João Batista – servo fiel e o maior dos profetas de Deus.

Efésios 1:17,18

Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;
Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;

Ministério de João Batista

João era um pastor, como Amós. Vestia-se como o Elias de outrora; e fulminava as suas repreensões e dardejava as suas advertências com o “espírito e o poder de Elias”.

Não era de surpreender-se que esse estranho pregador criasse uma forte agitação em toda a Palestina, pois os viajantes levavam até longe as novidades que vinham das suas pregações no Jordão.

Havia ainda uma outra característica, nova, no trabalho desse pregador nazarita: Ele batizava todos os seus crentes no Jordão “para a remissão dos seus pecados”.

Embora o batismo não fosse uma cerimônia nova entre os judeus, eles nunca tinham visto o batismo ser feito como João o realizava agora.

Havia muito que vinha sendo uma prática batizar assim os prosélitos gentios, para admiti- los na comunidade da parte externa da praça do templo, mas nunca tinha sido pedido aos judeus, eles próprios, que se submetessem ao batismo do arrependimento.

Apenas de quinze meses foi o período desde a época em que João começara a pregar e a batizar, até sua detenção e a sua prisão, instigadas por Herodes Antipas; mas nesse curto período de tempo ele pôde batizar bem mais de cem mil penitentes. 

Teve ainda a honra de batizar o próprio Jesus Cristo,” o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”.

Fonte de pesquisa: O Livro de Urântia

Amados irmãos em Cristo Ressuscitado e leitores em geral,

O Senhor vem nos falar nesta oportunidade sobre o chamado de cada um dos escolhidos de Deus. 
Ao analisarmos os acontecimentos narrados no evangelho de Lucas 3:7-18, à luz das revelações do Espírito Santo, podemos ter uma visão bem detalhada de como Deus escolhe a cada um de nós para fazer aquilo que ELE determina, da forma como ELE precisa e quer que seja feito, nunca da forma como o escolhido acha que deve ser feito. 

Deus é quem determina o que devemos fazer ao sermos chamados por ELE, até onde devemos ir, até onde devemos ser exaltados por ELE e a partir de quando devemos aceitar que temos que DIMINUIR e deixar que outros sejam exaltados, mas sempre sabendo que somente DEUS, (PAI,FILHO E ESPÍRITO SANTO) É O DETENTOR ETERNO DO PODER, HONRA, GLÓRIA E DOMÍNIO.

Devemos ainda entender que a obra de edificação do reino de Deus deve ser feita por muitos de nós e não apenas por nós mesmos.

Ninguém pode querer ser o DONO DA OBRA DO REINO DE DEUS, A NÃO SER O PRÓPRIO CRIADOR!

Lucas3:7-18,

Dizia, pois, João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.
E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.

E a multidão o interrogava, dizendo: Que faremos, pois?

E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.

E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer?
E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.

E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo.

E, estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo,
Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.

E assim, admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava ao povo.
====Lucas 3:7-18====.

João Batista pregava a chegada do reino de Deus e, consequentemente, a chegada do MESSIAS anunciado pelos profetas messiânicos.

Ele veio a público, nas margens do Jordão trazendo a afirmação, a certeza, que era chegada a hora da mudança, que as boas novas de Deus iriam se concretizar em muito breve.

João Batista não fez nenhum milagre, não fez nenhuma cura, não expulsou demônios... Sua missão não era essa.

Ele foi autêntico e fiel a Deus ao executar aquilo que Deus queria que ele fizesse, Ele veio para exortar o povo ao arrependimento de seus pecados e veio anunciar a chegada do Messias.

Em nenhum momento João Batista se deixou ensoberbecer, muito menos aceitou qualquer laço que o exaltasse. 

Ele batizava em nome de JAVÉ (YHWH) afirmando que o reino de Deus estava próximo, ao alcance da mão, mas deixava bem claro que não era ele o MESSIAS, que não era ele merecedor de adoração. 

Mesmo para seus discípulos deixava bem claro que outro viria como o Messias prometido de Deus, mas que não era ele. 

Se humilhava, dizendo que logo viria aquele enviado de Deus, do qual ele, João Batista, não era digno de amarrar as sandálias.

Entretanto, não hesitou em nenhum momento em afirmar que aquele povo era um povo pecador e desobediente, povo que trilhava por caminho errado, contrário ao que leva ao reino dos céus. 

Povo cheio de religiosidade falsa, mas vazio da presença de Deus.

Seu momento mais sublime foi quando batizou Jesus Cristo nas águas do Jordão e ouviu a voz do PAI e viu a imagem do ESPÍRITO SANTO.

Lucas 3:21,22

E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu;
E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.

Com toda esta rudeza na maneira de falar e agir, podemos entender que Deus não levantou João Batista para um ministério de evangelização. 

Ele o levantou para que fosse um ADMOESTADOR. Ele era bem parecido com Elias e agia e falava como Elias fez no passado.

Mesmo não sendo um evangelizador João Batista ganhou muitas almas para o reino dos céus, salvou muitos pecadores do suplício do  fogo eterno.

O ministério de João Batista foi curto, de apenas cerca de quinze meses entre começar a pregar e ser aprisionado por Herodes, tendo ficado encarcerado até ser decapitado. 

Mesmo assim, neste curto intervalo de tempo ele foi servo fiel e agradável a Deus, tanto que Jesus Cristo disse dele que “dos profetas nascidos de uma mulher, João Batista foi o maior deles”.

Mateus 11:9-11

Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;
Porque é este de quem está escrito:Eis que diante da tua face envio o meu anjo,que preparará diante de ti o teu caminho.
Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

Vamos imaginar uma possibilidade, já que as pessoas são cheias de ACHAR ISSO OU AQUILO, a de que João Batista não se conformasse com a simplicidade de sua missão, com a rudeza de seu ministério, que não aceitasse que aquele seu primo na carne fosse mais exaltado que ele, que não aceitasse que seus discípulos o abandonassem e fossem seguir JESUS.

Ou que João Batista se proclamasse a si mesmo como um grande profeta e começasse a profetizar curas, milagres, bênçãos ou maldições sobre aqueles que o buscavam sedentos da presença de Deus para serem batizados.

Se ele, ao invés de os admoestar a se arrependerem de seus pecados começasse a fazer profecias a cada um deles, se ao batizá-los nas águas do Jordão afirmasse que estava também curando moléstias...

Ele iria estar causando um desserviço à obra de Deus. Ele iria estar se exaltando, querendo fazer mais do que Deus havia determinado.

Ainda bem que João Batista entendeu que sua missão aqui na terra era de exortar o povo ao arrependimento, anunciar a chegada o Messias, fazer o batismo nas águas para a redenção dos arrependidos e depois, se diminuir enquanto aquele a quem ele anunciara deveria ser engrandecido. 

Ele deveria se apagar e Jesus brilhar.

Se ele, estando preso fraquejasse na fé e fizesse algum tipo de acordo com Herodes para que este o soltasse, como seria o seu fim? Qual seria o testemunho que Jesus daria dele?

Sabemos que ele foi fiel ao nosso Deus e à sua missão até o fim. Ele persistiu até o último instante de vida. Assim devemos fazer, ser firmes na fé e não nos abalarmos, nunca negar o nosso Deus, muito menos a JESUS CRISTO, nosso eterno mestre e Salvador.

Então, nos espelhando na forma de agir de João Batista, devemos entender que a obra do reino de Deus deve ser direcionada pelo nosso Deus e não por nós obreiros.

Tem muito obreiro causando confusão na obra do Senhor, que tanto quer contribuir, tanto quer fazer, que acaba sendo gerador de caos, que atrapalha o andar da obra do reino dos céus.

Paulo nos adverte claramente a proceder dignamente diante de Deus, agradando-o em tudo, gerando boas obras e crescendo no conhecimento de Deus. Para isso devemos crescer em fé e em santificação.

Colossenses 1:10 -Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;      

CONCLUINDO

O chamado de Deus em nossas vidas é uma grande honra. Se somos chamados por nosso Deus para fazer parte da edificação da obra do reino dos céus, é que Ele achou alguma qualidade  em nós que as vezes nem sabemos ter.

Entretanto, não nos esqueçamos que Jesus já nos adverte que “muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”.

Sejamos merecedores da chamada de Deus e vamos nos revestir em amor e obediencia, vamos nos envolver na trindade de Deus, vamos ser templos vivos do Espírito Santo, vamos ser cristãos que refletem a imagem de Cristo, vamos ser filhos agradáveis ao PAI ETERNO.

Vamos fazer a obra de Deus por amor ao nosso criador, não pelo que possamos receber de galardão, mas por amarmos verdadeiramente ao nosso SENHOR ETERNO.

Vamos fazer a obra de Deus como servos fiéis, sem nos esquecermos que somos salvos pela fé e não por obras. Mas que a fé sem obras é vazia. E qeu a fé sem que o alvo seja Jesus Cristo é vã.

Quando observamos como agiu João Batista, vencendo todas as suas limitações e desafios, aprendemos que não podemos perder a visão de nosso alvo, que não podemos deixar de nos guiar pelo nosso Deus. 

Que não podemos fazer a obra do Senhor com a força de nosso braço nem com nossa sabedoria adquirida no mundo, mas que devemos em tudo ser obedientes a direção do Espírito Santo e do evangelho.

Sejamos dignos para agradar ao nosso eterno mestre e salvador JESUS CRISTO.

E assim, como disse Paulo, de alguma forma sermos merecedores de alcançar a ressurreição e a vida eterna.

Amém.

 FILIPENSES 4:23 - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém.

Missionário Virtual Geraldo de Deus                          2016 outubro, 06