Assembleia de Deus - Igreja de Tradição
Jeremias 1:19 - E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar.
Cristãos leitores do Blog,
Quando somos seguidores de Cristo buscamos nos templos de louvor e adoração a presença do Espírito Santo, independente de qual placa esteja colocada na fachada.
No entanto, as assembleias de Deus são reconhecidamente as igrejas que mais se identificam com o povo. São as mais populares, frequentadas por pobres e ricos, por brancos, mulatos, negros, etc.
Desde quando houve sua fundação em Belém do Pará - PA, pelos dois missionários suecos que vieram dos Estados Unidos para nos trazer o movimento de avivamento pentecostal, os quais aqui vieram pela Igreja Batista, mas logo se desligaram dela e fundaram a Assembléia de Deus, aconteceu a maravilhosa multiplicação de templos e difusão do evangelho de Cristo por todo o Brasil.
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SEJA PENTECOSTAL, LOUVE COM ENERGIA
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É uma igreja perfeita, homogênea em toda sua estrutura e em toda sua organização? De forma alguma.
Como tudo o que está sob a controle do ser humano, tem falhas, mas ainda é um exemplo a ser seguido, pois se destaca entre as melhores igrejas protestantes do Brasil.
Abaixo uma compilação onde se analisa os motivos que tornaram-na tão forte e destacada em todos os municípios onde se faz presente, um ebook sucinto, bem definido e objetivo, no qual o autor alerta da necessidade de se voltar às origens para que a Assembleia de Deus não se perca de suas raízes e continue a crescer.
07 Fatores Esquecidos que Provocaram o CRESCIMENTO DA
ASSEMBLEIA DE DEUS - e que Podem Ajudar sua Igreja
Fator 01 – Trabalhávamos a partir das casas
Fator 02 – Éramos focados em levantar obreiros
Fator 03 – O Ministério foi transferido para a Mão do Povo
Fator 04 – Favorecia a Comunhão com Templos Pequenos
Fator 05 – Ajudávamos todas as pessoas a crescerem
Fator 06 – Formávamos os nossos Obreiros em Pequenos Grupos
Fator 07 - Tínhamos foco no crescimento e multiplicação de nossas
congregações
INTRODUÇÃO
O livro traz respostas poderosas para perguntas como: Por
que o meu Templo Central está vazio?
Por que não consigo integrar os novos convertidos na igreja
que faço parte? Porque ficou tão difícil e caro abrir uma nova congregação e
expandir o trabalho?
or que tenho poucas
pessoas com quem contar?
Este E-book irá te mostrar a importância de um trabalho
coordenado nas casas, como na origem das assembleias de Deus; a necessidade de
nos focarmos em constituir obreiros e não meramente arrebanhar uma multidão de
almas; o poder que existe em entregar o ministério na mão do povo, onde todos
podem trabalhar e não apenas um pedacinho da igreja; e a importância de criar
novos trabalhos a partir das casas, com um pequeno grupo de pessoas, que
comungam de forma amorosa da mesma fé, tudo isso e muito mais.
Os princípios lembrados neste livro têm trazido crescimento
e avivamento para inúmeras igrejas ao redor do Brasil, você aprenderá algumas
verdades poderosas que podem mudar radicalmente a história de sua Igreja.
Por fim, este E-book é uma prévia do Livro “Uma Revolução
Chamada Assembleia de Deus” - Tudo o que você precisa saber sobre crescimento
de igreja com base na história da Igreja Evangélica Assembleia de Deus”. Este
livro ainda será lançado no mercado futuramente, mas não fique preocupado, pois
você será um dos primeiros a saber a data do lançamento.
FATOR 01 – TRABALHÁVAMOS A PARTIR DAS CASAS
A Assembleia de Deus é uma denominação eminentemente formada
em casas.
Após a expulsão dos missionários da Igreja Batista, eles
foram para a casa do irmão Henrique Albuquerque, marido da irmã Celina Albuquerque, localizada
na Rua Siqueira Mendes, 67, Cidade Velha, na cidade de Belém-PA1, onde
iniciaram os trabalhos com apenas 17 pessoas. Aos poucos, essas pessoas
trouxeram parentes e amigos e a casa foi ficando pequena, apesar de ser considerada
grande.
Apesar da aquisição do primeiro templo, a igreja continuava
a se reunir nas casas. Segundo a pioneira Isabel da Silva: “às segundas-feiras havia culto de
oração, às quartas, culto de pregação em nossas casas, às sexta culto na casa
da irmã Celina Albuquerque”2.
Isso mostra que nossa história está estritamente relacionada
a cultos em casas que serviram de suporte para o surgimento de um templo. (1 BORGES; BORGES, 2005. 2 Ibid., p. 89.7).
Essa história se repetiu em vários lugares, pois quando uma
pessoa vinha passar férias em Belém, entrava em contato com o Movimento
Pentecostal da Assembleia de Deus, aceitava a Cristo como Salvador e retornava
para seu lugar de origem levando o movimento.
Ou, ainda, porque os missionários
e os pioneiros iam a esses lugares pregando o evangelho, normalmente a partir
das casas.
Nesses locais, as pessoas se reuniam com seus amigos,
parentes e até mesmo desconhecidos que acreditavam na verdade do Evangelho,
aceitavam a Cristo como Senhor e Salvador das suas vidas e traziam outros para
a reunião.
Devido a isso, a casa ficava pequena e logo era construída uma “Casa
de Oração”, um pequeno templo, geralmente ao lado da casa hospedeira ou nas
proximidades. Após a construção do templo, os cultos nesta casa cessavam, mas
os novos membros, sobretudo aqueles que moravam mais distante, iniciavam de
novo todo o processo, fazendo culto em suas próprias residências.
Assim começaram os trabalhos em várias localidades como, por
exemplo, na ilha de Mosqueiro, o balneário mais próximo de Belém, onde o
Missionário Gunnar Vingren foi para se recuperar de uma doença que fazia seu
corpo tremer e o incapacitava de qualquer esforço físico, chamada de beribéri.
Ele foi para lá sem conhecer ninguém e, ao descer do navio Simão Gorar, na
pequena praça da localidade, foi abordado por um morador da ilha que estranhou
a presença de um estrangeiro.
O morador chamava-se Inácio Vicente de Melo e convidou o
missionário a passar a noite em sua casa, convite aceito de imediato, pois este
possuía poucos recursos e nenhum conhecimento da região. Ao chegar no lar de
seu Inácio, Vingren pregou a palavra a ele e toda sua casa se converteu.
No dia seguinte, recebeu um convite para ir à casa de
Fugênio da Silva Teles e lá, novamente, pregou o evangelho e toda a família
Teles se rendeu a Cristo. Apesar de estar muito fraco e abatido por causa da
enfermidade, Vingren continuou a dirigir os cultos na casa do irmão Fugênio,
até o dia em que uma irmã anunciou que havia um plano de um grupo de pessoas da
ilha para matá-lo.
Então, ele teve que fugir floresta adentro, com as poucas
forças que lhe restavam, chegando até a engatinhar para escapar da multidão.
Hoje, existe uma poderosa igreja naquela ilha
(BORGES; BORGES, 2005, p. 71-72.9).
FATOR 02 – ÉRAMOS FOCADOS EM LEVANTAR OBREIROS
Na verdade, hoje em dia oramos por mais almas, queremos mais
pessoas em nossos templos, mas esquecemos de pedir para o Dono da Seara por
mais trabalhadores.
No início das Assembleias
de Deus, o Senhor da Seara atendeu aos nossos pedidos e inúmeros obreiros foram
levantados.
Nosso modelo de propagação e crescimento dado por Deus se
encarregava de retroalimentar nossas igrejas de inúmeros obreiros para Seara.
Eu acredito que este modelo de crescimento nos foi dado de
forma implícita por Deus. Não sabíamos o que estávamos fazendo de fato, apenas
fazíamos, como se a mão invisível dele nos guiasse a conquistar inúmeros
discípulos (obreiros da Seara). É preciso entender que não eram apenas os
pequenos grupos como círculo de Oração, Conjunto de Jovens, Coral de Crianças e
Adultos e Grupo de Obreiros que eram formados ou o surgimento de casas de
oração que traziam crescimento.
A verdade é que a metodologia das Assembleias de Deus que
transformava leigos em líderes (ou seja, em discípulos capazes de produzir
outros discípulos, num ciclo infinito de reprodução) é que trazia o crescimento.
Imagine o impacto para uma sociedade ver o coveiro da vila
com terno e gravata, com um livro na mão, falando com ousadia para uma pequena
multidão de pessoas. Quantos não gostariam de estar no lugar dele, quantos não
gostariam de saber o segredo para tanta ousadia e determinação? Quantos não gostariam de saber o seu segredo para ter
coragem de encarar uma multidão e compartilhar um pouco da sua vida? Coisas
como essa ainda mexem com o imaginário do povo.
A Assembleia de Deus tinha um plano implícito que
transformava os novos convertidos em liderança, os novos crentes em
missionários dispostos a testemunhar os milagres de suas vidas para amigos, parentes
e desconhecidos.
Hoje, se conseguirmos, como antigamente, levantar do meio
dos novos convertidos, de forma contínua, uma multidão de discípulos, nós
seremos bem-sucedidos em fazer nossas igrejas prosperarem.
Desta forma, podemos resumir que liderança é influência.
Logo, precisamos que surja, em nossa geração, toda uma gama de líderes que
influenciem novos convertidos a também serem líderes (obreiros), e estes, por sua vez, também
influenciarão a outros num ciclo interminável, até Jesus voltar. (MAXWELL,1998).
FATOR 03 – O MINISTÉRIO FOI TRANSFERIDO PARA A MÃO DO POVO
A Assembleia de Deus representou uma verdadeira revolução ao
entregar o ministério na mão do povo, pois na época de sua fundação, a maioria
das escolas bíblicas e seminários pastorais focaram principalmente o que o
pastor deveria saber.
Normalmente, esses seminários se concentravam em transmitir
conteúdo teológico e um pouco da prática pastoral. Para tanto, alguns
seminários ofereciam estágios em igrejas, em que era ensinado como visitar,
pregar, fazer casamentos e funerais, evangelizar, fazer aconselhamento e todas
as outras funções pastorais.
Dessa forma, tudo girava em torno do pastor, ou seja, os
seminários e as igrejas que formavam pastores tinham em mente que eles deveriam
realizar e fazer tudo acontecer em meio ao povo de que tomavam conta. Uma
pessoa leiga jamais poderia dirigir uma reunião em uma igreja tradicional, jamais
poderia usar da palavra para ensinar ou pregar e jamais poderia tomar a frente
para fazer um trabalho evangelístico sem contar com a estrita supervisão do
pastor.
Na Assembleia de Deus não era assim, pois os leigos tinham
um espaço imenso para trabalhar.
Imagine um alcoólatra muito conhecido na cidade que havia
aceitado a Jesus num domingo à noite. Milagrosamente, ele abandona o álcool,
passa a se vestir com terno e gravata e a andar com um livro na mão. Em 15
dias, se ouve falar na cidade que o “cachaceiro” agora já está falando na
igreja, contando seu testemunho de vida: “Cristo me libertou do vício do álcool
e pode libertar você também”.
Isso era assustador para a época porque, para fazer uso da
palavra, esse novo convertido não precisou passar 4 ou 5 anos em um seminário.
Imagine esse “novo crente” nos cultos públicos, carregando as cadeiras,
cantando os hinos ou lendo a palavra. Imagine-o tocando violão em praça
pública: com toda certeza ele era um testemunho vivo e real de que Cristo fazia
milagres através daquela igreja.
Atualmente, isso não mais acontece, pois temos uma preocupação
excessiva com a formação. Porém, é preciso levar em consideração que a Educação
Teológica nasceu informal dentro do modelo sueco das Escolas Bíblicas, de presença
maciça e democrática para toda a igreja e só com o passar do tempo foi se
formalizando (a partir da influência americana), até se tornar obrigatória a
vida ministerial.
Não estou defendendo que um obreiro não precisa estudar para
ser pastor − inclusive tenho um curso superior e um curso teológico −, o que
defendo é que a formação teológica não pode ser empecilho para que uma multidão
de leigos trabalhe na grande colheita do Mestre.
FATOR 04 – FAVORECIA A COMUNHÃO COM TEMPLOS PEQUENOS
Como já foi mostrado, a Assembleia de Deus, no início de sua
história, era uma igreja com pequenos templos e com forte atividade nas casas.
Isso favoreceu de forma decisiva o nosso crescimento, tendo em vista que o
modelo de multiplicação era de fácil reprodução.
Ou seja, um obreiro, ao ser estimulado a abrir um novo
trabalho, não via grandes dificuldades em
reproduzir o mesmo trabalho em outro lugar, pois ele não precisava
adquirir um terreno ou construir um templo para começar as suas atividades,
precisava apenas de uma casa.
E, milagrosamente, esses obreiros conseguiam
casas com facilidade.
Hoje em dia, converso com muitos obreiros que foram enviados
para plantarem novas igrejas e, ao chegarem no local, só conseguem enxergar
como opção para iniciar suas atividades alugar um salão e transformá-lo em um
templo. Eles então alugam um espaço e depois vão fazer promessa de crescimento
ministerial rápido para os membros de outras igrejas.
Ou, ainda, vão atrás de
membros polêmicos, rebeldes e propensos a se separar de outras igrejas.
Não
vejo possibilidades de uma igreja ir muito longe agindo desse jeito.
Na Assembleia de Deus, atualmente, passamos por um fenômeno:
queremos ter sempre templos maiores. Os templos passaram a ser o centro de toda
a nossa estrutura. Quando a igreja cresce, nós não queremos abrir novos
pequenos templos, queremos imediatamente demolir o templo pequeno e fazer um
maior.
Os templos centrais que reúnem as congregações num
determinado dia logo ficam pequenos para a massa que superlota o salão nos
grandes eventos. Mas os congregados do Templo Central são poucos. Eu chamo esse
fenômeno de TC-vazio, que ocorre devido à perda da comunhão que existia num
pequeno templo.
As pessoas que se congregam num Templo Central, com o passar
do tempo, se não entrarem para um dos pequenos grupos, como Círculo de Oração,
Conjunto de Jovens ou Adolescentes ou Ministério, com certeza irão migrar para
outras congregações.
Isso acontece porque as pessoas buscam comunhão. No centro
do Cristianismo está a comunhão. E não é
possível ter comunhão ao mesmo tempo com 200 ou 1.000 pessoas. A comunhão passa
pelo fato de estarem juntos, de caminharem juntos e de fazerem algo juntos.
Essa comunhão só é possível de se viver em um dos departamentos
existentes, que acaba sendo um pequeno grupo dentro da igreja. E são coisas
desse tipo que favorecem o surgimento da comunhão.
O problema é que um Conjunto de Jovens ou Círculo de Oração
tem um poder limitado de agregar pessoas e fazer com que elas fiquem em
comunhão. Acredito que no máximo 50 pessoas ainda conseguem participar de um
grupo e ficar em comunhão.
Já vi o fenômeno TC-Vazio em grandes templos centrais onde a
estrutura comportava até 2.000 pessoas, mas de fato se congregavam apenas 230 e
em outros que, com capacidade para 800 pessoas, aos domingos recebiam apenas
80. Este fenômeno se dá devido à falta de comunhão.
E hoje, mais do que nunca,
as pessoas estão procurando comunhão porque não querem ficar sós, querem ter amigos
e fazer algo que tenha significado e reconhecimento.
FATOR 05 – AJUDÁVAMOS TODAS AS PESSOAS A CRESCEREM
Se existe um conselho certo e válido na vida ministerial,
que é uma verdade inegável é este: “não lance ninguém fora”. Esse conselho foi
extraído das palavras de Jesus: “o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6:37). Nós
discípulos lançamos muitas pessoas fora, algumas vezes de forma voluntária,
mas, na maioria das vezes, de forma involuntária.
Você não quer perder ninguém,
mas acaba perdendo muita gente. Às vezes você olha para uma pessoa e acaba
enxergando potencial nela, seja pela aparência, seja pela formação escolar ou
pelo status social. Então você se aproxima e investe seu tempo, seus recursos e
até mesmo sua reputação para aquela pessoa não se perder. Mas, na verdade, esse
tipo de ação acaba fazendo com que mais pessoas se percam.
Quantas vezes nos apegamos apenas àqueles que combinam com a
nossa personalidade e deixamos de lado pessoas totalmente diferentes daquilo
que imaginamos como personalidades capazes
de exercer um ministério de sucesso dentro do reino de Deus?
Quando Deus diz
que os seus pensamentos são diferentes dos nossos, há muitos que não acreditam,
por pensarem que os seus pensamentos são os pensamentos de Deus.
E assim,
dentro dessa interpretação, inúmeras pessoas são excluídas do caminho do
crescimento espiritual.
De acordo com John Maxwell5, um estudo feito com mais 300
personalidades de sucesso como Winston Churchill, Mahatma Gandhi, Tomas Edson e
Albert Einstein revelou que um quarto deles eram portadores de deficiência,
como cegueira, surdez ou algum aleijamento. Três quartos haviam nascido na
pobreza, vindos de lares destruídos ou de situações extremamente tensas ou
tumultuadas.
Novamente, isso é um alerta: não perca ninguém! Nos últimos dias, a Seara é tão grande, mas
tão grande, que não podemos despedir os trabalhadores que o dono da Seara
enviar, ainda que não sejam aqueles que esperamos.
FATOR 06 – FORMÁVAMOS OS NOSSOS OBREIROS EM PEQUENOS GRUPOS
Líderes são desenvolvidos em Pequenos Grupos: Jesus desenvolveu
seus líderes num pequeno grupo de 12 pessoas.
Nossas lideranças, nas Assembleias de Deus, foram desenvolvidas
dessa forma, em pequenos grupos, como
Grupo de Jovens, Círculo da Oração, Escola Dominical, obreiros e etc.
O jovem José, por exemplo, fazia parte da equipe que dirigia
cultos ao ar livre. Essa equipe era formada por 10 irmãos, sendo que José
entrou para carregar a caixa de som em sua bicicleta. Ele aprendia observando,
perguntava e tinha responsabilidades no grupo. Um dia, pede uma oportunidade
para falar e, mesmo gaguejando e suando frio, dá seu recado. Ele inicia com a
saudação costumeira: “A Paz do Senhor”, abre a Bíblia, lê um trecho e em
seguida faz uma rápida explanação sobre o texto.
Após o culto, os demais se alegram com sua atitude e lhe
parabenizam. José quer mais e procura saber como melhorar. O líder do grupo dá
dois conselhos: “ore e estude mais a Bíblia”. Ele passa a fazer isso e com o
tempo não tem mais medo do microfone, até que se torna auxiliar do trabalho. Acompanhado
de perto pelo dirigente, participa das reuniões, dos estudos bíblicos e, mais
do que isso, José começa a ministrar esses estudos. Ele não foi formado sentado
em um dos bancos da igreja ouvindo sermões, mas sim formado em um ambiente de
pequeno grupo, a equipe de evangelismo.
Outro grupo das Assembleias de Deus que levantou vários líderes
foi o departamento de jovens. Lá tínhamos os cultos de treinamento nos domingos
à noite, antes de começarem os cultos.
Em meio aos jovens, era possível encontrar amigos no ensaio,
era possível conhecer as pessoas pelos nomes e assim recebíamos apoio e treinamento.
De lá saiam cantores e pregadores, tudo era muito prático. Claro que, por ser
um grupo grande (com mais de 30 pessoas), apenas aqueles que estavam perto da
liderança se destacavam e cresciam no ministério.
Essa máxima valia também para
os demais departamentos. Mas, sempre reproduzíamos um grande número de
lideranças a partir de Pequenos Grupos formados nas proximidades dos líderes
desses departamentos, nas inúmeras igrejas Assembleias de Deus que eram criadas
continuamente.
Na Assembleia de Deus no Brasil, temos em torno de seis
Pequenos Grupos: Jovens, Crianças, Círculo de Oração, músicos, obreiros e
Escola Dominical. Do meio destes Pequenos Grupos, nas proximidades do líder,
saem os líderes que mais tarde tomarão conta desses grupos, no mesmo lugar ou
em outro templo.
Agora, imagine criar, além desses seis, inúmeros outros grupos
pequenos, com líderes que irão influenciar o surgimento de uma série de
discípulos de Cristo. O impacto será gigantesco!
E é essa nossa proposta.
FATOR 07 – TÍNHAMOS FOCO NO CRESCIMENTO E MULTIPLICAÇÃO DE
NOSSAS CONGREGAÇÕES
Nossa denominação tem
por princípio multiplicar constantemente igrejas e não apenas Pequenos Grupos.
Mas, quando associamos esses dois objetivos − multiplicar Pequenos Grupos e
igrejas − o crescimento é explosivo.
Quando uma igreja consegue se reproduzir, ela se expande e influencia
várias gerações, assim como acontece com uma família que busca garantir sua
expansão e sobrevivência por meio dos filhos.
Deus nos deu uma ordem: “Sejam férteis e multipliquem-se...”
(Gn 1:28). Com relação a Abraão, a benção proposta sobre a sua vida também é de
Multiplicação: “Estabelecerei a minha aliança entre Mim e você e multiplicarei
muitíssimo a sua descendência” (Gn 17:2).
A multiplicação é apontada por Jesus como um fator
fundamental para sermos seus discípulos: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês
darem muitos frutos, e assim serão meus discípulos” (Jo 15:8).
Um dia, um pastor auxiliar da ADQB foi pregar em outro
campo, em um congresso de jovens em que o coral estava todo uniformizado, teve
coreografias e a igreja estava superlotada. Por volta das 22h, foi dada a
palavra ao nosso pastor para que pregasse e então ele pregou como se fosse a
última mensagem de sua vida. Ao final, foi feito o convite e 32 pessoas vieram
à frente atendendo ao chamado de Cristo.
Mais tarde, por volta das 23h, o pastor presidente do campo
pegou o microfone e nem mesmo olhou nos olhos daquelas pessoas que seriam suas
futuras ovelhas. Talvez isso aconteceu porque ele estava com pressa, ou porque
não acreditava que aquelas pessoas poderiam de fato se consolidar no seio da igreja.
Ou talvez porque ele entendia que o seu papel naquela noite estava cumprido com
“louvor”, já que a festa havia sido bonita e com resultados espirituais
expressivos.
Não tenho informações de quantas pessoas realmente
permaneceram daquelas 32, mas pode-se concluir, pelo descaso do pastor, que
nenhuma ficou. Tudo isso porque estamos perdendo o foco de darmos frutos e
garantir que esses frutos permaneçam.
Sabendo que só existe uma forma de um grupo crescer: que
novas pessoas venham a fazer parte dele. Todos os que fazem parte do grupo
precisam trazer amigos, parentes e vizinhos, com a finalidade de que essas
pessoas sejam evangelizadas.
Desta forma, evangelizar é um fato determinante para que
haja multiplicação nos Pequenos Grupos. Graças a Deus a Assembleia de Deus é
expert em evangelizar em ganhar almas, mas esquecemos de como tomar conta dos
Novos Convertidos.
Bem, apesar de termos prometido apenas 7 fatores, vamos lhe
dar mais um de bônus como forma de lhe dizer muito obrigado por ter lido todo
este e-book, queremos realmente ajudar a sua igreja crescer.
Então vamos lá:
FATOR 08 – DISCIPULÁVAMOS OS NOVOS CONVERTIDOS
A Assembleia de Deus, de forma inconsciente, sempre
trabalhou em multiplicar igrejas e não apenas um pedaço dela.
Meu pai, Pr. Landolfo Apinagés dos Passos, tinha muito apreço em abrir novas
congregações.
Entre os obreiros da igreja ele separava um irmão para ser o
dirigente e este recrutava outras pessoas para irem à nova congregação. Com o
passar do tempo, surgiam todos os Pequenos Grupos da Assembleia de Deus:
Crianças, Círculo de Oração, Conjunto Jovem, obreiros e EBD.
A maioria desses obreiros eram leigos, não eram nem mesmo presbíteros
da igreja, não possuíam curso teológico, nem mesmo possuíam anos de igreja, mas
tinham um desejo ardente de trabalhar na Seara do Mestre.
Normalmente, eram batizados com Espírito Santo e toda a sua família
servia a Jesus.
Infelizmente, a grande maioria dos nossos membros não têm oportunidade e não são
desafiados no início de sua carreira cristã.
Muitos deles não têm a atenção dos seus dirigentes, dos seus
líderes, na verdade, a maioria dos nossos “novos convertidos” são largados ao vento, ou seja, aqueles que não
tomarem uma iniciativa de se integrarem, de fazerem amigos, fatalmente irão se
perder.
Por causa disso, nossas igrejas precisam ter um trilho ou
caminho para ser apresentado a todos os
nossos novos convertidos.
Como se fosse um currículo que deverão construir, no
intuito de amadurecerem e se integrarem à igreja. E por incrível que pareça
antigamente tínhamos um trilho de crescimento muito bem definido, que com o
passar do tempo foi perdido.
Este Trilho era a Busca do Batismo com Espírito Santo.
Em nossa igreja, sempre foi uma máxima o Batismo com
Espírito Santo e por isso orientávamos os novos convertidos a buscarem essa
maravilhosa experiência. Somente os crentes batizados com Espírito Santo
poderiam exercer cargos e entrar para o Ministério da Igreja. Então, para todos
ficava claro que, após a conversão, o próximo passo que o novo convertido
deveria tomar seria em direção ao Batismo com Espírito Santo.
A pergunta clássica que o novo convertido fazia, que eu fiz e que você também fez é: o
que fazer para receber esse poderoso Batismo? Normalmente, orientávamos nossos
novos convertidos a pedirem o Batismo com Espírito Santo em oração, para tanto,
eles deveriam se consagrar, jejuar e participar das reuniões de oração. Então
os novos convertidos participavam de vigílias, frequentavam a oração da madrugada
e iam para as reuniões do Círculo de Oração.
Milhares e milhares de novos convertidos que entregaram sua
vida a Cristo nas Assembleias de Deus, no Brasil, receberam essa mesma orientação. Após a confirmação de sua entrega,
o próximo passo era receber o Batismo com Espírito Santo e o passo seguinte era
exercer um ministério. Geralmente, era perceptível a diferença entre um crente
que recebia o Batismo com Espírito Santo e outro que ainda não havia recebido.
Mas esta é uma prática esquecida nas Assembleias de Deus.
CONCLUSÃO
Este livro tem um caráter prático, as ideias aqui contidas
podem ser reproduzidas facilmente. Se muitas pessoas estão fazendo e fizeram o
que está relatado neste livro, você também pode fazer.
Proponho um desafio: comece apenas a instruir os seus novos
convertidos para que, de forma sistemática, busquem o Batismo com Espírito
Santo e você verá uma diferença significativa no processo de consolidação das
novas pessoas da sua igreja. Ou então crie uma simples trilha, com uma ou duas
literaturas, para que aquela pessoa chegue ao Batismo. Você verá que menos
pessoas saem pelas portas do fundo de sua igreja.
Talvez você não se sinta na direção de criar os Pequenos
Grupos em sua igreja, então faça o seguinte:
promova de forma planejada algumas ações em que todos os membros de sua
igreja se quiserem poderão participar. Faça, por exemplo, o “dia da Visitação”,
no qual as pessoas irão visitar 5 casas de amigos e parentes, previamente
agendadas, para levar uma palavra de cura e salvação e você verá o fervilhar
que acontecerá em sua igreja. Tudo isso porque você fez valer um princípio
muito usado pelas Assembleias de Deus: o Ministério deve estar na mão do povo.
Experimente ativar então o maior número de grupos possíveis,
como: Círculo de Oração feminino, Círculo de Oração masculino, Crianças,
Adolescentes, Jovens, Jovens universitários, Homens de negócios, terceira idade,
EBD e etc. E um fervilhar vai começar na sua igreja por causa de outro princípio
da Assembleia de Deus: precisamos buscar trabalhadores e não almas.
Ou, simplesmente, facilite a formação e a abertura de novas
congregações, comprando terrenos, desafiando os crentes a formarem os grupos
acima citados nesta nova igreja. Sua igreja imediatamente vai crescer porque
vai seguir um princípio que é utilizado há muitos anos pela Assembleia de Deus: foque na multiplicação de sua igreja e não na
centralização.
Normalmente, as pessoas, ao me ouvirem relatar esses
princípios, dizem: “mas essas coisas são fáceis de fazer, será que isso
realmente irá provocar o crescimento em minha igreja”? A verdade é que esses
são princípios fáceis de se entender, mas muitas vezes complicamos demais no
momento da execução.
Nossos pais na fé fizeram e nos deixaram como legado esta
grande igreja que está diante de nós.
Resta-nos trilhar os mesmos caminhos que eles trilharam, ou
seja, seguirmos os mesmos princípios que eles seguiram e esta grande obra vai
continuar a crescer. Outras denominações estão usando os mesmos princípios e
estão crescendo, com as lições que eles aprenderam com a nossa história.
Então nós não podemos ficar de fora, vamos voltar às nossas
origens para que esta revolução nunca venha a parar.
Fonte: www.joazipassos.com
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Concluindo
Amados em Cristo,
Tenho postado neste blog, na aba EVANGELIZAÇÃO, diversas matérias sobre como e porque devemos ganhar almas para Jesus.
O que foi acima exposto reitera tudo o que tenho falado sobre como se fazer evangelização no corpo a corpo, ou seja, através de oração nos lares, através do cuidado na conservação e crescimento do novo convertido...
Um conjunto de ideias realmente importantes, é o que está acima exposto, merecedor de nossa atenção.
Os líderes das igrejas devem acordar para a necessidade da evangelização eficaz, não com modernidades, mas com a simplicidade que veio da forma de evangelizar de Cristo, de seus discípulos e dos grandes líderes das igrejas Assembleia de Deus no Brasil, de tempos antigos.
Paz e Crescimento espiritual a todos.
Amém?
Missionário Virtual Geraldo de Deus 2019outubro,03
Obs.: 1) No presente momento não estou frequentando uma Assembleia de Deus. Em minha peregrinação determinada pelo Espírito Santo estou participando de uma pequenina, na verdade minúscula e incipiente, congregação da "Figueira Church".
Contudo, tenho certeza que o Consolador tem para mim algum objetivo naquela congregação. Sigo fazendo a vontade de Deus.
2) Para efeito de registro, hoje minha filha mais nova, Ana Carolina, minha parceira em meus livros publicados, completa quinze anos de idade.
Glórias a Deus que a tem mantido fiel a Cristo e frequentadora assídua dos cultos.
Amém!
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