Aos Pés de Cristo



Povo que deseja alcançar a salvação eterna,


Devemos buscar estar mais próximos de Cristo. Temos que nos aproximar, a cada momento de nossa breve vida neste mundo, mais e mais do nosso Salvador.

Multidões e multidões seguiram Jesus.
Multidões e multidões ouviram suas pregações, viram seus milagres, testemunharam quando ressuscitou mortos...

Mas, depois de se deslumbrarem e se emocionarem, voltaram para suas casas, para sua religiosidade, para suas tradições e costumes.



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Louve. Abra a boca, adore ao Senhor com amor e sinceridade


MAIS PERTO MEU DEUS DE TI- Hino 187 Harpa Cristã 

Levita: Carlos José

Legendado
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Ou seja,

Estiveram na presença de Jesus Cristo, o Salvador, beberam da água viva que o Mestre distribuía, olharam em seus olhos cheios de amor e perdão, mas quando se afastaram dele, voltaram à vida antiga, voltaram aos seus pecados, aos seus preceitos, aos seus rituais religiosos, à sua forma natural de vida entremeada com a idolatria e o pecado.

Pior ainda, muitos foram os que com o nosso amado e eterno mestre debateram, contestaram, odiaram-no, perseguiram-no, blasfemaram dele, desacreditaram dele.

Quem não é de Deus, quem tem em si o espírito do diabo, mesmo vendo os sinais e milagres que somente Cristo poderia realizar, endureceram seus corações e blasfemaram dizendo que Ele curava e expulsava demônios em nome de Belzebu... Misericórdia...

Quem não é de Deus escarnece e murmura contra Jesus quando Ele declara, "Eu sou o Pão vivo que desceu do Céu"!





E, aqueles que estavam com o coração cheio da adoração a Mamom, que se encurvavam diante das riquezas materiais, diante dos tesouros deste mundo, estes perseguiam-no, armavam laços e ciladas querendo matá-lo.



Também tivemos prova que grande multidão somente seguia Jesus para ganhar dele pão e peixe. Desprezavam o pão que caiu do céu, queriam o pão feito na terra. Seguiam Jesus para que sua fome fosse saciada.
Não lograram enganar ao Messias. Ele lhes jogou no rosto a dissimulação que praticavam, "...Me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes"!

Misericórdia.

Ninguém engana ao nosso Deus. Não adianta dissimular, falsear, fingir... Jesus enxerga no mais profundo abismo de nossa alma, vê tudo o que se pretende dele ocultar.

Ou você se aproxima de Deus, no nome de Jesus, com amor, humildade e sinceridade, revestido da fé no Salvador, ou nem tente, continue distante, servindo ao diabo e suas hostes.

Sabemos que Jesus é o próprio Deus Vivo feito homem.

Ele esteve neste mundo físico, em carne, sangue e água. 
Ele sentiu frio, fome, fadiga, tristeza, alegria, decepção, júbilo, sentiu também a bênção que é o calor do sol e o calor humano, daqueles que amam verdadeiramente. 
Nos exorta a buscarmos em primeiro lugar não as coisas deste mundo, nem as riquezas, nem mesmo a família. 
Jesus nos ensina, Prioridade total a Deus.


Jesus traz transformação de vida, renovo, restituição, libertação, e salvação eterna.

Quando alguém se converte a Jesus Cristo, e dele se aproxima em humildade e amor, acontecem muitas transformações maravilhosas em sua vida.

Por isto devemos nos achegar a Jesus Cristo, em fé inabalável, crendo que Ele é o Deus do impossível.

A seguir vamos conhecer um pouco mais da transformação que a convivência com Jesus Cristo trouxe na vida do apóstolo João.
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- João, o Discípulo Amado

Como foi a transformação de João?



João é distinguido dos outros apóstolos como o "discípulo a quem Jesus amava". 
João 21:20. 
Parece haver ele alcançado preeminente grau de amizade com Cristo, e recebido muitas provas da confiança e amor do Salvador. Foi ele um dos três a quem se permitiu testemunhar a glória de Cristo sobre o monte da transfiguração e Sua agonia do Getsêmani, e foi a seu cuidado que o Senhor confiou Sua mãe nas últimas horas de angústia sobre a cruz.
    A afeição do Salvador pelo amado discípulo foi correspondida em toda a força de ardente devoção. João se apegou a Cristo como a vinha se apega à majestosa coluna. Por amor do Mestre enfrentou os perigos da sala de julgamento, e permaneceu próximo a cruz; e às novas de que Cristo havia ressuscitado, apressou-se a ir ao sepulcro, e em seu zelo levou a dianteira mesmo ao impetuoso Pedro.
    O confiante amor e devoção altruísta manifestados na vida e no caráter de João apresentam lições de valor inaudito para a igreja cristã. João não possuía por índole a amabilidade de caráter que sua experiência posterior revelou. Ele tinha, por natureza, graves defeitos. Não somente era orgulhoso, presumido e ambicioso de honras, mas impetuoso e vingativo quando injuriado. Ele e seu irmão eram chamados "filhos do trovão". Marcos 3:17. O mau gênio, o desejo de vingança, o espírito de crítica, tudo isso se encontrava no discípulo amado. Mas atrás dessas coisas o divino Mestre viu o ardente, sincero e amante coração. Jesus repreendeu seu egoísmo, desapontou suas ambições, provou-lhe a fé. Mas revelou-lhe o que sua alma almejava - a beleza da santidade, o transformador poder do amor.
    Os defeitos do caráter de João revelaram-se fortemente em várias ocasiões durante sua associação pessoal com o Salvador. Uma vez Cristo enviou mensageiros diante dEle a uma vila dos samaritanos, pedindo ao povo para preparar hospedagem para Si e Seus discípulos. Mas quando o Salvador Se aproximou da cidade, manifestou desejo de prosseguir para Jerusalém. Isto despertou a inveja dos samaritanos, e em vez de convidá-Lo para permanecer com eles, recusaram-Lhe a cortesia que teriam dispensado a um viajante comum. Jesus jamais impôs Sua presença a quem quer que seja, e os samaritanos perderam a bênção que teriam recebido, caso O tivessem convidado a ser seu hóspede.
    Os discípulos sabiam que era propósito de Cristo abençoar os samaritanos mediante Sua presença; e a frieza, a inveja, o desrespeito mostrados para com seu Mestre encheu-os de surpresa e indignação. Tiago e João especialmente se agitaram. Que Aquele a quem tão altamente reverenciavam fosse assim tratado, parecia-lhes falta demasiado grave para ficar sem imediata punição. Em seu zelo disseram: "Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?" (Lucas 9:54) referindo-se à destruição dos capitães samaritanos e seus soldados enviados para buscar o profeta Elias. Ficaram surpresos ao verem que Jesus Se molestara com suas palavras, e mais surpresos ficaram ainda quando Sua reprovação lhes alcançou os ouvidos: "Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las." Lucas 9:54-56.
Não faz parte da missão de Cristo compelir as pessoas a recebê-Lo. É Satanás, e homens manejados por seu espírito, que procuram forçar a consciência. Sob pretenso zelo pela justiça, homens confederados com anjos maus levam algumas vezes o sofrimento a seus semelhantes para convertê-los a suas idéias de religião; mas Cristo está sempre mostrando misericórdia, sempre procurando salvar pela revelação de Seu amor. Ele não admite rival na alma, nem aceita serviço parcial; deseja somente serviço voluntário, voluntária entrega do coração constrangido pelo amor.
    Em outra ocasião Tiago e João apresentaram por intermédio de sua mãe um pedido para que lhes fosse permitido ocupar a mais alta posição de honra no reino de Cristo. Não obstante a repetida instrução de Cristo com respeito à natureza de Seu reino, esses jovens discípulos ainda acariciavam a esperança por um Messias que tomasse Seu trono e real poder de acordo com os desejos dos homens. A mãe, cobiçando juntamente o lugar de honra nesse reino para seus filhos, suplicou: "Dize que estes meus dois filhos se assentem, um a Tua direita e outro a Tua esquerda, no Teu reino."
    O Salvador, porém, respondeu: "Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que Eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que Eu sou batizado?" Eles recordaram Suas misteriosas palavras que indicavam prova e sofrimento, contudo responderam confiantes: "Podemos." Consideravam eles a mais alta honra provar sua lealdade partilhando de tudo o que sobreviesse a seu Senhor.
"Na verdade bebereis o Meu cálice", declarou Cristo - diante dEle uma cruz em vez de um trono, Seus companheiros dois malfeitores, um a Sua direita e o outro a Sua esquerda. Tiago e João deviam ser participantes com seu Mestre no sofrimento - um, destinado à própria morte pela espada; o outro, o que dentre os discípulos por mais tempo devia seguir seu Mestre em trabalho, injúria e perseguição. "Mas o assentar-se a Minha direita ou a Minha esquerda", continuou Jesus, "não Me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem Meu Pai o tem preparado." Mateus 20:21-23.
    Jesus compreendeu o motivo que animava o pedido, e assim reprovou o orgulho e ambição dos dois discípulos: "Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja o vosso serviçal; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a Sua vida em resgate de muitos." Mateus 20:25-28.
    Não se alcança posição no reino de Deus mediante favoritismo. Não é adquirida nem recebida mediante concessão arbitrária. É o resultado do caráter. A coroa e o trono são a prova de uma condição conquistada - prova do domínio do eu por meio da graça de nosso Senhor Jesus Cristo.
    Muito tempo depois, quando João havia sido levado à apreciação de Cristo mediante participação nos Seus sofrimentos, o Senhor Jesus lhe revelou qual a condição de estar perto de Seu reino. "Ao que vencer", disse Cristo, "lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:21. 
Aquele que permanece mais próximo de Cristo é o que tem bebido mais profundamente de Seu espírito de amor que vai ao sacrifício - amor que "não trata com leviandade, não se ensoberbece... não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal" (I Cor. 13:4 e 5) - amor que atua no discípulo, como atuou em nosso Senhor, levando-O a dar tudo, a viver, a trabalhar e sacrificar-Se até à própria morte, pela salvação da humanidade.
    Em outra ocasião, durante seus primeiros labores evangelísticos, Tiago e João encontraram alguém que, embora não fosse reconhecido seguidor de Cristo, estava expulsando demônios em Seu nome. Os discípulos proibiram-no de fazê-lo, e julgaram que estavam certos assim procedendo. Mas quando expuseram o assunto a Cristo, Ele os reprovou, dizendo: "Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagres em Meu nome e possa logo falar mal de Mim." Mar. 9:39.        Ninguém que se mostre de alguma maneira amigo de Cristo deve ser repudiado. Os discípulos não deviam acariciar um espírito estreito, exclusivista, mas sim manifestar a mesma profunda simpatia que tinham visto na vida de seu Mestre. Tiago e João haviam pensado que proibindo este homem estavam tendo em conta a honra do Senhor; mas começavam a ver que o que tinham era ciúme do que era seu. Reconheceram seu erro e aceitaram a reprovação.
    As lições de Cristo, apresentando a mansidão, humildade e amor como essenciais ao crescimento na graça e como condição para Seu trabalho, foram do mais alto valor para João. Ele entesourou cada lição, e constantemente procurava levar sua vida em harmonia com o divino padrão. João tinha começado a discernir a glória de Cristo - não a pompa e o poder terrenos que tinha sido ensinado a esperar, mas "a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". João 1:14.
    A fervente e profunda afeição de João por seu Mestre não era a causa do amor de Cristo por ele, mas o efeito desse amor. João desejava tornar-se semelhante a Jesus; e sob a transformadora influência do amor de Cristo, tornou-se manso e meigo. O eu estava escondido em Jesus. Mais que todos os seus companheiros, João se rendeu ao poder desta extraordinária vida. Diz ele: "Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos." I João 1:2. "E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça." João 1:16. João teve do Salvador um conhecimento experimental. As lições de seu Mestre ficaram-lhe gravadas na alma. Quando testificava da graça do Salvador, sua linguagem simples tornava-se eloquente com o amor que lhe permeava todo o ser.
    Foi o profundo amor de João por Cristo que o levou a desejar estar sempre a Seu lado. O Salvador amava a todos os doze, mas o espírito de João era mais receptivo. Ele era mais jovem que os outros, e com confiança muito de uma criança abria o coração a Jesus. Assim ligou-se por maior afeição a Cristo, e por meio dele os mais profundos ensinos espirituais do Salvador foram comunicados ao povo.
    Jesus ama aos que representam o Pai, e João podia falar do amor do Pai como nenhum outro discípulo poderia fazê-lo. Ele revelou a seus semelhantes o que sentia em sua própria alma, representando em seu caráter os atributos de Deus. A glória do Senhor se revelava em sua face. A beleza da santidade que o havia transformado irradiava de seu semblante com a glória de Cristo. Com adoração e amor contemplou ele o Salvador até que assemelhar-se a Ele e com Ele familiarizar-se, tornou-se-lhe o único desejo, e em seu caráter se refletia o caráter de seu Mestre.
    "Vede", disse ele, "quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. ... Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos." I João 3:1 e 2.

Fonte NFes
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CONTO DE MALBA TAHAN

Vamos, abaixo, acrescentar a compilação de um conto de Malba Tahan, (Lendas do Céu e da Terra), no qual ele cita um monge simples e focado na obra de Cristo.
Uma prova a mais que quem se aproxima de Cristo, independente dos dogmas e rituais da instituição religiosa a que serve, acaba sendo revestido do poder de Deus pela ação do Espírito Santo.




TOMÁS DE QUEMPIS

Nos princípios do século XV, quando a Europa se via em estado de profunda confusão, agitada por várias guerras, intrigas politicas e distúrbios de toda espécie, num pobre mosteiro da Alemanha, entregue ao árduo trabalho de copiar livros religiosos, vivia um frade, meigo e modesto, de doces olhos castanhos, cujo nome era Tomás de Quempis.
Não interessavam ao humilde monge as tempestades violentas que se agitavam fora dos muros e da paz do seu claustro; não o atingiam, tampouco, as desavenças políticas e as ambições dos reis e imperadores. Consagrava seus dias a uma vida laboriosa e contemplativa ao mesmo tempo. O ribombar do canhão que semeava a morte, chegava-lhe aos ouvidos como se fora a chilreada de crianças em alegre diversão. Esse monge tão tranquilo e tão profundamente religioso, além de copiar centenas de livros de outros autores, escreveu várias obras de seu próprio punho. Uma delas, intitulada "Imitação de Cristo", que publicou anônima, conta simples história da alma em comunicação com o seu invisível destino.
Mas tão simples, tão natural, tão cheio de sinceridade e beleza é este pequenino livro do monge alemão que o seu êxito foi quase milagroso; ao fim de pouco tempo apareceu, à semelhança da Bíblia, traduzido em todas as línguas.
Mal imaginava Tomás de Quempis, quando escrevia na tranquilidade de sua cela, que as suas palavras, cheias de tanta humildade, haveriam de ser decoradas por milhões de homens e relidas pelo mundo inteiro.
(D).
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Muitos são os chamados por Deus, cada um servindo aos propósitos de Cristo de acordo com a orientação do Espírito Santo.

A um Jesus ordena sair em campo para ganhar almas para o reino de Deus.
A outros Jesus ordena que fique alheio ao mundo tempestuoso que os rodeiam e usem da mente e da escrita para levar a mensagem não a alguns, mas a milhões, pelo mundo inteiro.

Então, de uma forma ou outra, desde que estejamos servindo aos propósitos de Cristo, estamos agradando ao coração de nosso Criador.

Primeiro, temos que ouvir o chamado de Cristo, e nos revestir de fé.
Depois, temos que entender qual é a Sua vontade em nossa vida.
Em seguida, dizer "Eis-me aqui, Senhor, faça-se não a minha, mas a Tua vontade"
Então, em humildade e mansidão, temos que viver servindo a Cristo, procurando nos aproximar cada dia mais de nosso Redentor e Salvador.

E, saber que, "Quem se aproxima de Deus deve Crer que somente Ele é Deus"



Sem fé é impossível agradar ao nosso Criador e Salvador Jesus Cristo.

E, a fé sem amor não é de Cristo, mas da religiosidade vazia.

O cristão deve estar sempre levando sua fé embebida no amor de Cristo.

Quem é verdadeiro discípulo e filho de Jesus Cristo, pela fé e pelo amor, irradia, onde quer que esteja, a luz e a mansidão do eterno mestre.

A transformação de vida acontece, a transformação do caráter acontece. 

Não é preciso que nenhum homem ou mulher esteja monitorando ou vigiando o cristão fiel ao Salvador. O Espírito Santo, que nele habita cuida de zelar e velar por ele, de forma muito mais eficaz que qualquer sentinela humana, pois a ação vem de dentro para fora.

Amém?


Seja UM com Deus, seja um com Jesus Cristo, através da ação inigualável do Espírito Santo.

Glórias a Deus!





CONCLUINDO



Lucas 17:5 - Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé.

Jesus nos exorta a sabermos perdoar ao que nos ofende e nos persegue. Ao que peca contra nós.

Ele nos ensina a perdoar setenta vezes sete.

Não é fácil para quem esteja na carne perdoar uma ofensa.

No entanto, quando estamos sintonizados com o Espírito Santo, um manto de humildade e compaixão se estende sobre nossa alma, mudando a forma de se ver o mundo e a ação das pessoas comuns. 

Nos acende uma força inexplicável, a qual nos propicia colocar a empatia antes do desejo de vingança. De colocar o amor à frente do desamor ou do ódio.

Onde habita o Espírito Santo não há espaço para ódio ou vingança.

Jesus nos ensina que devemos ter sim a ira santa, mas não o ódio ou a vingança. Como, por exemplo, amar ao pecador e combater o pecado.


Amém?

Paulo, cheio do Espírito Santo, em Efésios, nos afirma, "A luta não é contra as pessoas humanas, mas sim contra os principados e potestades do mal, as forças das trevas que operam neste mundo".

E, um singelo monge nos exorta a "imitar Cristo".

Quem se aproxima de Jesus Cristo sofre a transformação que arranca o mundo de sua alma e ali preenche com amor e mansidão.

Amém?


Graça e Paz a todos.

Missionário Virtual Geraldo de Deus                 2020junho,10

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IMITAÇÃO DE CRISTO




O livro citado no conto, Alguns capítulos para conhecimento.

Imitação de Cristo

Livro I
Avisos úteis para a vida espiritual
Capítulo 1
Da imitação de Cristo e desprezo de todas as vaidades do mundo
1. Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor (Jo 8,12). São estas as
palavras de Cristo, pelas quais somos advertidos que imitemos sua vida e seus
costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda
cegueira de coração. Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida
de Jesus Cristo.
2. A doutrina de Cristo é mais excelente que a de todos os santos, e quem
tiver seu espírito encontrará nela um maná escondido. Sucede, porém, que
muitos, embora ouçam frequentemente o Evangelho, sentem nele pouco
enlevo: é que não possuem o Espírito de Cristo. Quem quiser compreender e
saborear plenamente as palavras de Cristo, é-lhe preciso que procure conformar
à dele toda a sua vida.
3. Que te aproveita discutires sabiamente sobre a SS. Trindade, se não és
humilde, desagradando, assim, a essa mesma Trindade? Na verdade, não são
palavras elevadas que fazem o homem justo; mas é a vida virtuosa que o torna
agradável a Deus. Prefiro sentir a contrição dentro de minha alma, a saber
defini-la. Se soubesses de cor toda a Bíblia e as sentenças de todos os filósofos,
de que te serviria tudo isso sem a caridade e a graça de Deus? Vaidade das
vaidades, e tudo é vaidade (Ecl 1,2), senão amar a Deus e só a ele servir. A
suprema sabedoria é esta: pelo desprezo do mundo tender ao reino dos céus.
4. Vaidade é, pois, buscar riquezas perecedoras e confiar nelas. Vaidade é
também ambicionar honras e desejar posição elevada. Vaidade, seguir os
apetites da carne e desejar aquilo pelo que, depois, serás gravemente castigado.
Vaidade, desejar longa vida e, entretanto, descuidar-se de que seja boa. Vaidade,
só atender à vida presente sem providenciar para a futura. Vaidade, amar o que
passa tão rapidamente, e não buscar, pressuroso, a felicidade que sempre dura.
5. Lembra-te a miúdo do provérbio: Os olhos não se fartam de ver, nem os
ouvidos de ouvir (Ecl 1,8). Portanto, procura desapegar teu coração do amor às
coisas visíveis e afeiçoá-lo às invisíveis: pois aqueles que satisfazem seus
apetites sensuais mancham a consciência e perdem a graça de Deus.
Reflexões
Contemplando muitas vezes Nosso Senhor pela meditação, toda a tua alma
se encherá dele, aprenderás suas atitudes e conformarás tuas ações ao modelo
das suas. Ele é a luz do mundo: portanto é nele, por ele e para ele que devemos
ser esclarecidos e iluminados. Ele é a árvore do desejo, à sombra da qual
devemos refrescar-nos; é a fonte viva de Jacó para lavar todas as nossas
manchas.
Enfim, as crianças, de tanto ouvir suas mães falar e balbuciar com elas,
aprendem a falar sua linguagem, e nós, permanecendo perto do Salvador pela
meditação, e observando suas palavras, suas ações e seus afetos, aprendemos,
por meio de sua graça, a falar, fazer e querer como ele... Não é por nada que o
Salvador se chama o pão descido do céu; porque, como o pão deve ser comido
com todo tipo de alimentos, também o Salvador deve ser meditado,
considerado e buscado em todas as nossas orações e ações (Introduction à la vie
dévote, parte II, cap. I, 1, 49 e 50).
Oração
Meu Senhor Jesus Cristo, amabilíssimo pai de minha alma, eu vos peço
perdão, de todo o meu coração, pelo pouco amor, temor, reverência e
obediência que tenho tido por vós até o presente. Eu vos peço a graça de amar-
vos e temer- vos no futuro, com um amor e temor filial e reverencial, com
perfeita obediência aos vossos mandamentos e inspirações interiores, e a tudo o
que meu estado me obriga; e de imitar-vos virilmente em vossas santas
virtudes; e ainda de ser perfeitamente resignado em todas as coisas à vossa
divina vontade e bel-prazer eterno (Opusc., III, 147).
Capítulo 2
Do humilde pensar de si mesmo
1. Todo homem tem desejo natural de saber; mas que aproveitará a ciência,
sem o temor de Deus? Melhor é, por certo, o humilde camponês que serve a
Deus, do que o filósofo soberbo que observa o curso dos astros, mas se descuida
de si mesmo. Aquele que se conhece bem despreza-se e não se compraz em
humanos louvores. Se eu soubesse quanto há no mundo, porém me faltasse a
caridade, de que me serviria isso perante Deus, que me há de julgar segundo
minhas obras?
2. Renuncia ao desordenado desejo de saber, porque nele há muita distração
e ilusão. Os letrados gostam de ser vistos e tidos por sábios. Muitas coisas há
cujo conhecimento pouco ou nada aproveita à alma. E mui insensato é quem de
outras coisas se ocupa e não das que tocam à sua salvação. As muitas palavras
não satisfazem à alma, mas uma palavra boa refrigera o espírito e uma
consciência pura inspira grande confiança em Deus.
3. Quanto mais e melhor souberes, tanto mais rigorosamente serás julgado,
se com isso não viveres mais santamente. Não te desvaneças, pois, com
qualquer arte ou conhecimento que recebeste. Se te parece que sabes e
entendes bem muitas coisas, lembra-te que é muito mais o que ignoras. Não
presumas de alta sabedoria (Rm 11,20), antes confessa a tua ignorância. Como
tu queres a alguém preferir-te, quando se acham muitos mais doutos do que tu e
mais versados na lei? Se queres saber e aprender coisa útil, deseja ser
desconhecido e tido por nada.
4. Não há melhor e mais útil estudo que conhecer-se perfeitamente e
desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e
favoravelmente dos outros prova é de grande sabedoria e perfeição. Ainda
quando vejas alguém pecar publicamente ou cometer faltas graves, nem por
isso te deves julgar melhor, pois não sabes quanto tempo poderás perseverar no
bem. Nós todos somos fracos, mas a ninguém deves considerar mais fraco que a
ti mesmo.
Reflexões
O devoto Frei Rufino, naquela visão que teve da glória à qual chegaria o
grande São Francisco por sua humildade, fez-lhe esta pergunta: “Meu caro pai,
eu vos suplico dizer-me na verdade que opinião tendes de vós mesmo”. E o
santo lhe disse: “Na verdade eu me considero o maior pecador do mundo e
aquele que menos serve a Nosso Senhor”. “Mas, replicou Frei Rufino, como
podeis dizer isto de verdade e em consciência, uma vez que muitos outros,
como se pode ver claramente, cometem muitos pecados graves, dos quais,
graças a Deus, estais isento?”
Ao que São Francisco respondeu: “Se Deus tivesse favorecido esses outros,
dos quais falas, com tanta misericórdia como me favoreceu, estou certo de que,
por maus que sejam agora, eles teriam sido muito mais reconhecidos pelos dons
de Deus do que eu, e o serviriam muito melhor do que eu. E se meu Deus me
abandonasse, eu cometeria mais maldades do que nenhum outro...”
Ora, tenho por oráculo o sentimento desse grande doutor na ciência dos
santos que, nutrido na escola do crucifixo, só respirava as divinas inspirações
(Amour de Dieu, II, cap. XI, I, 413 e 414).
Oração
Pai Eterno, ofereço à vossa honra e glória, e pela minha salvação e de todo o
gênero humano, o mistério da apresentação de vosso Filho no templo e da
Purificação de sua imaculada mãe..., agradeço-vos por isso, amo-vos e vos
bendigo infinitamente, pedindo-vos, pelos méritos desta grande humildade e
obediência, a verdadeira humildade e pouca estima de mim mesmo, e uma
perfeita obediência aos vossos divinos mandamentos e santas inspirações
(Opusc., III, 120).
Capítulo 3
Dos ensinamentos da verdade
1. Bem-aventurado aquele a quem a verdade por si mesma ensina, não por
figuras e vozes que passam, mas como em si é. Nossa opinião e nossos juízos
muitas vezes nos enganam e pouco alcançam. De que serve a sutil especulação
sobre questões misteriosas e obscuras, de cuja ignorância não seremos julgados?
Grande loucura é descurarmos as coisas úteis e necessárias, entregando-nos,
com avidez, às curiosas e nocivas. Temos olhos para não ver (Sl 113,13).
2. Que se nos dá dos gêneros e das espécies dos filósofos? Aquele a quem fala
o Verbo eterno se desembaraça de muitas questões. Desse Verbo único
procedem todas as coisas e todas o proclamam e esse é o princípio que também
nos fala (Jo 8,25). Sem ele não há entendimento nem reto juízo. Quem acha
tudo neste Único, e tudo a ele refere e nele tudo vê, poderá ter o coração firme
e permanecer em paz com Deus. Ó Deus de verdade, fazei-me um convosco na
eterna caridade! Enfastia-me, muita vez, ler e ouvir tantas coisas; pois em vós
acho tudo quanto quero e desejo. Calem-se todos os doutores, emudeçam todas
as criaturas em vossa presença; falai-me vós só.
3. Quanto mais recolhido for cada um e mais simples de coração, tanto mais
sublimes coisas entenderá sem esforço, porque do alto recebe a luz da
inteligência. O espírito puro, singelo e constante não se distrai no meio de
múltiplas ocupações porque faz tudo para honra de Deus, sem buscar em coisa
alguma o seu próprio interesse. Que mais te impede e perturba do que os afetos
imortificados do teu coração? O homem bom e piedoso ordena primeiro no seu
interior as obras exteriores; nem estas o arrasam aos impulsos de alguma
inclinação viciosa, senão que as submete ao arbítrio da reta razão. Que mais
rude combate haverá do que procurar vencer-se a si mesmo? E este deveria ser
nosso empenho: vencermo-nos a nós mesmos, tornarmo-nos cada dia mais
fortes e progredirmos no bem.
4. Toda a perfeição, nesta vida, é mesclada de alguma imperfeição, e todas
as nossas luzes são misturadas de sombras. O humilde conhecimento de ti
mesmo é caminho mais certo para Deus que as profundas pesquisas da ciência.
Não é reprovável a ciência ou qualquer outro conhecimento das coisas, pois é
boa em si e ordenada por Deus; sempre, porém, devemos preferir-lhe a boa
consciência e a vida virtuosa. Muitos, porém, estudam mais para saber, que para
bem viver; por isso erram a miúdo e pouco ou nenhum fruto colhem.
5. Ah! se se empregasse tanta diligência em extirpar vícios e implantar
virtudes como em ventilar questões, não haveria tantos males e escândalos no
povo, nem tanta relaxação nos claustros. De certo, no dia do juízo não se nos
perguntará o que lemos, mas o que fizemos; nem quão bem temos falado, mas
quão honestamente temos vivido. Dize-me: onde estão agora todos aqueles
senhores e mestres que bem conheceste, quando viviam e floresciam nas
escolas? Já outros possuem suas prebendas, e nem sei se porventura deles se
lembram. Em vida pareciam valer alguma coisa, e hoje ninguém deles fala.
6. Oh! como passa depressa a glória do mundo! Oxalá a sua vida tenha
correspondido à sua ciência; porque, destarte, terão lido e estudado com fruto.
Quantos, neste mundo, descuidados do serviço de Deus, se perdem por uma
ciência vã! E porque antes querem ser grandes que humildes, se esvaecem em
seus pensamentos (Rm 1,21). Verdadeiramente grande é aquele que tem grande
caridade. Verdadeiramente grande aquele que a seus olhos é pequeno e avalia
em nada as maiores honras. Verdadeiramente prudente é quem considera como
lodo tudo o que é terreno, para ganhar a Cristo (Fl 3,8). E verdadeiramente sábio
aquele que faz a vontade de Deus e renuncia à própria vontade.
Reflexões
Santo Agostinho diz que os filósofos falaram magnificamente das virtudes,
mas para desprezá-las, e dos vícios, para praticá-los, porque eram cegos; pois
não há absolutamente verdadeira ciência, senão a do Espírito Santo, que ele só
distribui às almas humildes. Não vimos também nós muitos grandes teólogos
que disseram maravilhas das virtudes, mas não para praticá-las; ao contrário,
houve tantas santas mulheres que não sabiam falar das virtudes, mas que
sabiam muito bem exercitar-se nelas; porque umas, como se viu, tinham um
cuidado extremo em conservar sua virgindade, outras em ter um coração puro e
limpo em sua viuvez, e outras ainda em viver na castidade conjugal. E quem
lhes havia dado este dom da ciência para discernir o bem do mal, o vício da
virtude, senão o Espírito Santo?
Mas, dirás, eu não sei como se deve praticar as virtudes. Coloca-te na
presença do Espírito Santo, humilha-te, e ele te ensinará e te tornará sábio.
Sem dúvida já vimos santas admiravelmente sábias em sua ignorância, e
admiravelmente ignorantes em sua ciência. O mal da ciência é a presunção que
torna os espíritos inflados e hidrópicos, como são de ordinário os sábios do
mundo. Oh! que ignorância nesta ciência! Santa Catarina, mártir, foi muito
sábia, mas sua ciência era humilde ao pé da cruz. Outras santas foram
ignorantes, mas em sua ignorância elas foram admiravelmente sábias, como
Santa Catarina de Gênova. Era o Santo Espírito que as tornava sábias, e, porque
elas tinham o temor de Deus, a piedade e a humildade, Deus lhes fez este rico
presente do dom da ciência, que Eva tanto desejou, mas, por orgulho, para ser
semelhante a Deus (IIe Sermon pour la Pentecôte, V, 37).
Capítulo 4
Da prudência nas ações
1. Não se há de dar crédito a toda palavra nem a qualquer impressão, mas
cautelosa e naturalmente se deve, diante de Deus, ponderar as coisas. Mas, ai!
que mais facilmente acreditamos e dizemos dos outros o mal que o bem, tal é a
nossa fraqueza. As almas perfeitas, porém, não creem levianamente em
qualquer coisa que se lhes conta, pois conhecem a fraqueza humana inclinada ao
mal e fácil de pecar por palavras.
2. Grande sabedoria é não ser precipitado nas ações, nem aferrado
obstinadamente à sua própria opinião; sabedoria é também não acreditar em
tudo que nos dizem, nem comunicar logo a outros o que ouvimos ou
suspeitamos. Toma conselho com um varão sábio e consciencioso, e procura
antes ser instruído por outrem, melhor que tu, que seguir teu próprio parecer. A
vida virtuosa faz o homem sábio diante de Deus e entendido em muitas coisas.
Quanto mais humilde for cada um em si e mais sujeito a Deus, tanto mais
prudente será e calmo em tudo.
Reflexões
Queres, com plena consciência, encaminhar-te à devoção? Busca algum
homem de bem que te guie e te conduza... Ele deve ser cheio de caridade, de
ciência e de prudência... Trata com ele de coração aberto, com toda sinceridade
e fidelidade, manifestando-lhe claramente teu bem e teu mal, sem fingimento
nem dissimulação; e por este meio teu bem será examinado e mais assegurado,
e teu mal será corrigido e remediado. Com isso serás aliviado e fortificado em
tuas aflições, moderado e regulado em tuas consolações (Introduction à la vie
dévote, parte I, cap. IV, I, 8 e 10.
Oração
Meu Senhor Jesus Cristo, que quisestes ser despojado de vossas vestes e
cruelmente açoitado por minha salvação, concedei-me a graça de descarregar-
me dos pecados por uma boa confissão, a fim de não aparecer diante de vossos
olhos despojado das virtudes cristãs. Amém (Opusc. III, 227).
Capítulo 5
Da leitura das Sagradas Escrituras
1. Nas Sagradas Escrituras devemos buscar a verdade, e não a eloquência.
Todo livro sagrado deve ser lido com o mesmo espírito que o ditou. Nas
Escrituras devemos antes buscar nosso proveito que a sutileza da linguagem.
Tão grata nos deve ser a leitura dos livros simples e piedosos, como a dos
sublimes e profundos. Não te mova a autoridade do escritor, se é ou não de
grandes conhecimentos literários; ao contrário, lê com puro amor a verdade.
Não procures saber quem o disse, mas considera o que se diz.
2. Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente (Sl
116,2). De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoas. A nossa
curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque
queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres
tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do
renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos
santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem
razão.
Reflexões
Foi o Espírito de Deus que nos deu a Escritura e é o mesmo Espírito que nos
dá seu verdadeiro sentido, e só o dá em sua Igreja, coluna e apoio da verdade.
Igreja pelo ministério da qual este Divino Espírito guarda e mantém sua
verdade, isto é, o verdadeiro sentido de sua palavra; e Igreja que só ela tem a
infalível assistência do Espírito da verdade, para encontrar devida e
infalivelmente a verdade na Palavra de Deus. Quem busca a verdade desta
palavra celeste fora da Igreja, que é sua guardiã, não a encontra jamais; e quem
a quer conhecer de outra maneira que não seja por seu ministério, em vez da
verdade, só desposará a vaidade; e em vez da evidente clareza da palavra
sagrada, seguirá as ilusões desse falso anjo que se transfigura em anjo de luz
(172e lettre, IX, 515).
Oração
Meu Senhor Jesus Cristo, que, depois de vossa ressurreição, vos dignastes
conviver durante quarenta dias com vossos discípulos, e lhes ensinastes os
mistérios da fé, ressuscitai em mim e consolidai-me na crença de vossas divinas
verdades. Amém (Opusc., III, 231).
Capítulo 6
Das afeições desordenadas
1. Todas as vezes que o homem deseja alguma coisa desordenadamente,
torna-se logo inquieto. O soberbo e o avarento nunca sossegam; entretanto, o
pobre e o humilde de espírito vivem em muita paz. O homem que não é
perfeitamente mortificado facilmente é tentado e vencido, até em coisas
pequenas e insignificantes. O homem espiritual, ainda um tanto carnal e
propenso à sensualidade, só a muito custo poderá desprender-se de todos os
desejos terrenos. Daí a sua frequente tristeza, quando deles se abstém, e fácil
irritação, quando alguém o contraria.
2. Se, porém, alcança o que desejava, sente logo o remorso da consciência,
porque obedeceu à sua paixão, que nada vale para alcançar a paz que almejava.
Em resistir, pois, às paixões, se acha a verdadeira paz do coração, e não em
segui-las. Não há, portanto, paz no coração do homem carnal, nem no do
homem entregue às coisas exteriores, mas somente no daquele que é fervoroso
e espiritual.
Reflexões
Examina mais de uma vez por dia, mais ou menos de noite e de manhã, se
tens tua alma em tuas mãos, ou se ela não foi arrebatada por alguma paixão ou
inquietação. Considera se tens sob teu comando teu coração, ou se ele não
escapou totalmente de tuas mãos para engajar-se em alguma afeição
desregrada de amor, de ódio, de inveja, de cobiça, de medo, de aborrecimento
ou de alegria.
Quando ele se extraviou, antes de mais nada procura trazê-lo de volta à
presença de Deus, reconduzindo teus afetos e desejos à obediência e conduta de
sua divina vontade (Introduction à la vie dévote, parte IV, cap. XI, I, 249).
Oração
Meu Senhor Jesus Cristo, que por mim quisestes ser elevado na cruz e
exaltado, libertai-me dos afetos terrestres e elevai meu espírito à consideração

das coisas celestes. Amém (Opusc., III, 229).


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