Pastor
Ezequiel 34:15 - Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS.
Amados em Cristo,
Jesus Cristo, o Bom Pastor, o eterno Pastor celestial nunca rejeitou as ovelhas, pelo contrário, nos diz que o bom pastor dá sua vida pelas ovelhas.
Jesus nos ensina que o bom pastor tem intimidade com suas ovelhas,
Jesus nos ensina que as ovelhas seguem o Bom Pastor, porque elas conhecem a sua voz. Ele vai adiante delas e elas o seguem.E, por conhecerem o Bom Pastor, recebem dele proteção, nada temem, Ele as livra de qualquer ameaça e cuida com amor de cada uma, sem acepção.
Então, este exemplo de Jesus não deveria ser seguido pelos líderes cristãos que exercem a atividade de pastores do rebanho humano de Cristo?
Louve, Adore!
Tenho externado minha opinião acerca do caos que domina a igreja cristã protestante no Brasil, esfacelada em milhares de nomenclaturas, liderada por pessoas sem o chamado de Cristo, afundada em escândalos e absurdos, cheia de práticas mundanas contrárias às ordenanças de Cristo.
Assim, para não ficar batendo na mesma tecla, vou deixar o debate e as críticas por conta de dois artigos publicados na Net. Estão logo abaixo.
Pastores de si mesmos
Infelizmente estamos mergulhados em uma crise de
vocação ministerial sem fim. Ser pastor em uma sociedade como a nossa, não é
uma tarefa fácil, bem da verdade que se tornou uma árdua tarefa. A nossa
geração precisa ter consciência que os desafios que nos são propostos são
particulares a nossa geração. Como disse o pastor Luiz Duarte: "Cada
geração é responsável pela sua geração".
Vivemos em dias desafiadores, dias de alta tecnologia, da velocidade de informações,
da busca de soluções imediatas, dias onde "nada" é absoluto, mas tudo
tem sido levado ao crivo do relativismo. Uma das coisas mais difíceis que há em
nossos dias, é encontrar uma igreja autentica, sem o verniz da aparência por
cima de um arcabouço cavo, oco. Os pastores sentem-se sem ânimos, vencidos pela
modernidade das igrejas tecnológicas, pastores que outrora eram referencias
para sua geração, são postos de canto em detrimento das inovações juvenis,
alguns até irresponsáveis. Os dias em que vivemos são reflexos do século XXI,
um século permeado de desafios.
No meio desses desafios surgem outros, como por exemplo, o de continuar sendo
pastor, em uma sociedade que não tem como característica a busca pelo divino,
em uma sociedade que é caracterizada pela busca da espiritualidade fora de
Deus. A banalização e secularização do sagrado fazem com que as pessoas não
valorizem o ministério como algo que acontece por vocação e sim por ambição.
Ser pastor, não traz mais cunho de vocação, mas de uma oportunidade para sucesso
e fama no meio “gospel”.
A maior desilusão é quando encontramos pastores que abdicaram da verdadeira
vocação para com o rebanho de Deus, e passaram a apascentarem a si mesmos. Sim,
pastores que fazem das igrejas extensão de si mesmos, onde o apascentar o
rebanho de Deus, tornou-se secundário. Isso não é novo, na verdade é uma problemática
antiga que contribuiu para o desmoronamento do sistema religioso de Israel, a
voz de Deus pôde ser ouvida através do profeta Ezequiel no cativeiro Babilônico
que disse: “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e
dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam
a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?” (Ez 34.2).
Nos tempos onde as crises alçavam altos picos, em um ambiente fértil que germinava
nas pessoas a busca pelos seus próprios interesses, o profeta denúncia esse
mesmo sentimento no coração dos pastores que haviam abandonado o rebanho e
estavam apascentando a si mesmos.
Características dos pastores de si mesmos
O assunto não pode ser tratado de forma simplista, mesmo porque existem muitos
pontos a serem considerados, porém, quero destacar aqui pelo menos quatro características
que identificam pastores que inclinam-se a apascentar-se a si mesmos.
1. Se preocupam apenas consigo mesmos.
Existe uma linha muito tênue entre “cuida-te de ti mesmo” e apascentar a si
mesmo. Porque a necessidade do cuidado pessoal para a vida é obrigação do
obreiro, existem várias exortações bíblicas que nos apontam para esse cuidado,
Paulo disse a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina...” (I Tm 4.16),
porém, não podemos fazer uma coisa como desculpa para abandonar outra. Há
pastores que se preocupam em engodarem-se as custas do rebanho, sem critério
algum, causando estragos sem precedentes. É um fato muito triste ver como
alguns rebanhos são subjugados e extorquidos, em lugares onde se mercadejam as
bênçãos de Deus.
Ultimamente temos visto grandes exemplos através dos pastores midiáticos que
tem explorado o rebanho de Cristo sem o mínimo de misericórdia, alimentando
seus egos e seus projetos “megalomaníacos”.
2. Abandonam o rebanho. Uma das coisas
mais tristes que há é ver como os rebanhos estão abandonados, perdidos e
desorientados. Rebanhos sem pastores, rebanhos que são levados de um lado para
o outro por ventos de doutrina, buscando algo que possa saciar sua alma, pois
os pastores estão demasiadamente ocupados e não podem atendê-los. Jesus
lamentou sobre a condição do rebanho de Israel que tinha uma religião bem
resolvida e que gozava de certo status junto ao império, quando disse: “Vendo
ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).
Muitas pessoas literalmente abandonadas e aflitas. Muitas vezes, porque a ocupação
que parece ser demasiada, nada mais é do que necessidade de parecer importante.
Eugene Peterson diz o seguinte:
“Que maneira melhor do que ser ocupado? As horas incríveis, os horários cheios,
e as pesadas demandas no meu tempo provam para mim mesmo – e para todos que
observarem que sou importante”.2
O trabalho pastoral vai muito além dos cultos de domingos, as necessidades são
alarmantes, urgentes e imediatas.
3. Usam o rebanho como meio para fins. O rebanho de Cristo é o fim em si mesmo,
porque foi por pessoas de todas as tribos, raças e nações que Jesus morreu na
cruz e não por projetos que aparentemente viabilizam o alcance de “almas”.
Precisamos analisar com temor e tremor as palavras do apóstolo Pedro: “Assim
como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós
falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras,
até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si
mesmos repentina destruição [...]também, movidos por avareza, farão comércio de
vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não
tarda, e a sua destruição não dorme” (II Pe 2.1,3).
Infelizmente muitos pastores vêem o rebanho como clientes e não como ovelhas,
pessoas que buscam O Caminho, e simplesmente, dissimulam a verdade. Uma ocasião
um seminarista me perguntou qual era a diferença da administração de uma
empresa para administração de uma igreja, e eu respondi com poucas palavras: -
“Administrar uma empresa é ver as pessoas como um meio para se chegar a um fim,
que é o lucro. E, administrar uma igreja é enxergar as pessoas como o fim em si
mesmo”. Porque foi por nós que Jesus morreu. Por isso, devemos usar todas
estruturas envolvidas para que vidas sejam alcançadas e trazidas aos pés do
Bispo das nossas almas, Jesus.
4. Vivem do rebanho, mas não cuidam do rebanho. Muitos ainda esbarram em uma pergunta
antiga: O pastor deve ser remunerado? Acredito que a Bíblia tenha respostas
claras para essa questão e reforçando a idéia que sim (I Co 9; II Tm 2.6,7). Mas o fato é que, se vivem
assalariados pela obra, devem viver para a obra. E que obra é essa? Cuidar verdadeiramente
do rebanho. O Profeta Ezequiel novamente aparece no cenário com a exortação:
“Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as
ovelhas” ( Ez 34.3).
Infelizmente há pastores que evocam para si direitos especiais, mas que por
outro lado não cumprem com o dever, o de apascentar o rebanho de Deus.
Desenvolvendo a vocação com autenticidade
Em tempos assim, é difícil de se identificar qual o modelo de pastor a seguir.
Falta-nos referenciais e exemplos a serem seguidos. Pois, hoje, é preciso uma
renovação de entendimento para que venhamos a sair da masmorra secularizada em
que está mergulhada a nossa geração. Como superar esse momento e reformular em
algum nível, alguns modelos pastorais existentes em nossos dias? Como pregando
a outros, nós mesmos não venhamos ser reprovados no exercício pastoral?
Em primeiro lugar, é necessário ter em mente que o rebanho é de Cristo. Há uma
certa tendência dos pastores sentirem-se donos dos rebanhos, e querer usufruir
desse direito para fazer o que bem entender. O escritor Colin S. Smith diz o seguinte:
“...O uso do nome de Deus por líderes espirituais com o intuito de confirmar as
próprias idéias é pura exploração e torna-se uma forma de chantagem espiritual.
É uma ofensa contra Deus e um pecado que ele não considera superficial” .
Essa é uma tendência que escamoteia o rebanho e leva apodera-se do mesmo.
Porém, quando lembramos a nós mesmos que o rebanho é de Cristo, a noção muda, o
ministério e a vocação tomam outro significado. O apóstolo Pedro diz:
“pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas
espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;
nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos
do rebanho” (I Pe 5.2,3). O rebanho foi
confiado pelo próprio Jesus Cristo, e jamais podemos querer apropriar-nos dele.
Cristo é o Bom pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Nós podemos construir a
infra-estrutura, mas as pessoas, continuam sendo do “...Bispo e Pastor das
vossas almas” ( I Pe 2.25).
Em segundo lugar, é preciso desenvolver a chamada por vocação. Poucos pastores
têm a certeza da vocação. Muitos foram lançados na arena e deixados ao leu, sem
estrutura ou convicção da própria chamada. Outros são abandonados à própria
sorte, tendo que lutar, muitas vezes sozinho com dificuldades existenciais esmagadoras.
Infelizmente tem crescido o número de pastores que cometem suicídio e que tem
desistido de tudo, do chamado e até mesmo da vida. O apóstolo Paulo sabia que
para pregar o Evangelho de Cristo e pastorear o rebanho de Deus, tinha que ser
vocacionado, e por isso, afirmou dizendo: “Porém em nada considero a vida
preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério
que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”
(At 20.24).
O apóstolo Pedro parou de hesitar em seguir a Jesus e entender qual era sua vocação,
não apenas depois do Pentecostes, mas depois que Jesus mirou os seus olhos, e
lhe pediu a maior prova de amor que ele poderia demonstrar que era:
“apascentando o seu rebanho” (Jo 21.15-17).
Um chamado à vocação.
A vocação para o ministério não envolve fracasso profissional em dimensões seculares,
projeção publica através do ministério e do rebanho. Não! Mas sim, uma vida de
entrega a Jesus, tendo plena convicção que o seu chamado não foi dado pelos
homens e sim pelo próprio Jesus, que deu uns também para pastores “...tendo em
vista o aperfeiçoamento dos santos” (Ef 4.12).
Tenha consciência que os profetas, apóstolos, bispos, presbíteros e pastores
que a Bíblia Sagrada menciona, superaram os mais diversos obstáculos, porque
eles sabiam em quem estavam crendo. Para eles, viver era atender a vocação que
Deus os confiou, de maneira que de alguns deles, o escritor aos Hebreus
confirma: “homens dos quais o mundo não era digno...” (Hb 11.38).
Em terceiro lugar, deve considerar que um dia será chamado à prestação de contas.
Nenhum pastor pode ignorar essa verdade, seremos chamados à prestação de contas
do rebanho que nos foi confiado. O escritor aos Hebreus diz: “Obedecei aos
vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como
quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque
isto não aproveita a vós outros”. (Hb 13.17). Já vi muitos pastores fazendo
menção desse versículo apenas para exigir submissão e obediência, porém, esquecendo-se
que, não passa desapercebido o texto que diz: “...como quem deve prestar
contas...”. Essa é uma responsabilidade unânime no ministério pastoral, e que
deve ser encarada com zelo e com amor. Foi com essa consciência que o apóstolo
Paulo afirmou para os Tessalonicenses que tinha agido como uma mãe e como um
pai com a igreja (I Ts 2.7,11).
Por último, é preciso dessecularizar o ministério pastoral. Todos nós sabemos
que o ministério pastoral é um oficio espiritual, mas nesse mundo secularizado
de hoje, onde muitas pessoas não conseguem enxergar além de uma visão
materialista e ultrajante em todas as dimensões, precisamos lembrar que o mesmo
Jesus que nos chamou para apascentar, nos chamou para o fazer por uma dádiva
espiritual e não secularizada. Todos os instrumentos que utilizamos para o
progresso do Evangelho são de grande importância, mas nada pode substituir a
cruz de Cristo, de onde vem toda fonte de amor, dedicação sacrificial, entrega
e devoção à chamada para apascentar. Precisamos de pastores que realmente
conheçam o coração de Deus, como diz a Bíblia Sagrada: “Dar-vos-ei pastores
segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência”
(Jr 3.15).
Pastores estereotipados de "executivos" e de “super ungidos” são
desnecessários para o rebanho. Um pastor precisa ser gente como seu rebanho, no
mesmo arquétipo do próprio Cristo, vivendo como nós, passando a ser um de nós,
sem negar a sua essência humana. Já ouvi de pastores que não se misturam com
seus rebanhos para não parecer um deles. Isso é um fracasso no ministério
pastoral, porque nenhuma liderança que é imposta por ostentação, por falsa
impressão será valorizada. Podem até lhe aplaudir, mas no fundo saberão, que
não passa de elucubrações humanas.
Que a chamada pastoral seja mais valorizada e que possamos nos aventurar em
caminhar nos dedicando à fundo na chamada e na vocação que o Senhor nos tem
confiado, atendendo a vocação de apascentar o rebanho de Deus e alcançando
respeito diante dos homens como afirmou o apóstolo Paulo: “Assim, pois, importa
que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios
de Deus” (I Co 4.1).
Paz seja convosco!
1. PETERSON, Eugene. O Pastor Contemplativo. Editora Textus, p. 28.
2. SMITH, Colin S. As maiores lutas da
sua vida. Editora Vida, p. 45.
A triste realidade da igreja evangélica nos dias de hoje!
Fico imaginando, o que aconteceu, com nossas Igrejas, é muito triste o que vemos no cenário nacional, já parou para observar o comportamento das igrejas evangélicas no Brasil?
Dizem que somos o povo do avivamento, que o Brasil é um celeiro de cristãos, com um potencial enorme para evangelizar o mundo! Será?
Realmente, o Brasil é uma das nações onde as igrejas evangélicas mais crescem, mas crescem em qualidade ou em quantidade?
E as igrejas históricas e tradicionais, em busca de um “avivamento” que muitas das vezes não tem nada de espiritual, estão se perdendo também neste cenário gospel da atualidade.
O problema é que a Igreja, seja ela Reformada, histórica, tradicional, pentecostal, neo pentecostal, ou o que for, ela precisa saber que o papel da igreja, é ganhar almas para CRISTO, o problema é que em todos os exemplos que citei acima, em nenhuma se prega o verdadeiro evangelho de JESUS CRISTO.
Estão esquecendo-se de dizer que só JESUS CRISTO SALVA, não estão pregando o evangelho da salvação, porque pensam eles: “não da ibope”.
Os pregadores de hoje estão querendo dizer o que o povo quer ouvir, e não o que o povo precisa ouvir, estão pregando um evangelho barato, que muitas vezes sai caro mesmo é pros seguidores deles.
Precisamos pregar o evangelho, que transforma, que confronta direto com o pecador, que faz o homem reconhecer o seu estado original, de pecador, se arrepender de seus pecados e entregar sua vida a CRISTO.
É simples, é só falar do pecado, da justiça e do juízo, dizer ao homem que ele é pecador, mas que CRISTO, morreu para o salvar, que basta ele se arrepender, e CRISTO o salvará! O resto pode deixar com YHWH! Que o ESPIRITO SANTO cuidará de fazer a transformação, pois ele é quem convencerá!
Viu como é simples, é só sair do pedestal, descer um pouco, se lembrar que o trabalho de conversão pertence a DEUS, que somos apenas vasos na mão do oleiro.
O grande problema, é que esse tipo de pregação salva o perdido, mas não dá muito retorno financeiro, como dá o tal evangelho da prosperidade, por exemplo.
Ezequiel 34:4 As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
Ezequiel 34:5 Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.
O resultado deste procedimento irresponsável e omisso de tais pastores é o esvaziamento do redil, é o comprometimento do rebanho, é a perda das ovelhas que se espalham.
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