A Grande Babilônia do Apocalipse



Apocalipse 17:18 - E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.

Amigos e leitores do blog,

Estamos dando sequência ao estudo bíblico escatológico do Livro de Apocalipse de João, agora focando o sexto módulo, portanto o penúltimo dos módulos de estudo, conforme quadro abaixo,




Assim, com tranquilidade, firmeza e transparência, estamos quase concluindo este estudo. 
Conforme enunciado anteriormente, faremos uma postagem a mais, ou seja, além das que constam no quadro acima. 
Será uma postagem de meditação do todo estudado e também onde estaremos entrando em alguns detalhes que não foram abordados e que complementam o entendimento de uma forma macro, global. 

Vamos então ao estudo da Grande Babilônia e das duas bestas citadas, mas antes vamos dar uma pincelada na Palavra de Deus, AP 17:1-18,

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Adore ao nosso Salvador Jesus Cristo

Hino 357 da Harpa Cristã
O fim das lutas

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TEXTO DO LIVRO DE APOCALIPSE DE JOÃO, CAPÍTULO 17:1- 18:

E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;
Com a qual fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua fornicação.
E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.
E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação;
E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.
E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, ainda que é.
Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.
E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.
E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.
E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.
Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.
Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.
E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.
E os dez chifres que viste na besta são os que odiarào a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.
E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.
(Apocalipse 17:1-18).

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ESCATOLOGIA - A Grande Babilônia do Apocalipse de João


PRÓLOGO

A mistura da narrativa entre reis do passado, presente e futuro no capítulo 17 do livro de Apocalipse nos leva diretamente ao modelo do livro de Daniel.

É neste capítulo que temos a descrição da grande meretriz, também chamada de “a grande Babilônia“.  

Apesar da interpretação existente neste capítulo sobre a visão do Apóstolo João, ainda assim é bem difícil entendê-la.

Neste bloco estudaremos os capítulos 17 e 18 do livro do Apocalipse, focando principalmente a figura da mulher descrita como a grande meretriz, Babilônia.

Logo após o final deste estudo entraremos nos detalhes sobre as duas bestas citadas, a besta que subiu do mar e a besta que subiu da terra.


Babilônia: A mãe das meretrizes

(Significado de Meretriz: mulher que pratica o meretrício; prostituta)

Apocalipse 17 descreve detalhadamente a figura desta meretriz. A grande Babilônia é citada anteriormente no livro do Apocalipse (caps. 14:8; 16:19).

Entretanto, em tais citações ela é mencionada muito brevemente, enfatizando apenas a predição de sua queda. No capítulo 17 é onde encontramos maiores informações sobre ela.

Já no capítulo 18 encontramos a narrativa detalhada de sua queda anunciada no capítulo anterior.


Quem é a grande meretriz do Apocalipse?

Sabemos que existem diferentes correntes escatológicas, e dentro delas há várias interpretações acerca de quem é a grande meretriz do livro do Apocalipse. 

Citá-las aqui, certamente tornaria este texto extremamente cansativo e confuso.
Entretanto, antes de partir para a exposição do texto bíblico, é importante citar uma interpretação muito popular sobre este tema. Alguns defendem que essa meretriz representa exclusivamente um império futuro que se levantará no fim dos tempos. 
Será a confederação da Besta, ou seja, o sistema político e religioso do Anticristo que dominará o mundo. Logo, o uso do nome “Babilônia” é apenas simbólico para se referir a esse governo futuro.

Ainda dentro dessa interpretação, há quem defenda que a cidade de Babilônia será literalmente reconstruída. Quem pensa dessa maneira entende que algumas profecias do Antigo Testamento apontam para a reconstrução futura e literal dessa cidade.
Geralmente os adeptos da interpretação acima, adotam um estilo de leitura futurista como método de interpretação do livro do Apocalipse, mais comum na linha pré-tribulacionista.

Entretanto, há muitos pré-tribulacionistas que adotam uma visão completamente diferente desta.

O próprio capítulo 17 nos responde quem é essa meretriz.

A resposta está no versículo 18, onde nos é dito que a mulher “é a grande cidade que reina sobre os reis da terra“, ou seja, a Babilônia.


Agora, nossa pergunta passa a ser especificamente a seguinte:

O que é a grande Babilônia do livro do Apocalipse?

Para respondermos tal pergunta, precisamos entender a organização do livro e o estilo literário empregado pelo Apóstolo João em sua composição. 

Apocalipse 17 inicia uma nova divisão paralela do livro do Apocalipse, ou seja, o Apóstolo João irá registrar pela sexta vez a mesma história, porém por um ângulo diferente, conforme vimos nos blocos anteriores.

Entre os capítulos 12 e 14, João já havia registrado os inimigos de Cristo e Sua Igreja: o dragão e seus aliados. Satanás, descrito na figura de um dragão, sofreu uma derrota esmagadora na morte, ressurreição e ascensão de Cristo ao céu.

Expulso do céu e lançado à Terra, o dragão recruta três aliados: a besta que sobe do mar, a besta que sobe da terra e a grande Babilônia. Juntamente com os homens que possuem a marca da besta, o dragão e seus aliados desempenham uma perseguição implacável contra a Igreja de Cristo.

Entretanto, por mais terrível que esse cenário pareça ser, o livro do Apocalipse mostra que a Igreja é mais que vencedora, pois Cristo vence, e nós vencemos com Ele.

A partir do capítulo 17 o apóstolo João descreve a queda desses inimigos da Igreja, os aliados do dragão.

Comparando com a ordem com que foram apresentados nos capítulos 12, 13 e 14, agora o livro do Apocalipse nos mostra a queda desses inimigos exatamente de forma inversa, ou decrescente.

Em Ap. 17 encontramos a história da grande Babilônia, e no cap. 18 a descrição de sua queda completa.
Essa sexta sessão paralela continua no capítulo 19, onde vemos Cristo derrotando definitivamente todos os Seus inimigos em sua Segunda Vinda.

O cap. 17 do Apocalipse pode ser subdividido em três partes:
Na primeira há uma descrição da grande meretriz, a Babilônia.
Na segunda parte encontramos a descrição da besta.
A terceira nos mostra a vitória de Cristo e de Sua Igreja, juntamente com a interpretação das figuras citadas.

O livro do Apocalipse é um livro de contrastes. Nele, vemos Satanás, o dragão, tentar de todas as formas imitar  Cristo. Em Apocalipse 17, na descrição da grande Babilônia, podemos ver mais uma vez essa característica. 

No livro do Apocalipse a Igreja é descrita como uma mulher, uma virgem, santa, digna e adornada para seu esposo. Perceba o nítido contraste entre a noiva do Cordeiro (Ap 12; 21:9) e a meretriz descrita neste capítulo.

A noiva do Cordeiro também é uma cidade, a cidade santa, a Nova Jerusalém.
A prostituta igualmente é descrita como uma cidade, a mãe de toda prostituição, a grande Babilônia.

Uma é a cidade de Deus, a outra a cidade do mundo.

Enquanto a noiva é a Igreja verdadeira, a meretriz é a falsa Igreja que se revela na busca humana pelo prazer e a autorrealização.

Respondendo a pergunta sobre quem é essa meretriz, quem é a grande Babilônia, podemos dizer que ela é mais do que uma simples cidade.

Na verdade, ela possui muitos significados que podem ser sintetizados em uma única, profunda e terrível verdade: 

a grande Babilônia é a revelação de toda concupiscência humana, da busca do homem pelo prazer, é a sedução do mundo. Babilônia é tudo o que demonstra o mais terrível estado depravado e corrupto da humanidade, a apostasia escancarada, a inimizade contra Deus.

A grande Babilônia é a descrição perfeita e detalhada do mundo à parte de Cristo, que concentra toda sua força na busca por riqueza, luxuria e autorrealização. 
A grande Babilônia possui duas funções muito claras: tentar desviar a Igreja da santidade e manter os ímpios na incredulidade.

A meretriz é um poderoso sistema mundano a serviço de Satanás.

A Babilônia seduz a humanidade a prestar culto ao sistema satânico, a se submeter ao dragão e adorar a besta.


O Apóstolo João descreve essa mulher da seguinte forma:

1.Ela é uma prostituta (vers. 1, 5):
   Como já citado, isso mostra todo o contraste entre ela e a noiva do Cordeiro.



2. Ela está assentada sobre muitas águas (vers. 1): 

Isso significa que ela possui influência mundial. Ela está assentada sobre toda a humanidade. 
O próprio versículo 15 do mesmo capítulo nos esclarece isto ao dizer que as águas onde se assenta a prostituta “são os povos, e multidões, e nações, e línguas“.

A grande Babilônia é um sistema de proporções mundiais que demonstra uma cultura contra Deus.


3. Os reis da terra fornicaram com ela, bem como os habitantes da terra que se embriagaram com o vinho de sua fornicação (vers. 2): 

Os reis da terra são os governantes deste mundo, que, juntamente com os habitantes da terra, buscam de forma desenfreada esse prazer que é sinônimo de prostituição. 
Eles se embriagam no vinho de devassidão da meretriz.

O termo grego traduzido por devassidão é “porneia”. 
Este termo pode ser aplicado de maneira bem ampla, e significa literalmente “prostituição”.




4. A grande meretriz aparece sentada sobre a besta que tinha sete cabeças e dez chifres(vers. 3): 

Esse animal que aparece no versículo 3 é a primeira besta mencionada no capítulo 13, a besta que subiu do mar. 

Essa besta representa os governos mundiais de maneira geral, ou seja, todo o poder econômico, político e militar. 

Isso nos mostra a sincronia que há entre a besta e a prostituta, de forma com que a busca pelo prazer é a motivação para todas as outras ações malignas neste mundo.

Juntas, a besta e a prostituta, são instrumentos nas mãos de Satanás.



5. Ela estava vestida de púrpura e escarlata, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas (vers. 4): 

O tipo de roupa descrito por João se refere a trajes finíssimos, caros, usualmente utilizados por senadores e a elite da Roma da época. As pedras preciosas demonstram toda riqueza e luxo ostentado por essa mulher.

É uma descrição completa do mundo ímpio, que vive em função de suas conquistas, riquezas, poder e glória.



6. Ela segurava um cálice de ouro, repleto de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição (vers. 4): 

O cálice de ouro compõe perfeitamente a descrição dessa mulher. Ela está vestida glamourosamente, ostentando riquezas e luxo, e possui um cálice de ouro em sua mão. O cálice de ouro transmite a ideia de algo desejado, cobiçado pelo homem.

Os cálices de ouro eram utilizados geralmente para servir o melhor vinho. Mas no caso dessa mulher é diferente. 

O cálice é de ouro, mas seu interior contém apenas abominações e devassidão.

Esse cálice está transbordando com a impureza de sua prostituição.

Aqui podemos perceber que todo esse modo de vida prazeroso que o mundo oferece aos homens, é na verdade mundano e depravado, é um modo de vida que afronta a Deus.



7. Tinha em sua testa a seguinte inscrição: “Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra” (vers. 5): 

O apóstolo João registra o nome desta mulher. 

Ele escreve que esse nome estava em sua testa. 

Essa descrição combina com um costume da época em que as prostitutas do Império Romano usavam um tipo de pequena faixa ao redor da cabeça que continha seu nome, num tipo de exibição de sua própria desonra.

O nome dessa meretriz é Babilônia. Essa Babilônia não é literalmente a cidade histórica, nem qualquer outra cidade especifica do mundo, muito menos uma futura cidade que será reconstruída. 

Esse nome é uma referência direta a tudo o que a Babilônia simboliza, desde sua fundação, ainda com Nimrode na edificação primitiva dessa cidade, até seu posto de maior  império do mundo nos dias de Nabucodonosor.
Babilônia, ainda como Babel, foi edificada puramente nas bases do pecado. 

A própria Torre de Babel era um símbolo direto da loucura do homem contra Deus. 
O propósito da torre era eternizar o nome dos habitantes de Babel, e, caso ocorresse novamente um dilúvio, eles poderiam subir pela torre até o céu, e se vingar do próprio Deus.

Depois de Babel, Babilônia ressurge poderosa novamente na narrativa bíblica com Nabucodonosor exilando o povo judeu. Logo, Babilônia representa na Bíblia tudo aquilo que há de mais perverso. 

Ela é o berço do paganismo, da falsa religião, da prostituição, da busca pelo prazer e da perseguição ao povo de Deus.

Nos dias de João essa mulher, a Babilônia, claramente podia ser vista na cidade de Roma, uma cidade que era conhecida naquele tempo como a cidade dos prazeres. 

Roma era a fonte de todo tipo de idolatria, de modo que os cristãos verdadeiros eram chamados de ateus por não adorarem os muitos deuses do paganismo romano. 

Tais cristãos também eram acusados de serem antissociais, pois não participavam da vida social ofertada por aquele sistema (1Pe 2:12; 4:3,4).

As influências mundanas dessa cidade corrompida estavam entrando até mesmo dentro das comunidades cristãs, onde alguns membros cediam às pressões e acabavam aceitando a idolatria e a imoralidade (Ap 2:12,20; 1Co 6:12-20).

Aquela Roma não existe mais, porém hoje, onde quer que esteja a busca humana pelo prazer, seja por vícios, pela prostituição, luxuria e ganância ali estará a Babilônia.



8. Ela estava embriagada do sangue dos santos, e das testemunhas de Jesus (vers. 6): 

Que detalhe terrível nos é revelado no versículo 6. O próprio Apóstolo João ficou espantado com essa visão. 
Imagine você a cena que João estava vendo: uma mulher vestida sensualmente, com vestes finas e adornada por pedras preciosas, com uma identificação de prostituta em sua testa, montada em uma besta, segurando um cálice de ouro transbordando abominações e, por último, embriagada 
do sangue dos santos e das testemunhas de Jesus.

Ao mesmo tempo em que Babilônia oferece prazer aos homens, ela também derrama o sangue dos seguidores de Cristo. Isso significa que a busca pelo prazer humano sempre resulta em perseguição à Igreja, pois a Igreja verdadeira sempre irá se opor ao estilo de vida mundano e corrompido.

Nessa descrição de João podemos identificar mais uma vez uma referência direta a cidade de Roma daqueles dias, onde os cristãos eram perseguidos e cruelmente mortos, servindo até como diversão para os poderosos do império. Como já dissemos, Roma era a cidade do prazer que se embriagava com o sangue dos mártires.

Resumindo, a grande Babilônia representa todo o sistema mundano que se opõe a Igreja de Cristo, é a falsa igreja que conduz ao prazer, é o mundo como o centro de sedução maligno, é a meretriz que sempre será o oposto da noiva.
Essa Babilônia nos dias de João estava personificada na figura da capital do império, Roma.

Essa Roma dos dias de João não existe mais, mas Babilônia está presente em qualquer momento da história. 
Onde houver a busca pelo prazer a qualquer custo, onde houver a perseguição aos servos de Deus, onde houver o sangue dos mártires sendo derramado, ali estará a meretriz com sua sedução, ali estará a Babilônia com seu cálice de devassidão.

O texto continua com o anjo dando detalhes a João sobre a besta em que a mulher está montada. 

Veja abaixo na sequência os detalhes sobre as bestas.

No versículo 14, vemos como esse sistema maligno juntará forças para guerrear contra o Cordeiro, mas serão definitivamente derrotados, pois o Cordeiro os vencerá, e vencerão com Ele os seus eleitos. 
Aqui o anjo informa a João que a vitória de Cristo e de Sua Igreja já está decretada.



A queda de Babilônia

Em AP 17:16 o anjo diz a João algo muito curioso, algo intrigante.

Ele começa a informar a queda de Babilônia, a destruição da meretriz. O curioso é o modo como isso acontece. O anjo diz que a besta, juntamente com seus governantes, odiarão a prostituta. Eles a despirão, comerão a sua carne e a destruirão com fogo.

Aqui vemos que os inimigos de Cristo e da Igreja destroem uns aos outros para cumprir os propósitos soberanos de Deus (Ap 17:17).

Alguns teólogos apresentam uma aplicação primaria para essa passagem no contexto histórico daquela época, onde os poderes predatórios e ações do Império Romano acabaram destruindo, em última instância, a própria cidade de Roma.

Mas aqui também claramente vemos uma profundidade maior nessa visão. A descrição dessa cena nos mostra que a busca pelo prazer, a sedução do mundo, é autodestrutiva.

No final, o homem fica desiludido com os seus próprios prazeres, pois os prazeres do mundo são passageiros.

Os homens se frustram quando percebem que tudo o que buscaram durante toda a vida os levaram à destruição. Nessa hora não adianta arrependimento, não adianta lamentação. 

É tarde demais, o juízo de Deus chegou até eles.


No capítulo 18 do livro do Apocalipse temos uma descrição detalhada da queda da Babilônia.

Ao todo são sete mensagens de julgamento contra a Babilônia.
Primeiro há três mensagens angelicais de condenação (Ap 17:7-18; 18:1-3,4-8).
Depois há três lamentos por parte dos homens que a admiravam e estavam comprometidos com essa meretriz (Ap 18:9,10,11-19).
Por fim, há um aviso final e definitivo sobre a queda final e permanente da grande Babilônia (Ap 18:21-24).

Essa descrição está particularmente ligada aos momentos finais da presente era e a gloriosa segunda vinda de Cristo. É nesse momento que essa mulher é destruída.

Enquanto Babilônia cai, a Nova Jerusalém se levanta em grande esplendor. Enquanto a prostituta é despida e desonrada, a noiva do Cordeiro aparece ataviada, adornada e vestida de linho fino resplandecente e puro.

Enquanto a falsa Igreja está condenada, a verdadeira Igreja está justificada.



Para finalizar, destacamos o versículo 4 do capítulo 18:




Então ouvi outra voz do céu que dizia: “Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam”! (Apocalipse 18:4)

Este versículo é um convite à santidade. É um aviso para que não caiamos nas armadilhas da sedução do mundo.
 É um alerta de que a Babilônia está empenhada em tentar destruir a pureza dos santos.

Nestas breves palavras somos aconselhados a não nos conformarmos com este mundo, tal como o Apóstolo Paulo nos escreveu em sua Carta aos Romanos (cap. 12:2). 

Aqui cabe uma reflexão pessoal para cada um de nós.

Será que estamos comprando terrenos em Babilônia? 
Será que estamos construindo casas em Babilônia? 
Será que estamos tentando nos estabelecer sob os recursos de Babilônia? 
Será que estamos nos portando como a noiva do Cordeiro, ou estamos sendo seduzidos pela prostituta?

Pergunte-se a si mesmo: Sou cidadão da grande Babilônia ou sou cidadão da Nova Jerusalém?




Adoremos ao nosso Jesus Cristo, enquanto temos fôlego.


Louvor   "Quão Grande é o Meu Deus"

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AS BESTAS DO APOCALIPSE






A BESTA QUE SUBIU DO MAR

Podemos dizer que a interpretação mais conhecida entre os evangélicos sobre a besta que subiu do mar, é a interpretação adotada pelos pré-milenistas dispensacionalistas. 

Nessa interpretação a besta que emerge do mar significa o último governo mundial da história, sob o controle do Anticristo escatológico. 

Tal governo será formado por dez reinos, e chegará um determinado momento em que o Anticristo será ferido de morte e será vivificado pelo poder de Satanás. 

É válido dizer que alguns entendem que  não é o Anticristo que será ferido de morte, mas se trata de uma referência ao sistema imperial que retornará ao mundo.

Essa interpretação acerta ao identificar a profunda ligação dessa visão com o surgimento do Anticristo escatológico e seu governo, entretanto, ela falha ao desconsiderar totalmente o estilo literário do livro do Apocalipse, bem como seu contexto histórico e sua aplicação atual independente do momento histórico no qual um determinado leitor do livro está situado.






Em sua visão, o Apóstolo João viu uma besta subindo mar. Ela possui dez chifres, cobertos de diademas, distribuídos em sete cabeças, nas quais estão escritos nomes de blasfêmia.
Seu corpo é semelhante ao corpo de leopardo, seus pés são como de urso e sua boca é como de leão.

O dragão (Satanás) concede a ela o seu poder e autoridade. João também observa que uma das sete cabeças parece ter sido golpeada de morte, porém esta ferida mortal foi curada e a terra inteira ficou maravilhada rendendo louvores e adoração à besta e ao dragão que lhe deu sua autoridade.

A besta, então, começa a falar e proferir palavras de blasfêmia, tendo autoridade para agir durante quarenta e dois meses. Tais blasfêmias são contra o próprio Deus e os que habitam em seu tabernáculo. 
A besta recebe autoridade sobre todos os povos, tribos e nações; e poder para pelejar contra os santos e os vencerem. Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro, maravilhados, adoram a besta (Ap 13:8).

Para interpretarmos essa figura descrita por João, precisamos ter em mente que há, aqui, bem como em todo o Apocalipse, um uso maciço de textos do Antigo Testamento. 

Também precisamos considerar a simbologia característica que permeia todo o livro do Apocalipse. Logo, devemos adotar um padrão interpretativo, evitando o erro comum de tentar “literalizar” o que evidentemente é simbólico.

A besta sobe do mar. O mar nas Escrituras representa as nações e seus governos. Dentre vários exemplos podemos citar uma passagem do Profeta Isaías, onde o rumor dos povos é comparado ao rumor do mar, e a agitação das nações ao movimento das águas.

Podemos comparar essa passagem com outra no próprio livro do Apocalipse, onde essa interpretação fica provada.
“Ai do bramido dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas. (Isaías 17:12).

E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas. (Apocalipse 17:15).

Essa besta é descrita com características animais. Aqui claramente há uma profunda ligação com a visão que o Profeta Daniel teve, de maneira que a besta descrita por João combina as características das quatro bestas vistas por Daniel (Dn 7).

Na visão de Daniel, o significado das quatro bestas fica revelado como sendo impérios que se sucedem ao longo da História.

Obviamente aqui, no Apocalipse, a mensagem é a mesma, de maneira que ela não simboliza apenas um único império ou governo, mas representa todos os governos anticristãos que já existiram.

Para entendermos melhor essa descrição da besta, precisamos considerar também o capítulo 17 do livro do Apocalipse.
A besta possui sete cabeças e o capítulo 17 (vers. 10 e 11) nos revela que as sete cabeças são sete colinas sobre as quais se assenta a grande meretriz, Babilônia.
 Ainda no capítulo 17, o texto nos mostra que as sete cabeças também são sete reis e seus governos que se sucedem.

A interpretação dessa parte da visão tem sido discutida por muitos teólogos. A Roma antiga era conhecida na literatura como “a cidade das sete colinas”. Portanto, possivelmente aqui é feita uma primeira aplicação à Roma.

Mas, como já dissemos, muito dos textos do Apocalipse possui dupla referência, portanto as sete cabeças também são sete reis (Ap 17:10). 

O anjo diz a João que cinco reis já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu, mas quando surgir durará pouco tempo.

Os estudiosos frequentemente entendem que esses sete reis significam sete impérios mundiais, sugerindo então:
1. Império Babilônico primitivo com Ninrode em Babel;
2. Império Assírio;
3. Império Babilônico de Nabucodonosor;
4. Império Medo-Persa;
5. Império Greco-Macedônio com Alexandre o Grande;
6. Império Romano dos dias de João;
7. O sétimo império é muito discutido. Alguns estudiosos fazem uma sugestão diferente dos seis primeiros impérios, e acabam afirmando que o sétimo império é justamente o romano. Outros, que defendem a lista aqui citada, sugerem que o sétimo império é a junção de todos os governos que se levantaram ao longo dos anos após a queda do Império Romano, ou seja, nenhum grande império específico, mas a combinação de todos os governos dos últimos dois mil anos.

No capítulo 17, o anjo informa a João que haverá um oitavo rei. Esse rei procede dos sete reis citados. Ele é a besta “que era, e agora não é, e surgirá novamente” (veremos isso mais adiante).

Este oitavo rei é o Anticristo. É a besta encarnada na pessoa dessa figura maligna que será maior do que todos esses outros impérios citados, pois ele reunirá e carregará nele as características dos sete anteriores.

Também possui dez chifres que são coroados de diademas. Essa descrição mostra a tamanha semelhança que há entre a besta e o dragão. 
Ambos possuem sete cabeças e dez chifres. Porém, enquanto o dragão usa os diademas em suas cabeças, a besta possuí diademas nos chifres. Isso mostra que quem governa é, na verdade, o dragão que deu o seu poder à besta.

No livro de Apocalipse o número dez sempre está ligado ao mal, no sentido de representar as ações malignas no mundo. Portanto, os dez reis não devem ser interpretados como sendo literais, isto é, uma quantidade especifica de governantes, mas no sentido que os poderes mundiais, todos eles, seguem a besta.

Os dez chifres representam os governantes, que recebem inspiração de Satanás e cumprem suas ordens.

Em uma aplicação direta ao período do Anticristo, a referência aos dez reis nos mostra como os governos mundiais se unirão para oferecerem suporte, poder e autoridade ao governo da besta.

Mas, o próprio texto nos conforta dizendo que isso durará muito pouco. Eles receberão autoridade por apenas “uma hora“.

Novamente essa expressão não deve ser interpretada literalmente, mas sim como uma referência ao curto período já determinado o qual eles agirão.

Voltando ao capítulo 13, a descrição continua dizendo que uma dessas cabeças foi ferida de forma mortal e, depois, curada. Isso significa que um dos sete governos cessou, por um pouco de tempo, mas retornará. 

Aqui João está contando a mesma história do capítulo 17, porém por um ângulo diferente.

Foram muitas as tentativas de identificar a aplicação exata da cabeça golpeada de morte. A principal dificuldade ocorre pela característica de dupla referência dessa visão. 

Alguns estudiosos identificam essa cabeça como sendo a Roma e seu governo dos dias do apóstolo. Essa interpretação se baseia, principalmente, no contexto histórico do livro, defendendo uma aplicação prática para os destinatários originais.

Quando Nero estava à frente do Império Romano entre 54 d.C e 68 d.C., incendiou a cidade de Roma, e, a fim de escapar de qualquer suspeita, acabou culpando os cristãos, desencadeando uma perseguição violenta sobre eles.

Muitos foram presos, decapitados, crucificados e até mesmo amarrados em postes e queimados vivos para servirem como tochas de iluminação.

Em 68 d.C., não suportando a pressão do Senado romano, Nero cometeu suicídio. Então, Roma, como perseguidora, parecia estar acabada
.
Conspirações e conflitos internos davam o tom de que os dias do Império Romano como superpotência tinha chegado ao fim.

Roma havia sido atingida mortalmente na cabeça. Porém, por volta de 81 d.C., surge Domiciano, filho de Vespasiano, e a perseguição aos cristãos iniciada por Nero ressurge ainda mais violenta.

O golpe mortal havia sido curado. Roma, e seu imperador, novamente, inspirados por Satanás, estavam perseguindo a Igreja de Cristo. Domiciano se autoproclamou deus, exigindo que fosse adorado.

O culto ao imperador foi instituído no império e o não cumprimento seria passível de pena de morte. Nesse período ocorreu, a pior e mais sangrenta perseguição aos cristãos até agora.

Quem não adorasse o imperador tinha seus bens confiscados, eram proibidos de participarem de qualquer transação comercial, passavam fome e necessidades, eram presos, exilados, torturados e mortos. 

Os próprios cidadãos do império delatavam os cristãos, mesmo que fossem seus parentes.

O mundo em geral adorou Roma e cultuou o seu imperador. A besta estava blasfemando contra Deus e fazendo guerra aos santos, enquanto os habitantes da terra adoravam a ela e ao dragão.

Aos verdadeiros cristãos, as seguintes palavras foram anunciadas:
Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos” (Ap 13:10).

Os irmãos das sete igrejas da Ásia Menor que receberam esse livro no século I, não tiveram dificuldade para interpretar essa visão, e, como já dissemos, também não podemos ignorar essa aplicação primária.

Entretanto, como acontece em outras profecias bíblicas, o significado não se esgota em um único momento específico na História.
Desta forma, embora esteja correta a interpretação acima, também há uma referência ainda mais profunda nela.

No capítulo 17 do livro do Apocalipse, João escutou do anjo que “a besta que você viu era e já não é. Ela está para subir do abismo e caminha para a perdição” (Ap 17:8).

Isso significa que essa visão compreende passado, presente e futuro.

Alguns estudiosos entendem que o passado se refere à ação da besta ao longo da história antiga, que enganava o mundo e dominava com imenso poder e opressão por meio dos grandes impérios mundiais.

Porém, com a vitória de Cristo sobre Satanás em Sua morte, ressurreição e ascensão ao céu, a besta foi mortalmente ferida, ficando impedida de agir, ou seja, ela não pode barrar definitivamente o avanço do Evangelho, pois o dragão que lhe deu o poder, agora está limitado. Por isso ela “era e já não é“.

Entretanto, em breve ela surgirá novamente. Ela subirá do abismo, da morada do dragão. Neste ponto, quem defende essa posição afirma que é o momento em que sua ferida mortal é curada. Esse é o momento em que a besta é personificada na pessoa do Anticristo, e de seu último império mundial.

Ela se levantará para enganar novamente as nações, mas o texto já nos esclarece que ela se levantará para caminhar para a perdição. Seu reinado durará pouco, terá hora para começar e hora para terminar.

Foi concedido à besta agir por quarenta e dois meses. Novamente vale ressaltar que os números no Apocalipse possuem uma importância simbólica muito grande, portanto não devem ser interpretados como literais. Interpretá-los de forma literal quebra totalmente a lógica, o estilo literário e o propósito do livro do Apocalipse, tornando sua interpretação confusa e fantasiosa.

O importante aqui é saber que a besta tem um tempo limitado de ação. Embora os habitantes da terra proclamem que ninguém é como a besta, e que não há quem possa com ela, a Bíblia nos conforta fazendo-nos saber que o tempo está determinado, e que a besta, por mais poderosa que pareça ser, não tem poder para aumentar um único dia do seu reinado tirano.

A besta age por quarenta e dois meses. Não por quarenta e um, nem mesmo por quarenta e três, mas por quarenta e dois. O controle está nas mãos do nosso Deus.

Mais uma vez lembre-se que no Apocalipse, assim como acontece em outras profecias bíblicas, o significado não se esgota em um único momento específico na História. 
Assim, podemos entender que a besta representa de forma geral o poder perseguidor de Satanás operando por meio das nações deste mundo e de seus governantes ao longo da História.

Essa besta assume várias formas, de maneira que ela está presente em cada governo que se levanta de alguma forma contra a Igreja de Cristo, seja com perseguições físicas, morais, retaliações diversas, aprovações de leis contrárias aos mandamentos de Deus, dentre outros. Roma já caiu, e tantos outros impérios já caíram, mas a besta continua atuando, se transformando e sendo dirigida por Satanás.

Tal como foi nos dias do Apóstolo João, nos dias que antecedem a segunda vinda de Cristo, haverá uma oposição semelhante ao culto divino (2Ts 2:8).

Embora as perseguições contra a Igreja ocorram de forma esporádica e repetida ao longo da História, no período final, essa perseguição se intensificará de uma forma nunca vista antes, tal como Jesus anunciou em seu Sermão Escatológico.

No período do fim, a besta se apresentará na pessoa do Anticristo escatológico, encarnando a perversidade característica de todos os impérios anticristãos da história, numa completa personificação do mal.

Será o momento mais tenebroso que este mundo já viu, um período de grande tribulação, onde a Igreja será perseguida terrivelmente, porém, embora ela pareça estar destruída e os santos vencidos, haverá cristãos verdadeiros na terra, aqueles cujos nomes foram escritos no livro da vida do Cordeiro desde a eternidade (Ap 17:18).

Estes não perecerão. Se necessário, morrerão, mas não serão definitivamente derrotados, pois Deus os elegeu desde a eternidade para a salvação na santificação do Espírito (2Ts 2:13).

Mesmo que o governo do Anticristo destrua seus corpos, suas almas não poderão ser destruídas.



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A BESTA QUE SUBIU DA TERRA

Diferente da primeira besta, a besta que sobe da terra não possui dez chifres, nem mesmo sete cabeças. 
Sua aparência nem de longe lembra a amedrontadora aparência da primeira. 

Essa besta possui apenas dois pequenos chifres, como os de um cordeiro.

Mas não se engane! Ela fala como um dragão.

A segunda besta é serva da primeira, ou seja, suas ações apontam para a outra, de maneira que ela induz o mundo a adorar a primeira besta.  

Se a primeira besta é conhecida pela sua força e seu poder conquistador, a segunda é conhecida pelos milagres que realiza e o poder sobrenatural que demonstra.

Ela realiza grandes proezas e milagres impressionantes, tudo para enganar as massas. 
A besta que subiu da terra ordena que as pessoas adorem a imagem da besta que subiu do mar. Depois, ela faz a imagem falar. 
Também ordena que qualquer um que não adorar a besta que subiu do mar deve ser morto. 

Por fim, ela ordena que todos recebam a marca da besta sobre a mão direita ou na fronte, como sinal de lealdade.

A segunda besta tem sua identidade revelada no próprio livro do Apocalipse, como sendo o Falso Profeta (Ap 19:20). 
Essa besta simboliza a falsa religião e a falsa filosofia ao longo desta era. 

Sua aparência é como de um cordeiro, chamativo e aparentemente
inocente, atraindo a atenção dos homens, mas ela esconde um dragão por dentro.

Essa segunda besta é a personificação das mentiras de Satanás, é o próprio Diabo travestido de anjo de luz (2Co 11:14), atuando por meio de todos os falsos profetas que agem durante toda essa dispensação, ensinando doutrinas de demônios, tentando perverter a verdade das Escrituras, e levando os homens a seguirem suas religiões anticristãs.

O relato de João está em completa concordância com o que Tiago escreve:

Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
(Tiago 3:15)

Essa besta sobe da terra, é o Falso Profeta, a sabedoria anticristã, que, segundo Tiago, é terrena, animal e diabólica. 

As duas bestas agem em conjunto, de forma sincronizada.

 Essa, é uma verdade que podemos perceber desde os dias dos apóstolos até os nossos dias.

Alguns estudiosos se esforçam para atribuir o significado da segunda besta como sendo o judaísmo apóstata da época, liderado
pelos escribas e fariseus, os mesmos que crucificaram Jesus, e que, em sua maioria, se mostravam aliados de Roma.
Entretanto, o significado dessa besta é muito mais abrangente, ela é muito maior do que apenas o judaísmo apóstata da época. Se
podemos ver essa besta agindo nas tramas do judaísmo contra Jesus, também podemos vê-la em ação ao longo da História
oprimindo os seguidores de Cristo e fazendo com que os habitantes da terra adorem a besta que subiu do mar.

Isso pode ser visto nos dias de João, onde os sacerdotes pagãos faziam o máximo para impor as mentiras de Satanás na mente do povo. Tais sacerdotes faziam de tudo para que cada vez mais pessoas proclamassem: “O imperador é o nosso deus!”.

Alguns historiadores escrevem que estátuas eram construídas, e no momento do culto, os sacerdotes pagãos usavam técnicas ilusórias e ventriloquia para que as estátuas falassem diante do povo. Estes, eram responsáveis também por atestar quem adorava ao imperador e quem se recusava.

Se alguém se recusasse seria certamente morto. Se alguém não tivesse a marca da besta não poderia viver, independentemente se fosse escravo, livre, pobre, rico, pequeno ou grande; não havia exceção.




Essa marca atravessa as épocas, de maneira que está em vigor em nossos dias e continuará estando até o dia do juízo de Deus. 

Da mesma forma com que os seguidores de Cristo são selados na fronte (Ap 7:3; 9:4), os adoradores da besta também recebem uma  marca. Não existe um terceiro grupo de pessoas. 

Ou alguém é noiva do Cordeiro e possui o selo de Deus, ou é um fiel da falsa religião, adorador da besta e marcado por Satanás.

Perto da volta de Cristo, simulacros de milagres aparecerão cada vez mais frequentes (2Ts 2:9). 

A falsa religião estará a todo vapor, pregando as mentiras de Satanás e recrutando inúmeros falsos profetas. O apelo será tão impressionante e persuasivo que, se possível fosse, enganaria até os escolhidos. Graças a Deus isso não será possível. 

A Igreja verdadeira, mesmo em meio as terríveis tribulações, pode descansar nas palavras de Jesus:

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.(João 10:27,28).


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CONCLUINDO

Este foi o sexto módulo a estudarmos. Breve estaremos postando o último, "A Mulher e o Dragão no Apocalipse de João".

Vimos neste estudo sobre a grande Babilônia que o diabo se unirá às pessoas que lutam contra a Igreja de Cristo, mas que num tempo determinado nosso Salvador Yeoshua vencerá. E com Ele,nós, os cristãos verdadeiros.
Nos garante Jesus Cristo,


Apocalipse 2:26 - 
E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
e,

Apocalipse 2:11 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

Então, quem tem ouvidos, que ouça o que o Espírito diz aos cristãos, seu templo e igreja.

Amém?

Missionário Virtual Geraldo de Deus                   2019agosto,31










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