Oremos por Moçambique






REPORTAGENS

Fonte - Jornal Nexus

Na madrugada entre 14 e 15 de março, o ciclone Idai atingiu uma área em torno da cidade portuária de Beira, na província de Sofala, no centro de Moçambique, Sudeste da África. 

Um dos locais mais afetados pelo desastre, Beira tem cerca de 500 mil habitantes, uma das maiores populações do país. 

O ciclone ainda se moveu em direção ao interior, atingindo as províncias de Manica e Inhambane, assim como áreas dos países vizinhos Zimbábue e Maláui. 

Ciclones são grandes massas de ar que se formam nos oceanos e giram em torno de um centro, em grandes velocidades. 

O Idai foi acompanhado de chuvas fortes e ventos de até 220 Km/h, gerando enchentes e devastação nas áreas atingidas. 

Em entrevista à agência de notícias Reuters no dia 19 de março, logo após a catástrofe, o chefe de resgates da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Jamie LeSueur, afirmou que se tratava da “pior crise humanitária da história de Moçambique”. 

De acordo com estimativa de LeSueur nos primeiros balanços após a passagem do ciclone, até 90% da área da cidade portuária havia sido destruída. 

Em 2000, Moçambique e países vizinhos já haviam sido atingidos por um outro ciclone de grandes proporções, logo após uma época de fortes chuvas. 

Cerca de 350 pessoas morreram, um patamar abaixo da catástrofe atual, cujo impacto continua a ser medido e que, segundo uma autoridade da ONU (Organização das Nações Unidas), pode ser uma das piores do tipo para o hemisfério Sul. 

Cerca de 2.600.000 pessoas foram afetadas pelo ciclone, segundo as primeiras estimativas da ONU.

No dia 19 de março o número total de pessoas mortas foi 761, segundo contabilidade divulgada no dia 24 de março. 

Dessas, 446 são de Moçambique, 259 do Zimbábue e 56 do Malauí . 

O governo de Moçambique afirma que os números são preliminares, e continuarão a aumentar. 

Mais mortes têm sido registradas conforme as águas baixam e o auxílio chega a áreas remotas. 

128 mil pessoas estão vivendo em abrigos improvisados em Moçambique, segundo dados do governo divulgados no dia 25 de março.

Ajuda humanitária inicial 

Entre os primeiros anúncios de auxílio financeiro para o desastre consta 3,5 milhões de euros (R$ 15,3 milhões) por parte da União Europeia e 6 milhões de libras (R$ 30,5 milhões) por parte do Reino Unido. 

Na segunda-feira (25), o valor destinado pelo Reino Unido já havia sido ampliado para 22 milhões de libras (R$ 84,9 milhões). 

No sábado (23), o Canadá anunciou a contribuição de US$ 3,5 milhões (R$ 13,50 milhões). 

No dia 24 de março, os Emirados Árabes Unidos, anunciaram US$ 4,9 milhões (R$ 21,4 milhões). 

Angola enviou ambulâncias, veículos e quatro helicópteros com o objetivo de facilitar o movimento das equipes de resgate. 

Em um dos helicópteros foram enviados medicamentos e alimentos. 

A África do Sul enviou 80 membros das Forças Armadas e serviços de saúde para auxiliarem com os resgates. 

Portugal, país do qual Moçambique já foi colônia, enviou peritos e quadros da Força Nacional, dos Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica. 

Além disso, a Cruz Vermelha do país anunciou que 800 mil euros (R$ 3,49 milhões) foram arrecadados junto à população e convertidos em itens de primeira necessidade. 

Na segunda-feira (25), o Brasil anunciou o repasse de 100 mil euros (R$ 436,3 mil) a Moçambique por meio de um fundo solidário a ser criado no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da qual Moçambique também faz parte. 

A rede Aljazeera mostrou, no domingo (24), como a própira população de Moçambique vinha recolhendo dinheiro entre si. 








O difícil acesso às vítimas do ciclone 

Chegar aos sobreviventes com a ajuda não é tarefa simples. 
Muitos ficaram presos em áreas remotas, prédios desabaram ou foram submersos. 
Segundo informações do jornal britânico The Guardian, helicópteros e barcos vêm sendo usados nas buscas por pessoas presas em árvores ou nos telhados de casas. 
Uma das instituições que participaram dos resgates foi o Programa Mundial de Alimentos, ligado à ONU, que enviou um helicóptero de transporte às áreas afetadas já no dia 19 de março. 
O veículo atirou biscoitos de alto teor calórico, água potável e cobertores às pessoas refugiadas nos tetos das casas próximo a Beira. 
Além disso, Sebastian Rhodes Stampa, membro do Ocha (Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários) da ONU afirmou que dois grandes hospitais de campo, e dois sistemas de purificação de água seriam enviados aos países atingidos. 
Decorrida mais de uma semana desde o desastre, autoridades militares americanas afirmaram no dia 25 de março que o país estava enviando tropas para colaborar com as ações humanitárias. 
Em entrevista publicada na segunda-feira (25) pelo jornal USA Today, o ministro do Meio Ambiente de Moçambique, Celso Correia, afirmou que equipes de resgate estavam se deslocando até ilhas formadas após a passagem do ciclone no país, onde vinham encontrando “muita” gente. 
Após a reabertura de uma estrada ligando Beira a áreas mais remotas do país no dia 24 de março, um grupo de pessoas foi encontrado em uma escola. 
Ninguém ali havia comido desde a tempestade.






Instituições pedem mais dinheiro 


Inicialmente, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, uma entidade sem fins lucrativos dedicada à ajuda humanitária, havia pedido à comunidade internacional doações de US$ 10 milhões (R$ 38,57 milhões) para lidar com a crise. 
Após a constatação da magnitude do problema, esse valor foi ampliado para US$ 30 milhões (R$ 115,72 milhões). 

Na segunda-feira (25), a ONU emitiu um apelo à comunidade internacional para que doações muito mais vultosas sejam feitas para garantir água, saneamento básico, educação e a reconstrução de Moçambique. US$ 282 milhões Ou R$ 1,087 bilhão, foi o valor requisitado pela ONU para agir em Moçambique nos próximos três meses. 

Situação pode se agravar 

A estimativa da ONU é de que o número de pessoas desabrigadas possa chegar, ao fim da contabilização, a 2 milhões em todos os países afetados -Moçambique tem uma população de 29 milhões. 
As consequências do ciclone devem continuar a ser sentidas com o tempo. 

Com os alagamentos, o acesso à água potável fica mais difícil, e o contato com água contaminada aumenta. 

Em paralelo, a população passa por privações, o que deixa seu sistema imunológico menos resistente. 
Todos esses fatores favorecem a propagação de doenças, como tifo ou cólera, uma infecção do intestino delgado causada por bactérias propagadas pelas fezes presentes no esgoto. 

Segundo informações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha divulgadas no dia 22 de março, casos de cólera já foram reportados em Beira. 

Além disso, os alagamentos podem facilitar a propagação de mosquitos que são vetores de outras doenças, como a malária, que é endêmica na região. 

“É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos elefantíase, e vai haver diarreias”, afirmou o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia. 

Em entrevista à agência de notícias AFP, o chefe para saúde e nutrição do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), James McQuen Patterson, afirmou que pessoas concentradas nos abrigos correm mais risco de serem infectadas com sarampo ou bactérias, vírus e parasitas causadores de diarreia. 
Doenças causadoras de diarreia são a maior causa da morte de crianças mundialmente, segundo informações da OMS (Organização Mundial de Saúde). 

Patterson também afirmou que muitas famílias estão dormindo a céu aberto, o que aumenta o risco de que desenvolvam pneumonia. 

Mais corpos devem ser encontrados à medida que as águas baixam.

 Inicialmente, a estimativa feita pelo presidente de Moçambique foi de que o saldo de mortes seria de cerca de mil pessoas. 
O número de vidas contabilizadas apenas até o momento indica, no entanto, que esse patamar tende a ser ainda maior. 


Sobre Moçambique 

País mais atingido pelo ciclone, segundo as informações fornecidas até o momento, Moçambique está localizado no Sudeste da África. 
Sua capital e maior cidade, com 1,9 milhão de habitantes, é Maputo. 
A população do país é composta pelos grupos Yao, Macua, Angones, Nhanjas, Tongas, Bitongas e Muchopes, que compartilham entre si aspectos da linguagem banto e da cultura Banto, cada um com suas variações e particularidades. 
Em 1498, os portugueses chegaram à região, que incorporaram ao Império Português em 1505.

 Nos séculos seguintes, pessoas escravizadas foram enviadas pelos colonizadores de Moçambique para o Brasil e para outras partes do mundo. 

Segundo estimativa do pesquisador Manolo Florentino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1840 cerca de 20% dos escravos no Brasil eram de origem moçambicana. 

A independência de Portugal foi obtida apenas em 1975. 

Dois anos depois, o país iniciou uma guerra civil que durou até 1992. 

As primeiras eleições com mais de um partido ocorreram apenas em 1994. 

Ainda hoje, o país mantém o português como língua oficial. 

De acordo com informações do Banco Mundial, o Produto Interno Bruto per capita girava em 2017 em torno de US$ 426,2 (R$ 1.782), enquanto o do Brasil era de US$ 9.821 (R$ 37.881). 

Segundo um relatório de 2016 elaborado pelo Escritório para Redução de Riscos em Desastres, da ONU, países pobres, como é o caso de Moçambique, tendem a sofrer um impacto maior do que o sofrido por países ricos quando são atingidos por desastres naturais.

 “A exposição a desastres é exacerbada pela pobreza, falta de sistemas de aviso prévio, governança pobre de riscos e inexistência de mecanismos de proteção civil que são tidos como garantia em países ricos”. 

Relatório do Escritório para Redução de Riscos em Desastres da ONU, de 2016

Fonte Jornal Nexus

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27/03/2019

Organização trabalha no combate a problemas de saúde e já trata casos de cólera



MOÇAMBIQUE - CÓLERA
Mais de 1 milhão de pessoas lutam para reconstruir suas vidas nas áreas atingidas por inundações em Moçambique. Muitas necessitam de ajuda urgente, pois não têm o mínimo necessário para sobreviver. Para responder a essas enormes necessidades, a resposta às graves inundações e ao ciclone Idai terá de ser de enormes proporções. Equipes de emergência de Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão realizando atendimentos médicos em Beira e a organização está aumentando progressivamente suas atividades, com os mecanismos de resposta a emergências em pleno funcionamento.
Foram confirmados hoje oficialmente pelo governo os primeiros casos de cólera na cidade. “Dada a enorme quantidade de água que passou por Beira e o volume de danos causados, não é surpreendente que existam na cidade surtos de doenças transmitidas pela água, como a cólera”, afirmou Gert Verdonck, coordenador de emergências de MSF em Beira. MSF está trabalhando junto com as autoridades para implantar estratégias de combate à doença.
No início de março, uma tempestade levou fortes chuvas ao Malaui antes de se dirigir ao mar junto à costa de Moçambique e depois aumentar de intensidade até se transformar no ciclone Idai. No fim da noite de 14 de março, o Idai retornou à terra firme, causando devastação na cidade portuária de Beira, onde vivem cerca de 500 mil pessoas, além de atingir distritos vizinhos onde a tempestade destruiu moradias de outras centenas de milhares de pessoas. Muitas famílias estão desabrigadas e a maioria das comunidades não têm acesso confiável à água ou à eletricidade.     
Assim que o aeroporto foi reaberto e aviões puderam aterrissar em Beira, MSF enviou uma pequena equipe de emergência saindo da capital, Maputo, para verificar como se encontravam as equipes que trabalham nos projetos de combate ao HIV que a organização mantém na cidade, assim como para verificar as demandas para uma ação de emergência de grande escala em Beira e seus arredores. Hoje já há mais de 60 profissionais internacionais da organização na cidade, que estão trabalhando ao lado das equipes de MSF que já estavam em Beira. Também estão sendo contratados mais profissionais locais para conseguir atender a grande demanda.
“O ciclone causou um rastro de devastação, com milhares de casas destruídas, deixando a comunidade vulnerável e exposta aos fenômenos da natureza”, disse Gert Verdonck. “A cadeia de abastecimento foi rompida, criando restrições no suprimento de comida, água limpa e no fornecimento de cuidados médicos. O nível extremo dos estragos deve provocar um aumento dramático nos próximos dias e semanas de doenças transmitidas pela água, infecções cutâneas, infecções das vias respiratórias e malária. Além disso, os atendimentos dos serviços locais de saúde, como de assistência materna e HIV, tiveram de ser interrompidos.” 
Com a confirmação de casos de cólera, MSF já está apoiando o Ministério da Saúde para cuidar de pacientes em três centros de saúde da cidade de Beira, que no momento já atendem mais de 100 pacientes com suspeita da doença por dia.
“O ciclone causou danos significativos ao sistema de fornecimento de água da cidade, fazendo com que muitas pessoas não tenham acesso à água potável. Isto significa que não há opção a não ser consumir água de poços contaminados, com algumas pessoas consumindo até água empoçada. Os centros de saúde apoiados por MSF receberam nos últimos dias centenas de pacientes com diarreia aquosa aguda”, afirmou Verdonck.
“Nos próximos dias, trabalharemos com o Ministério da Saúde para ampliar o trabalho o máximo possível e para fornecer apoio a mais unidades de tratamento de cólera, bem como trabalhar para reabilitar um centro maior de tratamento de cólera”, disse. MSF também já mantém conversas com o Ministério da Saúde para avaliar a possibilidade de apoiar uma grande campanha de vacinação contra a cólera na área.
Além de atuar nos centros de saúde, MSF está operando clínicas móveis para fornecer cuidados primários de saúde às comunidades mais afetadas. Essas equipes – formadas por médicos, enfermeiros, promotores de saúde e conselheiros – estão visitando áreas mais pobres de Beira, assim como alguns dos 37 abrigos onde as pessoas que tiveram suas casas destruídas ou foram resgatadas de áreas inundadas estão alojadas.
“Graças à nossa presença anterior, trabalhando junto com o Ministério da Saúde no tratamento de HIV em Moçambique, temos fortes laços com o país e fomos capazes de reagir rapidamente”, disse Verdonck. “Muitos de nossos pacientes e suas famílias perderam tudo e, por isso, o trabalho de nossas clínicas móveis não é importante apenas por prestar atendimento, mas também por se fazer presente em uma comunidade que precisa desesperadamente de ajuda.”
Até agora, as clínicas móveis têm tratado principalmente casos de diarreia, infecções respiratórias, infecções de pele e feridas infectadas, assim como ferimentos sofridos por pessoas enquanto consertavam suas casas. Quando os pacientes necessitam de cuidados adicionais, MSF os leva para o hospital ou para um centro de saúde.
Além de um primeiro carregamento de suprimentos de emergência recebido de Maputo, MSF enviou até agora quatro voos fretados de carga da Bélgica para Beira com artigos de emergência básicos. Pelo menos mais três aviões devem ser enviados ainda nesta semana, partindo da Bélgica, de Dubai e da França. A grande mobilização para levar carregamentos com suprimentos deve prosseguir pelas próximas semanas.
Com os resultados de avaliações feitas nos últimos dias, nas quais as equipes de MSF também verificaram a situação de água e saneamento, o alcance geográfico da atuação da organização será ampliado para além de Beira, para várias das áreas mais afetadas no interior e ao sul de Beira, nas províncias de Manica e Sofala, incluindo as localidades de Buzi e Dondo, atingidas gravemente pela tempestade.
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Da emergência à recuperação: Moçambique um mês após o ciclone Idai

12/04/2019

A vida aos poucos volta ao normal, mas ainda há muito a ser feito nas áreas afetadas



As equipes conjuntas de MSF e do Ministério da Saúde já trataram mais de 3.400 pacientes de cólera na região afetada pelas enchentes.


Água limpa, a chave para a saúde

As autoridades locais em Beira rapidamente concentraram suas energias em restaurar o fornecimento de água limpa. Enquanto esta decisão salvou incontáveis vidas em toda a cidade, a água limpa não estava chegando a todos os moradores de Beira. Assim, para complementar a água fornecida pelas autoridades, MSF estruturou uma instalação de tratamento de água em Chingussura, subúrbio no norte de Beira. Nossa instalação fornece até 7.500 litros de água limpa por hora para o centro de saúde local e para a comunidade local.

As equipes de água e saneamento de MSF também estão trabalhando nas áreas afetadas pelas inundações para limpar a água suja de poços rasos; desinfetar as fontes de água contaminadas; e garantir que as áreas de maior risco tenham o cloro necessário para manter sua água potável segura.


Sobrevivendo ao ciclone um mês depois

Agora, um mês depois do ciclone, a vida em Beira regressou ao normal em muitos aspectos. As ruas estão cheias de pequenos quiosques vendendo bebidas geladas, roupas e mantimentos. Em alguns bairros, algumas telhas soltas e árvores com suas folhas arrancadas são os únicos lembretes da destruição que o ciclone Idai trouxe para a cidade. No entanto, em outros bairros, particularmente nos assentamentos informais encontrados em toda a cidade, lares permanecem completamente arrasados e inabitáveis, enquanto seus moradores lutam para encontrar comida ou abrigo, e não têm acesso a serviços como o de saúde.

Durante a última semana, os quatro centros de cólera mantidos por MSF e pelo Ministério da Saúde em Beira trataram cerca de 100 novos pacientes por dia. Muitos dos pacientes também vivem com HIV, o que significa que eles têm um sistema imunológico comprometido, retardando sua recuperação. Diante da queda do número de casos de cólera, MSF já está reduzindo o número de leitos disponíveis de 350 para cerca de 150 e manterá apenas um centro de tratamento de cólera e uma unidade de tratamento de cólera, por enquanto.

"Não estamos prontos para dizer que vencemos este surto, porque ainda temos novos pacientes chegando", disse Anja Wolz, coordenadora de emergência de MSF em Beira. “Pelo que observamos, o número de casos de suspeita de cólera está indo na direção certa. Graças à campanha de vacinação e à enorme resposta da comunidade, acreditamos que em breve teremos o surto sob total controle.”

No entanto, não há tempo para complacência, visto que novos casos de cólera ainda estão surgindo. Fora de Beira, MSF cuida de pacientes em unidades de 20 leitos montados para tratar a doença em Dondo e Tica e em uma instalação de 12 leitos em Buzi. Além disso, MSF preparou duas unidades de tratamento em Matua e Mafambisse para o caso de um surto.

MSF também ofereceu apoio logístico, técnico e de planejamento ao Ministério da Saúde para uma campanha de vacinação contra cólera em Beira, Dondo, no distrito de Nhamatanda e em Buzi. As equipes de MSF eram responsáveis por ajudar a garantir que as vacinas fossem armazenadas e transportadas corretamente, chegassem aos locais de vacinação a tempo e que as equipes tivessem tudo de que precisassem. Até agora, quase 750 mil pessoas receberam a vacina.

Fonte MFS

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SITUAÇÃO RECENTE




Moçambique prevê que o ciclone Idai provoque este ano uma descida da previsão do crescimento económico em dois pontos percentuais, que era de 3,8%, disse na quinta-feira à Lusa o ministro das Finanças do país, Adriano Maleiane.


O Ministério da Economia e Finanças moçambicano espera agora, para 2019, um crescimento situado no intervalo entre 1,1% e 2,8%, cujo ponto médio se situa um pouco acima da metade dos 3,8% previstos.
"Estimamos que vamos ter uma perda de dois pontos percentuais em função do que tínhamos projetado para 2019", afirmou o ministro da Economia e das Finanças, Adriano Maleiane, referindo que as previsões nacionais anteriores apontavam para um crescimento de 3,8%.
"Com este ciclone, nós pensamos que o PIB [Produto Interno Bruto] em Moçambique pode baixar para um intervalo de 1,1% a 2,8%, portanto [o impacto do Idai] é muito forte", declarou Adriano Maleiane, em Washington, na sede do Banco Mundial, no final de uma mesa redonda sobre o ciclone Idai, que contou com representantes de 30 países.
O ministro acrescentou que o Governo moçambicano espera uma subida da taxa de inflação - que no final de 2018 se situava em 3,8% - na ordem de um dígito, devido às necessidades criadas pelo ciclone.
Apesar do possível aumento dos preços, o executivo vai reunir esforços para que tal não suceda: "A forma como o Governo pode ajudar a minimizar o sofrimento dos mais necessitados é tudo fazer para que a inflação não atrapalhe", declarou.
O ciclone Idai terá destruído cerca de 800 mil hectares de campos agrícolas, sendo que a agricultura representa 23% do PIB do país.
A estes estragos juntam-se ainda deterioração de sistemas de circulação, de transporte e de comunicação, acrescentou o governante.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) não fez nenhuma atualização à previsão feita no último mês de outubro para o crescimento de Moçambique em 2019, mantendo-se em 4%.
No final da mesa redonda, realizada com coorganização dos três países afetados pelo Idai, Portugal e Reino Unido, o ministro da Economia e Finanças de Moçambique destacou a colaboração e boa vontade de todos os participantes, sem exceção, para continuar a apoiar a reconstrução em Moçambique, "das formas que cada país puder".
"O que ficou para mim claro é que todos estão solidários e vão fazer tudo para que Moçambique volte a sorrir", acrescentou Adriano Maleiane.
Segundo o governante moçambicano, não se fizeram compromissos sobre os valores que cada país irá doar para a reconstrução, porque não era esse objetivo, mas sim, ouvir a predisposição para continuarem a apoiar.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.

Segundo o último balanço das autoridades moçambicanas, o ciclone fez 602 mortos e 1.641 feridos, tendo afetado mais de 1,5 milhões de pessoas no centro do país.


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Concluindo

Povo cristão, leitores do blog por todo este vasto mundo, uma vez mais temos conhecimento de pessoas que foram repentinamente arrancadas de sua vida cotidiana por uma catástrofe da natureza.
Vidas se perderam, casas e propriedades foram destruídas, a agricultura foi grandemente prejudicada, muitas vezes há a privação de alimentos, de água potável, de recursos mínimos que antes eles tinham em abundância.
Paira, logicamente sobre este povo grande temor de novos ciclones, além da tristeza pela perda de entes queridos e também de suas propriedades.
É triste, mas aconteceu.
E, com a misericórdia de Deus, estão se recuperando, estão de pé, estão lutando para se reerguerem.
Cremos que não é fácil, mas temos de reconhecer ser um povo valente e forte, que não se dobra ante as intempéries.
Que Deus os fortaleça cada dia mais.
Tanto os moradores de Moçambique quanto seus vizinhos foram afetados, a eles devemos direcionar nossas orações, para que Deus os livre de novas catástrofes e lhes dê força para continuar a vida, superando tão terrível incidente.
Algum tempo atrás aconteceu também catástrofe parecida no Haiti.
Vamos orar por estes povos, com muita fé e poder de Deus, no nome de Jesus.

Ao povo do Haiti, aos povos de Moçambique, Maláui e  Zimbabué envio a saudação e o respeito da nação cristã no mundo.
Jesus ama a todos vocês.

Amém

Missionário Virtual Geraldo de Deus   2019abril,12




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