Prioridade Zero
João 19:24 -
Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos,
mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a
Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha
vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas.
Amados em
Cristo ressuscitado,
Já abordei
este assunto anteriormente, mas o Senhor colocou em meu coração uma visão
diferente para meditarmos na crucificação de Jesus, conforme consta no
evangelho de João.
É sabido
que a Palavra de Deus se “renova” a cada dia, não no sentido de mudar, mas de
nos mostrar o assunto em pauta com maior profundidade ou com mais detalhes e
nuanças.
Imaginemos
Jerusalém naqueles dias que antecederam à festa da páscoa, todos os judeus
chegando das cidades e aldeias vizinhas, outros ainda chegando da Síria, do
Egito, do Líbano, o alvoroço causado por tantos e tantos visitantes; um profeta
muito poderoso que se diz o próprio filho do Deus vivo pregando o amor e o
perdão; os príncipes dos sacerdotes cuidando em fazer acontecer a festa da
páscoa dos judeus, os fariseus e saduceus impondo ao povo israelita seus dogmas
e suas tradições religiosas; os rebeldes contrários a Roma (Zelotes) empenhados
em subverter a ordem e executar incursões e guerrilhas; o governador Pôncio Pilatos
com suas legiões romanas armadas e preparadas para manter a ordem daquele povo a
qualquer custo...
Pessoas
diferentes, reunidas num mesmo lugar, mas cada grupo com suas prioridades.
E ainda,
o Criador, o Senhor dos Exércitos, de seu alto trono, como um maestro, regendo
todo aquele coral vivo e confuso.
Se
analisarmos como um observador neutro, veremos um burburinho humano onde estão
se confrontando forças poderosíssima:
. YHWH executando
seu plano de resgate da humanidade, através do sacrifício do Cordeiro de Deus,
tendo, como sempre, o mundo batalhando contra a realização de seus propósitos.
. O diabo
se misturando entre os discípulos de Jesus Cristo para causar dissenção e traição,
humilhação, derrota e vergonha; e no
Sinédrio e no Templo, instigando os falsos religiosos no objetivo de prender e
matar o enviado do reino de Deus.
, E todo o
povo judeu sendo usado como massa de manobra dos donos do poder ( Os escribas,
os fariseus, os maiorais dos sacerdotes, os membros do Sinédrio, Anás, Caifás, Herodes
Antipas, etc). Inspirando estes líderes do povo judeu a criarem falsas acusações e causar a morte de Jesus:
(Astuto e
traiçoeiro, Caifás sabe que, para os judeus, é um assunto delicado afirmar ser
o Filho de Deus. Antes, quando Jesus chamou a Deus de Pai, os judeus quiseram matá-lo,
afirmando que Jesus estava “fazendo-se igual a Deus”. (João 5:17,
18; 10:31-39).
Sabendo o que os judeus acham disso, Caifás,
astutamente exige de Jesus: “Pelo Deus vivente, eu ponho você sob juramento
para que nos diga se você é o Cristo, o Filho de Deus”! (Mateus 26:63),
Naturalmente, Jesus já admitiu ser o Filho de
Deus. (João
3:18; 5:25; 11:4).
Então,
se ele não responder agora, isso pode ser interpretado como se estivesse
negando que é o Filho de Deus e o Cristo. Então, ele diz: “Sou; e vocês verão o Filho do
Homem sentado à direita de poder e vindo com as nuvens do céu.” — Marcos 14:62.
Sendo dramático,
Caifás rasga suas roupas e diz: “Ele blasfemou! Que necessidade temos
ainda de testemunhas? Vejam! Agora vocês ouviram a blasfêmia. Qual é a opinião
de vocês?” O Sinédrio decreta a sentença injusta: “Ele merece morrer.”
— Mateus 26:65, 66.
Então começam a zombar de
Jesus e a esmurrá-lo. Outros lhe dão bofetadas e cospem em seu rosto. Depois de
lhe cobrirem o rosto e baterem nele, dizem de modo sarcástico: “Profetize! Quem
foi que bateu em você?” (Lucas 22:64) Assim, o Filho de Deus é maltratado num
julgamento ilegal no meio da noite).
Então,
analisando como espectador esta situação, veremos quantos homens diferentes se
envolveram em confrontar Deus e matar seu enviado, movidos pelos seus
interesses religiosos, aliás, seus mesquinhos interesses religiosos, onde para
eles religião significava poder de dominação sobre o povo, luxo e riqueza para
eles e seus familiares, rituais e festas religiosas.
Em tudo isso não se achava “fazer a vontade
de Deus”, mas sim impor uma rotina religiosa metódica, vitalícia, lucrativa
para os que estavam no poder.
Tudo o que
queriam era ficar livres da ameaça de
mudanças na religião, onde agora os ricos e poderosos dominavam e determinavam,
mas se continuasse a crescer o evangelho que pregava aquele nazareno, todos os
pobres e desvalidos teriam direito a fazer parte da congregação de Deus.
Para
aqueles religiosos nada tinha importância, a não ser manter seu status quo.
No
desenrolar das ações, Jesus é entregue a Pilatos, e os líderes judeus exigem
insistentemente que Ele seja crucificado e morto.
Pilatos
interroga Jesus, não achando nele culpa,
João 19:10 -
Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me
falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para
te soltar?
João 19:11 - Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
João 19:11 - Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
Nesta passagem, temos o julgamento e condenação daqueles
falsos religiosos que rejeitaram o evangelho, rejeitaram o reino de Deus e optaram pelo poder e riqueza seculares:
Condenação – “aquele que me entregou a ti maior pecado tem”.
A quem Jesus se referia? Caifás.
Vamos aprofundar um pouco mais e aprender sobre Caifás, sobre
a situação política e religiosa de Jerusalém, e como todos os poderosos
interpretavam o poder de Jesus Cristo:
(CAIFÁS
Família e formação
Caifás casou-se com a filha de Anás, outro sumo
sacerdote. (João 18:13).
Essa união
provavelmente já estava preestabelecida anos antes do casamento, visto que
ambas as famílias queriam se certificar de que estavam fazendo uma boa aliança.
Isso significou examinar cuidadosamente genealogias para garantir a pureza de
sua linhagem sacerdotal.
Pelo visto, as duas famílias eram ricas e
aristocráticas, e provavelmente sua riqueza advinha de grandes propriedades nos
arredores de Jerusalém. Anás queria ter certeza de que seu futuro genro seria
um aliado político confiável. Parece que tanto Anás quanto Caifás pertenciam à
influente seita dos saduceus. — Atos 5:17.
Membro da destacada família sacerdotal, Caifás deve ter
recebido uma educação baseada nas Escrituras Hebraicas e na interpretação
delas. Seu serviço no templo talvez tenha começado quando ele tinha 20 anos,
mas é desconhecida a idade com que ele se tornou sumo sacerdote.
Sumos sacerdotes e principais sacerdotes
No início, o sumo sacerdócio era um cargo hereditário e
vitalício, mas os asmoneus o usurparam no segundo século AEC.* Herodes, o
Grande, nomeava e destituía os sumos sacerdotes, deixando claro que era ele a
verdadeira autoridade. Os governadores romanos da Judéia seguiam uma prática
semelhante.
Esses acontecimentos levaram à formação de um grupo que
as Escrituras chamam de “principais sacerdotes”. (Mateus 26:3, 4) Além de
Caifás, esse grupo incluía ex-sumos sacerdotes, tais como Anás que havia sido
deposto, mas continuava com o título. O grupo também incluía familiares
imediatos dos sumos sacerdotes, tanto dos em exercício como dos antigos.
Os romanos deixavam a administração diária da Judéia a
cargo da aristocracia judaica, incluindo os principais sacerdotes. Isso deu a
Roma o controle da província e garantiu a arrecadação de impostos, não sendo
necessário enviar muitos soldados para lá. Roma esperava que a hierarquia
judaica mantivesse a ordem e defendesse os interesses do império. Os
governadores romanos não tinham muita afeição pelos líderes judeus, que, por
sua vez, não viam o domínio romano com bons olhos. Mas a cooperação mútua
visava os melhores interesses de ambos os grupos, e era para o bem de um
governo estável.
Na época de Caifás, o sumo sacerdote era o líder
político judeu. Anás foi nomeado para esse cargo por Quirino, governador romano
da Síria, em 6 ou 7 EC. Ganância, nepotismo, opressão e violência eram, segundo
a tradição rabínica, características das famílias aristocráticas judaicas
proeminentes. Certa escritora conclui que, como sumo sacerdote, Anás se
certificaria de que seu genro fosse “rapidamente promovido para algum cargo de
destaque no templo; afinal, quanto maior o cargo que Caifás ocupasse, mais útil
ele seria para Anás”.
Valério Grato, governador da Judéia, destituiu Anás por
volta de 15 EC. Outros três, incluindo um dos filhos de Anás, ocuparam o cargo
de sumo sacerdote numa rápida sucessão. Caifás se tornou sumo sacerdote por
volta de 18 EC. Pôncio Pilatos, que foi nomeado governador da Judéia em 26 EC,
manteve o cargo de Caifás durante todo seu mandato de dez anos. Esse período
abrangeu a época do ministério de Jesus e o começo da pregação de seus
discípulos. Mas Caifás era hostil para com a mensagem cristã.
Medo de Jesus e de Roma
Caifás encarava Jesus como um perigoso agitador. Jesus
desafiou a interpretação hierárquica das leis sabáticas e expulsou os
mercadores e cambistas do templo, dizendo que haviam feito dele um “covil de
salteadores”. (Lucas 19:45, 46) Alguns historiadores acreditam que aquele
mercado no templo pertencia à família de Anás, talvez sendo essa outra razão
pela qual Caifás tentou silenciar Jesus. Quando os principais sacerdotes
enviaram guardas para prendê-lo, eles ficaram tão impressionados com as
palavras de Jesus que voltaram de mãos vazias. — João 2:13-17; 5:1-16; 7:14-49.
Analise o que aconteceu quando os líderes judaicos
ficaram sabendo que Jesus havia ressuscitado Lázaro. O Evangelho de João conta:
“Os principais sacerdotes e os fariseus ajuntaram o Sinédrio e começaram a
dizer: ‘Que devemos fazer, visto que este homem realiza muitos sinais? Se o
deixarmos assim, todos depositarão fé nele, e virão os romanos e tirarão tanto
o nosso lugar como a nossa nação.’” (João 11:47, 48) O Sinédrio encarava Jesus
como uma ameaça às autoridades religiosas e à ordem pública, que Pilatos
considerava ser de responsabilidade dessas autoridades. Qualquer movimento
popular que os romanos talvez encarassem como sedicioso poderia levá-los a
intervir na gestão dos judeus — algo que o Sinédrio queria evitar a qualquer custo.
Embora não conseguisse negar que Jesus tinha realizado
obras poderosas, Caifás não exerceu fé, tentando manter seu prestígio e
autoridade. Como ele poderia admitir a ressurreição de Lázaro? Ele era saduceu
e não acreditava na ressurreição! — Atos 23:8.
A maldade de Caifás ficou evidente quando disse a seus
co-governantes: “Não deduzis logicamente que é para o vosso proveito que um só
homem morra a favor do povo e não que toda a nação seja destruída.” O relato
continua: “Isto, porém, não dizia de sua própria iniciativa; mas, porque era
sumo sacerdote naquele ano, profetizava que Jesus estava destinado a morrer
pela nação, e não só pela nação, mas, a fim de que os filhos de Deus, que se
acham espalhados, fossem também por ele ajuntados numa unidade. Portanto,
daquele dia em diante deliberaram matá-lo [Jesus].” — João 11:49-53.
Caifás não se deu conta do pleno sentido de suas
palavras. Devido ao seu cargo de sumo sacerdote, ele de fato profetizou.* A
morte de Jesus seria benéfica, mas não apenas para os judeus. O sacrifício de
resgate forneceria os meios para livrar toda a humanidade da servidão ao pecado
e à morte.
Conspiração assassina
Os principais sacerdotes e anciãos judeus se reuniram
na casa de Caifás para conversar sobre como poderiam apoderar-se de Jesus para
matá-lo. O sumo sacerdote provavelmente teve uma participação em estabelecer,
junto com Judas Iscariotes, o preço da traição de Jesus. (Mateus 26:3, 4, 14,
15) No entanto, apenas um assassinato não era o suficiente para Caifás alcançar
seu maus objetivos. “Os principais sacerdotes deliberaram matar também Lázaro, visto
que por causa dele muitos dos judeus . . . depositavam fé em Jesus.” — João
12:10, 11.
Malco, escravo de Caifás, estava na turba enviada para
prender Jesus. Como prisioneiro, Jesus foi levado primeiro para Anás, a fim de
ser interrogado, e depois para Caifás, que já tinha convocado os anciãos judeus
para participar num julgamento noturno ilegítimo. — Mateus 26:57; João 18:10,
13, 19-24.
Caifás não ficou frustrado quando os falsos testemunhos
contra Jesus divergiram. O sumo sacerdote sabia o que os conspiradores,
incluindo ele próprio, pensavam a respeito de alguém autodenominar-se Messias.
Portanto, ele quis saber se Jesus alegava ter esse título. Jesus respondeu que
seus acusadores o veriam “sentado à destra de poder e vindo nas nuvens do céu”.
Numa demonstração de piedade, “o sumo sacerdote rasgou então a sua roupagem
exterior, dizendo: ‘Ele blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas”?
O Sinédrio decidiu que Jesus merecia a
morte. — Mateus (26:64-66).
As execuções tinham de ser aprovadas pelos romanos.
Como intermediário entre eles e os judeus, foi provavelmente Caifás quem levou
o caso para Pilatos. Quando Pilatos tentou livrar Jesus, Caifás talvez
estivesse entre os principais sacerdotes que gritaram: “Para a estaca com ele!
Para a estaca com ele!” (João 19:4-6) Foi também provavelmente ele quem
instigou a multidão a clamar pedindo a libertação de um assassino, e não a de
Jesus. Talvez ele estivesse entre os principais sacerdotes que clamaram
hipocritamente: “Não temos rei senão César.” — (João 19:15; Marcos 15:7-11).
Caifás negou as evidências da ressurreição de Jesus e
se opôs a Pedro e a João, depois a Estêvão. Caifás também autorizou Saulo a
prender qualquer cristão que encontrasse em Damasco. (Mateus 28:11-13; Atos
4:1-17; 6:8-7:60; 9:1, 2).
Por volta de 36 EC, no entanto, Caifás foi destituído
por Vitélio, o legado romano na Síria.
Escritos judaicos mostram a família de Caifás situação
desfavorável. Por exemplo, o Talmude Babilônico lamenta: “Ai de mim por causa
da casa de Hanin [Anás], ai de mim por causa dos rumores” ou “calúnias”.
Acredita-se que essa queixa se refira a “reuniões secretas para planejar
medidas opressivas contra Jesus”).
Depois desse banho de informação, entendemos mais a fundo que existiam interesses
envolvidos na perseguição e morte de Jesus muito além daqueles que possam se
chamar de políticos ou religiosos.
Havia uma perseguição sagaz e incansável de
Caifás contra nosso amado e eterno mestre Jesus Cristo.
Esse Sumo Sacerdote
conspirava contra Jesus muito além dos interesses de sua nação ou do império,
ele urdia matar Jesus por mesquinharia, inveja e temor do Messias.
Em sua cegueira espiritual ficou diante de Deus e o esbofeteou, o
humilhou, o rejeitou e o condenou a ser crucificado e morto.
Interesses e prioridades do homem sendo colocados como embaraço à
vontade de Deus, como rebeldia contra o evangelho do reino dos céus.
Vamos avançar mais um pouco na narrativa bíblica:
Pilatos tentou libertar Jesus, diante dos judeus que o condenavam,
aquele grupo de ativistas comandados por Caifás.
João
19:14 - E
era a preparação da páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui
o vosso Rei. - (Pilatos disse).
João 19:15 - Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.
João 19:15 - Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.
(Observem a
blasfêmia que os líderes religiosos dizem a Pilatos, rejeitando Jesus Cristo e
se aliando ao mundo pagão: Responderam os principais dos sacerdotes: Não
temos rei, senão César).
E Insistiam aos gritos: Crucifica-o! Crucifica-o!
Agora
acontece a efetiva participação de mais uma personagem, um governante
estrangeiro em Jerusalém, o qual representava César, e tinha poder de prender e
soltar, de matar e libertar.
Ele não conhecia o Messias, não se importava com a
religião dos judeus, não queria se envolver nos problemas religiosos daquele
povo.
Seu
interesse era manter a ordem, custe o que custar.
Se para
manter esta ordem era necessário matar um inocente, então que assim fosse.
Após
insistentes pedidos dos judeus, mandou que castigassem Jesus com a chibata e
depois o crucificassem, mas lavou suas mãos para a situação.
Ele não conhecia
Yhwh, nem Yoshua, apenas cumpria seu dever de romano.
João
19:16 - Então, consequentemente entregou-lho,
para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus, e o levaram.
João 19:17 - E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,
João 19:17 - E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,
João
19:18 - Onde o crucificaram, e com ele outros
dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
Esta
etapa na qual Jesus, ferido, banhado em seu próprio sangue arrancado a poder de
chibata, já quase sem forças em seu corpo humano, é muito dolorosa e
humilhante. E ainda tinha que suportar o peso da pesada cruz que fora preparada
para Barrabás, de grande estatura.
Quando chegamos neste ponto da narrativa
bíblica, não conseguimos ser meros espectadores, a dor da agonia de Jesus toca
no fundo de nossa alma, e choramos, choramos todas as vezes em que revivemos
estes fatos tão vergonhosos para a humanidade notoriamente cruel.
Onde os
interesses particulares de algum poderoso num alto cargo de comando, seja no
governo secular ou religioso, persegue, tortura e mata um inocente,
humilhando-o de todas as formas possíveis.
Não tem
como prosseguirmos nesta meditação sem assinalar que tal conduta aconteceu em
várias épocas e lugares, onde algum inocente que pregava o evangelho de Jesus
Cristo foi também perseguido, torturado e morto de forma cruel e sanguinária.
Concluamos dizendo que até hoje, neste nosso século XXI tão tosco e insano, tal
fato se repete com muita constância.
O tempo vai passando, mas a humanidade não
muda, os ímpios continuam conspirando contra a vontade de Deus e também contra
o reino dos céus.
João 19:25 - E junto à cruz
de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria
Madalena.
João 19:26 - Ora Jesus,
vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a
sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
João 19:27 - Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E
desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
Relata-nos então a Palavra, que a mãe de
Jesus a tudo assistia, aos pés da cruz, estando acompanhada de uma sua irmã, de
Maria Madalena e do apóstolo João.
Jesus, naquele estado terminal, sobre a
cruz onde seus membros foram pregados com cravos, com o rosto, barba e olhos cobertos
de sangue - (também pela coroa de espinhos fincada em sua cabeça) -, teve o
cuidado de ordenar a João que cuidasse de sua mãe, agora que ele partiria deste
mundo. Disse-o de forma divina: Para sua mãe disse: Mulher, eis aí o teu filho.
E para João disse: Eis aí a tua mãe. Comprovamos seu cuidado e seu zelo para
com os seus até mesmo num instante daqueles, quando Ele mal mantinha a
consciência, quando já nem conseguia mais respirar. Admirável.
Jesus Cristo exala, em todos os
momentos, amor. Inexplicável amor.
A prioridade de Jesus é sempre cuidar
daqueles a quem o amam e a quem Ele ama.
Aleluia.
João 19:28 - Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas
estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
João 19:29 - Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E
encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
João 19:30 - E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está
consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
A missão de resgate havia terminado sua parte mais
dolorosa, na qual o cordeiro fora imolado, na qual o sangue inocente banhara o
solo de Jerusalém e a cruz do madeiro.
Jesus Cristo, aos olhos do mundo havia perdido a batalha.
Havia falhado, pois fora aprisionado, surrado, torturado, humilhado,
crucificado e morto.
Para os inimigos de Deus e do evangelho de Cristo,
evidentemente, parecia ter sido uma derrota fragorosa imposta a Deus e ao seu
enviado, seu Filho Unigênito.
As forças do mal exultaram.
A ameaça da chegada do reino de Deus e a mudança nas
regras do jogo da religião e da dominação ao povo havia sido eliminada.
Aquele agitador Nazareno havia sido morto. Parecia ser o
fim de toda campanha do Todo Poderoso contra seu povo escolhido, onde o Senhor
intentava trazer novidades de vida e da maneira de se viver.
O diabo e seus comparsas pareciam ter vencido a batalha
final.
O Próprio Filho de Deus havia sido aniquilado, e parecia
que Deus nada fizera para o ajudar.
Parecia tê-lo abandonado à sua própria
derrocada.
Haviam ouvido-o clamar, em dado momento, em agonia e dor
sobre a cruz:
“Pai, porque me desamparastes”.
Porém, quando Jesus entregou seu espírito, ficando ali na
cruz apenas seu corpo humano destruído pelos homens, coisas inacreditáveis
aconteceram:
E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias,
E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.
E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus. (Mateus 27:45-54).
E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias,
E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.
E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus. (Mateus 27:45-54).
Então, de repente o temor de Deus abateu-se com muito
mais força sobre os homens.
Tudo sinalizava que Deus não entregara seu Filho
Unigênito para morrer crucificado em vão.
Temos, então a conclusão de que podem haver muitos
interesses e prioridades, e muitas forças contrárias agindo, contra os
desígnios do Todo Poderoso YHWH, mas que sua vontade será sempre a prioridade
zero. Deus esteve, está e estará sempre no controle de tudo.
Aleluia.
Em seguida, Em João 19, do verso 31 ao 42, é relatado
como e onde Jesus foi sepultado, e por quem foi sepultado seu corpo.
João 19:31 - Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem
os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de
sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.
João 19:32 - Foram, pois, os soldados, e, na verdade,
quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado;
João 19:33 - Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe
quebraram as pernas.
João 19:34 - Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma
lança, e logo saiu sangue e água.
João 19:35 - E aquele que o viu testificou, e o seu
testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o
creiais.
João 19:36 - Porque isto aconteceu para que se cumprisse a
Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.
João 19:37 - E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que
traspassaram.
João 19:38 - Depois disto, José de Arimatéia (o que era
discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe
permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o
corpo de Jesus.
João 19:39 - E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente
se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de
mirra e aloés.
João 19:40 - Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram
em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação
para o sepulcro.
João 19:41 - E havia um horto naquele lugar onde fora
crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido
posto.
João 19:42 - Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e
por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus.
Voltando
a analisar as prioridades e interesses envolvidos nestes acontecimentos,
notamos que as profecias das escrituras se cumpriram conforme Deus havia
determinado, com todos os detalhes descritos pelos profetas que viveram mais de
quinhentos anos antes do ocorrido.
Novamente
comprovamos que a vontade de Deus e seus desígnios são prioridade zero, nada se
coloca diante do que Ele planeja e determina.
Deus
no controle, a todo tempo, em todos os tempos e lugares.
Notamos
também que dois homens medrosos se encheram de coragem naquele momento onde
Deus os chamou a fazer sua parte, cuidar do enterro do corpo de Jesus Cristo:
José de Arimatéia e o sacerdote do sinédrio, Nicodemos. Deus tocou em seus
corações e eles colocaram como prioridade fazer a vontade do Todo Poderoso.
CONCLUINDO
João 19:42 - Ali, pois (por
causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a
Jesus.
Primeiro,
quero deixar bem claro que ao meditarmos na Palavra de Deus, esta age em nós,
maravilhosamente, pois quando estamos estudando o evangelho de Cristo, em
espírito de oração, o Espírito Santo se aproxima de nós e nos faz companhia.
A
simples presença do Espírito Santo cria em nosso derredor uma áura de paz e
virtude, de poder, de renovo de fé...
Conclui-se
daí que nunca se perde tempo ao ler o evangelho de Cristo e nele meditar,
estando focado no trono da glória de nosso Deus.
Toda
a trama terrível que estudamos acima, onde tantos interesses mesquinhos agiram,
em sintonia com o maligno dominador deste mundo e inimigo de Deus e da
humanidade, nos mostra que o mundo não mudou muito do que era antes e como é
agora, depois do advento da magnífica vinda de Cristo a este mundo para resgatar
a humanidade da perdição.
O
mundo continua rebelde contra Deus, contra os escolhidos de Deus, contra os seguidores
de Cristo, contra Jesus Cristo, contra o Espírito Santo, e conspirando junto ao
diabo e suas hostes demoníacas em prol do caos e da perdição das almas.
Contudo,
por mais que pareça estar o nosso Deus perdendo esta guerra, assim como
aconteceu na crucificação e morte de Cristo, também agora e sempre Deus está no
controle. Deus tem suas ações acontecendo muito adiante das estratégias do mal.
Onde o mal chega pensando estar adiantado, Deus o surpreende com sua
previdência e onisciência únicas.
Deus
impactou as forças do mal quando Jesus Ressuscitou, quando logo em seguida
Jesus foi arrebatado num corpo glorioso ao reino dos céus, onde vive e reina.
De onde voltará para o arrebatamento.
Essa
volta de Jesus será tão impactante para o mundo e os aliados do diabo, bem como
para a própria serpente ancestral, quanto o foi tal ocorrido, ou até mais, pois
Deus planeja e permite profecias anunciando seus planos divinos, mas não
fornece datas. O diabo será surpreendido quando menos esperar, quando se sentir
estar dominando será quando cairá, definitivamente, eternamente.
Deus
no controle, sempre.
Quero
encerrar esta postagem frisando que como pano de fundo de todos estes
acontecimentos narrados acima, estava a preparação para a comemoração da festa
da páscoa dos judeus em Jerusalém.
Tiveram
pressa para capturar Jesus, condená-lo, crucifica-lo, liberar seu corpo morto
na cruz, enterrá-lo... por causa da festa que aconteceria no domingo seguinte.
Naquele
cenário, naquele momento histórico, a festa da páscoa (que comemora- va a saída
dos israelitas do Egito, após a morte dos primogênitos do povo de Faraó,
acontecida mediante a interferência e poder de Deus, de YHWH, por misericórdia
para com seu povo escolhido), se afigurava como mais importante do que a
presença do Deus vivo que eles rejeitavam e matariam.
Comemoravam a antiga páscoa enquanto Deus estava lhes fornecendo o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, o verdadeiro e eterno Cordeiro Pascal, o holocausto da nova aliança, da chegada do tempo da graça, a qual ignoraram.
Eis
a situação: Davam mais importância em festejar, se divertir, do que adorar e
ter reverência ao Todo Poderoso.
Atualmente,
como no passado, cristãos e igrejas cristãs estão incorrendo no mesmo erro de
prioridade equivocada: Valorizam as festas, os movimentos... E não dão valor em
adorar a Jesus, em ler a bíblia, em pregar o evangelho com simplicidade, em ter
reverência e temor a Deus.
Vivem
em função de festas e movimentos e campanhas, que fazem muito alvoroço, muito
barulho, mas que não convertem ninguém, que não salvam almas para Deus, que
não edificam a igreja de Cristo.
A
festa da páscoa dos judeus em Jerusalém parecia ser uma forma de agradar a
Deus... Mas como agradar a Deus matando seu Filho Unigênito?
Adianta
festejar, seguir rituais, seguir tradições e não "ser um" com a Trindade de Deus?
Deus
busca verdadeiros adoradores, que o adorem em Espírito e em Verdade, e aqueles
que tomam sua cruz, renunciam ao seu EU e fazem a vontade de Deus, cheios do
Espírito Santo, no nome de Jesus.
A prioridade Zero do cristão é ser obediente a Jesus Cristo, minuciosamente, meticulosamente.
Fortaleça-se
no Senhor, Leia a bíbia, medite no evangelho de Cristo, esteja em oração e
consagração, tu e tua casa.
Esteja
pronto, JESUS ESTÁ VOLTANDO.
Amém.
Missionário
Virtual Geraldo de Deus
2018agosto,08
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