação, a propiciação foi feita por Cristo, em nosso favor. Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para aquilo que Cristo iria fazer. No Antigo Testamento não havia culto nem adoração sem sacrifícios; não havia culto sem altar. Para nós, não há culto sem o significado da cruz, não há culto sem Jesus Cristo, o que foi imolado e que agora reina. Além disso, a adoração devia também incluir ofertas, e os sacrifícios deviam expressar gratidão, devoção, desejo de comunhão e meditação, prontidão, e voluntariedade para compartilhar coisas materiais com os sacerdotes, os levitas, os pobres e as viúvas. Não havia lugar para a mesquinhez no culto.
3. Instrução (Gn 4.7; Dt 31.9-13; 2Cr 34.30; Ne 8.8)
Este é o meio pelo qual Deus revela Sua vontade. A pregação não pode ser relegada aos momentos finais do culto.
Ela não é matéria para ser apenas descrita ou comentada, mas deve ser explicada (Ne 8.3, 7- 8, 12). Deus fala, o homem se cala, medita e responde. Com a pregação fiel e revestida de autoridade da Palavra, Deus é honrado e glorificado, os descrentes são desafiados, os crentes são edificados e a igreja é fortalecida. A adoração genuína também deve ser fruto de um correto entendimento da lei, justiça e misericórdia de Deus, reconhecendo-O assim como Ele Se revela nas Escrituras.
Sem a Palavra não há adoração e não importa quão emocionantes sejam os demais atos do culto.
Conclusão
John H. Armstrong acusa grande parte da adoração moderna de ser McAdoração, ou seja, ele a compara a um “lanche popular”, algo produzido em escala industrial para satisfazer alguns consumidores.
A perspectiva do AT não vê o culto público como focalizado na esperteza ou criatividade humana, mas na santidade de Deus.
Aplicação
Somos uma geração centralizada no homem, mas a igreja não pode tornar-se antropocêntrica. A distração e o entretenimento da nossa era tecnológica não podem tornar-se o centro. Nosso desejo por santidade deve ser maior
que o nosso desejo por felicidade. O culto pode e deve, sim, ser agradável às pessoas, mas com base na instrução bíblica apresentada e não no grau de satisfação pessoal alcançado.
Que possamos dizer: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome da glória” (Sl 115.1).
Fonte: Pr. Silas Arbolato da Cunha 15/04/2019
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CONCLUINDO
Deus se lembra. Deus é eterno e imutável.
Nada fica ou permanece em oculto diante do Criador, do Onipotente Deus, o Senhor dos Exércitos, nosso PAI/FILHO/ESPÍRITO SANTO.
Além do mais, cada um dos Filhos por adoção de Cristo tem seu nome escrito no Livro da Vida do Cordeiro.
Ou seja, cada criatura humana que aceita Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador tem seu nome no Livro da Vida, que vai ser aberto no dia do Juízo Final.
Mas, vai haver também a abertura dos livros da obras de cada um aqui neste mundo. Pelas obras seremos julgados, todos nós, assim está escrito.
Pela fé alcançamos a salvação em Cristo, mas pelas nossas obras seremos julgados no Dia da Ira do Cordeiro.
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.(Gálatas 2:16)
Nenhuma condenação há para quem está em Cristo, para quem anda na luz de Cristo, para quem segue os passos de Cristo, para quem faz a vontade de Deus contrariando a concupiscência do mundo.
Pois, pela nossa conversão e persistência em servir a Cristo seremos por Jesus justificados diante do Senhor "naquele dia".
Aleluia!
Sejamos verdadeiros adoradores, adorando nosso Deus, no nome de Jesus Cristo nosso Salvador, em espírito e em verdade, conforme nos ensina o evangelho.
Não devemos ficar preocupados com o culto onde se exalta o homem, onde se exalta o cristão.
Vamos adorar nosso Deus, mediante sua PALAVRA, mediante as sagradas escrituras, pois o Senhor nos ensina,
"Já estais limpos pela Palavra que vos tenho ensinado".
Sem a Palavra de Deus não há adoração.
Leia a bíblia, leia o evangelho de Cristo, e aplique os ensinamentos na sua vida cotidiana, assim estará fazendo a vontade de Deus.
E, não se esqueça,
Romanos 8:27 - E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.
Romanos 8:28 - E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Todo o poder de Deus coopera para o bem de quem ama a Deus. De quem anda segundo o propósito de Deus pelo qual são chamados.
Ame o seu chamado. É a prova das promessas de Deus na sua vida.
Que o Espírito Santo, "Aquele que examina os corações", fale mais e melhor em vossos corações.
Missionário Virtual Geraldo de Deus 2019abril,22
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