SEDE SANTOS, POIS NOSSO ETERNO MESTRE É SANTO.

1 Pedro 1:13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo;
1 Pedro 1:14 - Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
1 Pedro 1:15 - Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;
1 Pedro 1:16 - Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.

Caríssimos,

Pedro, aquele mesmo homem que negou cristo três vezes após o mestre eterno ter sido preso pelos donos da religiosidade da época, os principais dos sacerdotes e os fariseus, o mesmo que sacou de sua espada e decepou fora a orelha de um dos guardas que foram prender Jesus, este apóstolo abençoado por Deus, vem nos ensinar em sua epístola intitulada 1Pedro, no capítulo 1, versículos 13, 14, 15 e 16, que todo cristão deve se santificar.

Quando nos lembramos que Pedro era um rude pescador, que mesmo após andar com Jesus por três anos ainda conservava uma espada à cinta, e agora lemos uma epístola sua, enviada aos estrangeiros cristãos na ásia, (1PEDRO 1:1-  Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia;), notamos como houve uma transformação de seu caráter, o qual era indômito e agora é afável e sábio nas coisas de Deus.

Pedro nos exorta a nos santificarmos, pois nosso mestre é santo, em todos os sentidos. Nós, entretanto, não o somos. Desde quando nos tornamos jovens, alguns mesmo quando criança, somos inclinados ao mal, ao pecado, à desobediência, à rebeldia e à dissensão.

Somos induzidos ao erro e ao pecado devido à cultura do mundo, aos costumes do mundo, que prega a soberba, o egoísmo, a ganância, tudo isto como forma de se “vencer na vida”, ser rico, ter bastante coisas materiais, ser famoso ou poderoso. O mundo nos ensina, desde a escola e pela vida afora, que valemos o que temos. Quem tem um carro novo, num modelo de luxo, onde chega é bem recebido, bem tratado. Dá-se mais valor à roupa vistosa e à aparência exterior das pessoas do que ao seu caráter.  Um ladrão bem vestido é mais respeitado que um trabalhador com sua roupa suja ou surrada, o que estiver mais bem trajado será mais bem recebido onde quer que vá. A aparência exterior é colocada em relevo e o caráter da pessoa é colocado em segundo plano.

Quando a criança inicia sua longa jornada estudantil, na escola aprende a ciência do mundo, a qual é loucura para Deus: teorias e mais teorias, todas contrárias ao que Deus nos ensina e que está registrado nas sagradas escrituras, desde Gênesis 1 (Gênesis 1;1 -  No princípio criou Deus o céu e a terra.), e em diversos outros livros.

Aprende também, com sua convivência com pessoas de todas as classes e credos,  quando vai entrando na adolescência, sobre outros “deuses”, sobre beber, fumar, se prostituir, se drogar, roubar, matar...

Esta é a herança que o mundo entrega a cada criatura de Deus, tangendo-a para longe das coisas do reino dos céus e arrastando-a para o pecado e para a perdição.

Mas, nós que somos cristãos temos que vencer esta concupiscência do mundo e ainda gritar para que o povo nos ouça: “SANTIFICAI-VOS, porque nosso Jesus Cristo é SANTO”!

Pedro nos manda sermos sóbrios.

(Vejamos o que significa sobriedade: comedimento, moderação, simplicidade, parcimônia,  austeridade, seriedade, moderação,  medida,  frugalidade, temperança.).

Então, ser sóbrio significa, além de se abster de bebida alcoólica, ser comedido, ser moderado, ser simples, ser parcimonioso, ser austero, ser sério, ser moderado, ser frugal, ter temperança.

Se formos imitadores de Jesus Cristo, certamente seremos sóbrios.

Exorta-nos Pedro a sermos sóbrios e esperarmos com confiança, inteiramente, na graça que nos foi oferecida quando da revelação de JESUS CRISTO.

Vivemos sob a dispensação da graça, na qual somos salvos pela fé, na qual nos diz o evangelho : Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16).

Aleluias!

Pela fé, quem crê em Jesus Cristo e o aceita como seu único e suficiente Salvador, tem a vida eterna. Aleluias!

No versículo 15, Pedro nos ensina que devemos ser “como filhos obedientes”, os quais não se conformam com as concupiscências, (concupiscência: tudo aquilo que se faz e desagrada a Deus), que antes praticávamos, em nossa ignorância da coisas de Deus.

Quando tomamos como modelo de dignidade e correção o exemplo de vida de Jesus Cristo, temos que ser contrários ao mundo.  Jesus foi totalmente contrário aos usos e costumes de sua época, tanto na forma de adorar a Deus, quanto ao jeito de se relacionar com a sociedade. Jesus foi um rei, mas simples e humilde, andando entre os sem esperança, entre os pobres e aleijados, cercado pela escória da sociedade do povo escolhido por Deus para ser seu povo santo.

Jesus não se submeter aos rituais e dogmas religiosos da época, nem das tradições que nasceram da religiosidade humana e não da boca de Deus. Jesus não se encurvou a ídolos, não se dobrou a Lúcifer, não se submeteu ao brilho do ouro nem da prata, não se vestiu de púrpura, não se assentou em trono, não se fez membro da alta sociedade, não cursou teologia, não se deixou amedrontar pelo poder estabelecido (príncipes dos sacerdotes judeus, anciões do sinédrio, autoridade dos fariseus, governadores romanos, etc), nem se desviar da vontade do PAI ETERNO, que o enviara.

Jesus em tudo foi contrário ao mundo e em tudo foi fiel a DEUS.

Assim devemos nós cristãos sermos ainda hoje. Fiéis a Deus, não aos homens, nem aos sacerdotes, nem aos políticos. Primeiro Deus (sua justiça e seu amor), depois o mundo e as leis do mundo. Quando não conhecíamos Jesus Cristo nem suas boas novas do reino dos céus, éramos como todo mundo, éramos um a mais na multidão, seguindo a concupiscência da religião adoradora de ídolos e imagens, participando de orgias, bebedices, comilanças, festas pagãs, escarnecendo da terra e do céu, nos dobrando ao deus dinheiro, ao deus ouro, ao deus poder e fama.

Mas, agora que conhecemos o evangelho e a pessoa santa de nosso eterno mestre, só podemos nos render a ELE, nos encurvamos a ELE, a ninguém mais.

Jesus Cristo é maior e mais poderoso que todo o ouro do mundo, tem mais fama e poder que qualquer ídolo deste mundo ou de qualquer dos lugares celestiais. Jesus Cristo é o nome sobre todos os nomes. E a Ele se dobrarão todos os joelhos.  Aleluias! E confessarão que JESUS CRISTO É O SENHOR!  Aleluias!

Filipenses 2:8 - E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.

Filipenses 2:9 - Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;

Filipenses 2:10 - Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,

Filipenses 2:11- E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

As características que devemos imitar em Cristo são sua humildade, sua obediência e sua persistência em cumprir até o fim a missão que lhe dera o PAI.

Agindo em conformidade com a forma com que agiu e viveu Jesus, estaremos nos santificando a cada ato, a cada momento de nossa vida.

Devemos, ainda, acrescentar  que a santificação, para acontecer efetivamente, depende da ação e orientação do ESPÍRITO SANTO.

O cristão deve se revestir da unção do ESPÍRO SANTO, e assim andar sintonizado com a trindade de Deus.

1 Pedro 1:16 - Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.

Sejamos santos, sejamos separados do pecado, como pertencentes a Jesus Cristo e ungidos pelo Espírito Santo.

Não é tarefa fácil ser santo, mas esta é uma luta constante que tem de ser travada entre o cristão e o mundo. Entre o cristão e a sua própria carne.

CONCLUINDO

Jesus nasceu homem, mas viveu como santo.

Nós nascemos como seres humanos, homens e mulheres, e devemos imitar nosso eterno mestre, buscando, como Ele, através de seu exemplo, nos santificarmos a cada momento.

Paz de Cristo.  E santificação.

Missionário Virtual Geraldo de Deus                  2017 março, 24