TRAIÇÃO



Marcos 15
1 E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.

Amados,
Jesus Cristo, nosso amado eterno mestre viveu em paz, como homem de paz e pacificador. Andou pela Galileia, andou por Samaria, andou por Cafarnaum (onde habitou), andou pelas margens do rio Jordão, andou por muitas aldeias e cidades de Israel, quase todo o tempo cercado por uma grande multidão que o seguia, ávida, certa de alcançar algum milagre, alguma cura, alguma libertação, ou mesmo obter um pão com peixe.
Sim, havia os que o seguiam em busca de alimento espiritual, mas tinha aqueles que buscavam alimento material.
Sabemos que Jesus a todos atendia com muito amor e dedicação, não discriminando nem os leprosos ou cegos de nascença. A cada um Ele dava aquilo que a pessoa necessitava para ter uma vida melhor.
Entretanto, não ficava apenas nisto, Jesus não se limitava a fazer obras materiais, não se limitava à caridade. Ele ensinava e exortava a todos quanto o seguiam acerca do arrependimento dos pecados, da conversão ao “Filho do Homem”, ou ao Filho de Deus.
No início de seu ministério, incomodava os donos da religiosidade da época, (Principais dos sacerdotes das sinagogas, fariseus, escribas, príncipes e maiorais do povo, etc.), ao fazer curas e milagres nos dias de sábado. Isto já o fazia digno de apedrejamento até a morte pelos maiorais da religiosidade.
Mas, com o passar do tempo Jesus foi se destacando, foi crescendo como figura humana e como divindade (homem de Deus, profeta de Deus, Messias) ou representante maior de Deus perante aquele povo tão sedento e faminto das coisas do reino dos céus.
Tudo o que a Lei de Moisés lhes negava, Jesus vinha com seu Evangelho lhes conceder: perdão dos pecados, libertação do jugo do diabo, cura de doenças consideradas maldição, restauração da dignidade como ser humano, renovo de vida, virtude, ressurreição após a morte, vida eterna no reino dos céus, entre outros. Jesus vinha trazer esperança de vida melhor tanto aqui neste mundo quanto no além túmulo.
Este crescimento , este destaque que Jesus alcançava e aumentava a cada novo dia incomodava as elites de Israel, incomodava aqueles que usavam o nome de Deus e a Lei de Deus para subjugar e dominar aquela nação tão sofrida.

(No dia seguinte, ouvindo uma grande multidão, que viera à festa, que Jesus vinha a Jerusalém,
Tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor.
E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se sobre ele, como está escrito:
Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei vem assentado sobre o filho de uma jumenta.
Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que isto lhe fizeram.
A multidão, pois, que estava com ele quando Lázaro foi chamado da sepultura, testificava que ele o ressuscitara dentre os mortos.
Por isso a multidão lhe saiu ao encontro, porque tinham ouvido que ele fizera este sinal.
Disseram, pois, os fariseus entre si: Vedes que nada aproveitais? Eis que toda a gente vai após ele.
João 12:12-19).

Jesus veio reacender a chama da esperança da presença de Deus no meio daquela nação, como ocorrera nos tempos antigos e trouxe àquele povo cativo e dominado pelos romanos um vislumbre de libertação.
Porém, a libertação que aquele povo almejava era algo mesquinho,  pequeno em comparação com o plano de Deus para a humanidade.
Deus vinha, através de JESUS, oferecer a libertação a toda humanidade, numa reviravolta que não podia ser imaginada ou entendida por ninguém da época.
Mesmo os discípulos e apóstolos de Jesus se decepcionaram num primeiro momento, pois esperavam um Messias forte e atuante no plano material, como se fosse um segundo rei Davi, para libertá-los do cativeiro das nações.
Imaginavam um Messias empunhando uma espada, matando inimigos, conquistando cidades, expandindo as fronteiras de Israel por todo o mundo conhecido a ferro, fogo e sangue derramado.
Mas, um Messias que prega o amor, o perdão, que prega dar a outra face a quem o esbofetear em um lado do rosto? Isto era algo ultrajante para a maioria dos judeus da época.
Todo este conjunto de fatores fez com que Jesus fosse abandonado por seus seguidores em seus últimos dias antes de ser preso e crucificado.

Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. João 6:53
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:54
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. João 6:55
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. João 6:56

Quando uma multidão o cercava e Ele pregou: “Eu sou o pão da vida, Eu sou o pão que desceu do céu”...

JOÃO 6:51 - Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
JOÃO 6:52 - Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo:  Como nos pode dar este a sua carne a comer?

Depois desta revelação, todos seus seguidores o abandonaram, exceto os doze apóstolos.

JOÃO 6:66 - Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.

A questão aqui não é condenar os que o abandonaram, é ter pena deles, pois estavam na presença de Deus e saíram de sua presença, voltando para a religiosidade vã que leva para a perdição.
Eles estavam cegos espiritualmente.
Hoje, entretanto, não é assim mesmo?
Basta haver em nossas igrejas evangélicas uma pregação mais severa e muitos são os que deixam de seguir Jesus, voltando para o mundo, perdendo a salvação.
Por tudo o que foi exposto acima, podemos entender que Jesus Cristo e o plano de resgate e salvação que Deus ofereceu à humanidade através do Salvador,  não está de acordo com o sonho das pessoas, não bate com o que as pessoas esperam de Deus.
Jesus pregou renúncia, arrependimento dos pecados, mudança de vida buscando crescimento espiritual, rejeição do pecado, amor incondicional a Deus e ao próximo, obediência à PALAVRA DE DEUS E AO ESPÍRITO SANTO, trilhar a estrada estreita, viver em paz...
Isto é o que oferecemos ao pecador quando lhe anunciamos Jesus e a promessa de salvação e vida eterna.
Mas, não é o que as pessoas querem. Elas querem comodismo, querem conforto,  querem a riqueza, a fama, a vida num mar de rosas, muitos querem os vícios e os prazeres da carne acima de qualquer coisa.
PORQUÊ?
Porque o mundo prega isto, a educação do mundo prega isto, as escolas do mundo pregam isto: Se isto te faz feliz, então aproveite, desfrute.
Se esquecem que aquilo que não edifica não nos convém, muito menos aquilo que nos destrói.
Aquele povo não simpatizou com a proposta que o Messias lhes trazia, não era o que sonhavam para si, e hoje ainda vemos isto acontecer. As pessoas querem bens materiais, querem comodismo e conforto, querem viver no ócio,  mas cercadas de fartura e riqueza.
Jesus não oferece isto, Ele oferece vida, abundância, salvação, vida eterna, cura, libertação... Coisas que o mundo não tem, pois são frutos que somente o Espírito Santo nos pode dar.
E, principalmente a paz. Um bem tão precioso, mas que no mundo é tão escasso, tão raro.
Desta forma, por todos estes fatores, Jesus foi traído e entregue para ser espancado, vituperado e crucificado, morto, por uma morte de humilhação e maldição para os costumes da época.
O mundo não aceitou Jesus e seu evangelho de amor, perdão e paz.
Seu povo o traiu, não adianta dizer que foram somente os líderes religiosos, a traição aconteceu através de todo o povo que antes o assediava, o seguia, o adorava mas que não o aceitou como seu Messias  descrito nas profecias e o abandonou à própria sorte.
O povo de Israel o julgou e o condenou muito antes de Pilatos.
Judas o traiu e o vendeu por trinta moedas, mas Ele já havia sido traído e entregue ao poder secular muito antes, pois o povo o abandonou.
Quando foi crucificado, aos pés da cruz Jesus em agonia viu sua mãe em lágrimas e desespero, acompanhada por Maria Madalena e por aquele apóstolo que lhe era mais chegado, João. Nenhum outro conhecido, nem mesmo seus irmãos Tiago e Judas, nem Pedro, nem ...
É triste, é frustrante, é traição. Traição do ser humano para com Deus, traição da criatura para com seu Criador.
Aconteceu, está registrado. E continua acontecendo. As pessoas amam mais as coisas do mundo do que as coisas de Deus.
A traição não acabou, ela continua e persiste, persiste, persiste, persiste século após século.
Mas,
Jesus vai voltar.
E como será que as coisas acontecerão?
Após o arrebatamento haverá a grande tribulação e aqueles que ficarem neste mundo após a partida dos salvos sofrerão na carne muito mais do que Jesus sofreu na cruz.
OLHAI, VIGIAI, ORAI.  CONCERTEM SEUS CAMINHOS COM JESUS. MUDE A DIREÇÃO DE SUA VIDA, SEJA MENOS CARNE E MAIS ESPÍRITO (SANTO). Jesus está voltando, Ele breve virá!

CONCLUINDO

Mesmo sendo traído e morto em traição, Jesus absolveu toda humanidade, suas palavras de amor foram:
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.Lucas 23:34

MISSIONÁRIO VIRTUAL GERALDO DE DEUS            2017 FEVEREIRO, 21  
















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