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Romanos 1:7 - A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.





Cristianismo primitivo 

É o nome dado a uma etapa da história do cristianismo de aproximadamente três séculos (I, II, III e parte do IV), que se inicia após a Ressurreição de Jesus (30 d.C.) e termina em 325 com a celebração do Primeiro Concílio de Niceia. 

É tipicamente dividido em Era Apostólica e o Período Ante-Niceno (desde a Era Apostólica até Niceia). 


A mensagem inicial do Evangelho foi espalhada oralmente, provavelmente em aramaico. 


Os livros do Novo Testamento Atos dos Apóstolos e Epístola aos Gálatas registam que a primeira comunidade da igreja cristã foi centrada em Jerusalém e tinha entre seus líderes Pedro, Tiago, João, e os demais apóstolos.


Os primeiros cristãos, como descrito nos primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos, ou eram judeus ou eram gentios convertidos ao judaísmo, conhecidos como judeus-cristãos. 


Tradicionalmente, o Cornélio, o Centurião, é considerado o primeiro gentio convertido. 

Saulo de Tarso, depois de sua conversão ao cristianismo, reivindicou o título de Apóstolo dos Gentios. A influência de Paulo no pensamento cristão se diz ser mais significativa do que qualquer outro autor do Novo Testamento. 

Até ao final do século I, o cristianismo começou a ser reconhecido interna e externamente como uma religião separada do judaísmo rabínico. Como mostrado pelas numerosas citações nos livros do Novo Testamento e outros escritos cristãos do século I, os primeiros cristãos tinham como regra de fé e prática os ensinamentos da Bíblia judaica - Antigo Testamento, e em geral eles liam ou a versão grega (Septuaginta) ou a tradução aramaica (Targum).


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FATOS MARCANTES NA QUEDA DE JERUSALÉM 
DIANTE DO IMPÉRIO ROMANO.



Flávio Josefo



Quase tudo que sabemos sobre os fatos que ocorreram com os primeiros cristãos, fora o que encontramos na bíblia sagrada, tem como fonte este historiador de origem Hebraico/romana.

Não devemos, contudo, acreditar piamente em seus registros, já que ele foi um personagem que sempre visou os próprios interesses acima de quaisquer outros. Devemos conhecer, ler, analisar e buscar fontes alternativas de informação para tirarmos conclusões realmente verídicas.   Boa leitura.


Missionário virtual: Geraldo de Deus



Compilação sobre o historiador que nos relata os acontecimentos envolvendo a queda de Jerusalém diante de Tito, bem como fatos marcantes para entendermos o contexto histórico daquela época recheada de rebeliões e enfrentamento do povo judeu contra o império romano. 


Flávio Josefo

Nome completo Yosef ben Matityahu

(יוסף בן מתתיהו)

Nascimento 37 (ou 38) e.C.

Morte 100 (63 anos) e.C.


Flávio Josefo, ou apenas Josefo (em latim: Flavius Josephus; 37 ou 38 — após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo (latim: Titus Flavius Josephus), foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. 


As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I.


Suas duas obras mais importantes são Guerra dos Judeus (c. 75) e Antiguidades Judaicas (c. 94).

 O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica contra Roma (66-70), enquanto o segundo conta a história do mundo sob uma perspectiva judaica. 

Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como sobre o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo e as origens da Dinastia Flaviana, que reinaria de 69 a 96 e.C.



As informações que dispomos sobre a sua vida provêm principalmente de sua auto-biografia (Vida de Flávio Josefo). 

Josefo, que se apresentou em grego como Iósepos (Ιώσηπος), filho de Matias, sacerdote judaico, teria nascido em Jerusalém numa família de cohanim (sacerdotes), onde teria recebido uma educação sólida na Torá. 

Sua mãe descendia da família real dos Hasmoneus. Aos treze anos de idade, ele iniciou o seu aprendizado sobre três das quatro seitas judaicas: saduceus, fariseus e essênios optando aos dezenove anos de idade por aderir ao farisaísmo. 

Em sua obra, Josefo atribui aos zelotas, a quarta seita, a responsabilidade por ter incitado a revolta contra os romanos, que conduziu à destruição de Jerusalém e do Templo.


Em 64, contando com vinte e seis anos de idade, seguiu numa embaixada a Roma onde obteve, por intermédio de Pompeia Sabina, esposa do imperador romano Nero, a libertação de alguns sacerdotes hebreus condenados pelo governador da Judeia, Marco Antônio Félix. 

Ao regressar à Judeia, Jerusalém encontrava-se à beira da revolta. Josefo procurou dissuadir os líderes mas os seus esforços foram inúteis, tendo os revoltosos tomado a Fortaleza Antônia (66). Josefo, com receio de ser acusado de partidário dos romanos, refugiou-se no Templo. 


Entretanto, após a morte de Manaém e dos principais líderes da revolta, uniu-se aos sacerdotes do Sinédrio (Sanhedrin) que, naquele momento, aguardavam a chegada das tropas de Cássio para sufocar a revolta, o que não se concretizou pela derrota destas.


Foi enviado pelo Sinédrio para a Galileia. À sua chegada, relatou a Jerusalém que os galileus estavam prestes a marchar sobre Séforis, cidade leal a Roma. Foi designado então, pelo Sinédrio, para governar militarmente a província, que fez fortificar. Defrontou-se com a oposição dos extremistas liderados por João de Giscala, que o acusavam de tender à contemporização.



Galileia, governada brevemente por Josefo.


Enfrentou as forças de Plácido, enviadas por Géstio Galo para a região. 

Em 67, as tropas de Vespasiano tomaram Jotapata, e Josefo, com quarenta homens, escondeu-se em uma cisterna. 

Com a descoberta do esconderijo, foi-lhes proposto que se rendessem, em troca, das próprias vidas. 

Josefo teria sugerido então um método de suicídio coletivo: tirariam a sorte e matariam-se uns aos outros, de três em três pessoas; restaram apenas Josefo e mais um homem. 


Há quem veja o ocorrido como um problema matemático, por vezes designado como problema de Josefo ou Roleta Romana. Josefo convenceu este seu soldado a se entregar então às forças romanas que invadiram a Galileia, em julho de 67, tornando-se prisioneiro de guerra. 

As tropas romanas do imperador romano, (Flávio) Vespasiano, eram comandadas por seu filho, Tito, ele próprio futuro imperador. 

Em 69, Josefo foi libertado e, de acordo com seu próprio relato, teria tido um papel de relevo como negociador com as tropas de resistência durante o cerco de Jerusalém, em 70, fazendo discursos incitando os revoltosos ao arrependimento, sem que fosse ouvido. 

Indo para Roma, após a queda de Jerusalém, foi bem aceito, assumindo o nome romano de seu protetor Flávio Vespasiano, e recebido a cidadania romana. Passou também a receber uma generosa pensão. Além disso, tratou de aumentar suas rendas, obtendo permissão de Vespasiano para, através de seus agentes, adquirir, a preço vil, terras na Judeia, confiscadas dos envolvidos na revolta. As honrarias prosseguiram sob o reinado de Tito e de Domiciano.

Em 71, Josefo chegou a Roma com a comitiva de Tito; cidadão romano, passou a ser um cliente da dinastia dominante, os flavianos. foi durante sua estada em Roma, e sob patronagem flaviana, que escreveu todas as suas obras conhecidas. 


Embora Josefo só se refira a si próprio por este nome, parece ter adotado o prenome Titus (Tito) e o nomen Flavius (Flávio) de seus patrões. Esta prática era costumeira para todos os 'novos ' cidadãos romanos.


A primeira esposa de Josefo morreu, juntamente com seus pais, durante o cerco de Jerusalém, e Vespasiano arranjou-lhe um casamento com uma mulher judaica que também havia sido capturada. Esta mulher o abandonou e, por volta de 70, ele casou com uma judia de Alexandria, com quem teve três filhos. Apenas um, Flávio Hircano (Flavius Hyrcanus), sobreviveu além da infância. 

Josefo se divorciou posteriormente desta sua terceira esposa e, aos 75 anos de idade, se casou pela quarta vez, com uma judia de uma família distinta de Creta. Este último casamento produziu dois filhos, Flávio Justo (Flavius Justus) e Flávio Simônides Agripa (Flavius Simonides Agrippa).



Imagem romantizada de Flávio Josefo, na tradução de suas obras por William Whiston.


A vida de Josefo é recheada de ambiguidades; para seus críticos, ele nunca explicou satisfatoriamente seus atos durante a Guerra Judaica — como por que ele não teria cometido suicídio na Galileia, com seus companheiros, e por que, depois de sua captura, aceitou a patronagem dos romanos.


Seus críticos, no entanto, ignoram o fato de que Simão bar Giora e João de Giscala, ambos zelotas extremistas e grandes oponentes de Josefo que permaneceram em Jerusalém e lideraram os combates contra os romanos em sua última etapa, preferiram — num momento de honestidade — a vida ao suicídio, e humildemente se renderam aos romanos.


Aqueles que viram Josefo como um traidor e informante também questionaram sua credibilidade como historiador — desprezando suas obras como propaganda romana ou uma apologética pessoal, destinada a reabilitar sua reputação histórica. 


Mais recentemente, os críticos vêm reavaliando as visões pré-concebidas de Josefo. Um argumento importante é a comparação entre os danos causados por seus atos e aqueles dos idealistas que reprovaram seu comportamento; enquanto Josefo teria sido responsável pelo suicídio de alguns soldados, pela humilhação temporária de um exército enfraquecido e pelo transtorno de uma esposa, os bons, leais, idealistas e corajosos, devotos e patrióticos líderes de Jerusalém tinham sacrificados dezenas de milhares de vidas à causa da liberdade; 

Tito e Vespasiano sacrificaram dezenas de milhares mais à causa da ordem civil, e até mesmo Agripa II, o rei da Judéia, cliente romano, que fez tudo o que podia para evitar a guerra, acabou supervisionando a destruição de meia dúzia de cidades e a venda de seus habitantes como escravos.


Josefo foi sem dúvida alguma um importante apologista, no mundo romano, para a cultura e o povo judaico, particularmente numa época de conflito e tensão. Sempre permaneceu, pelo menos em seus próprios olhos, um judeu leal e cumpridor das leis. Fez tudo o que podia para indicar o judaísmo aos gentis letrados, e para insistir sobre sua compatibilidade com o pensamento aculturado greco-romano. Constantemente se manifestou a respeito da antiguidade da cultura judaica, apresentando seu povo como civilizado, devoto e filosófico. Eusébio relata que uma estátua de Josefo teria sido erguida em Roma.


Escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia, em língua aramaica. Escreveu, depois, em grego, outra obra de cariz histórico que abarcava o período que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém. 


Este livro, a Guerra dos Judeus, foi publicado em 79 e.C. A maior parte do livro é diretamente inspirada na sua própria vida e experiência militar e administrativa.


As Antiguidades Judaicas (escritas cerca de 94 em grego) é a história dos Judeus desde a criação do Gênesis até à irrupção da guerra da década de 60. 

Acrescentou, no final, um apêndice autobiográfico onde defendeu a sua posição colaboracionista em relação aos invasores romanos. O seu relato, ainda que com um paralelismo evidente em relação ao Antigo Testamento, não é idêntico ao das escrituras sagradas. 

Há quem defenda que estas diferenças se devam à possibilidade de Josefo ter tido acesso a documentos antigos (que remontariam até à época de Neemias) que teriam sobrevivido à destruição do templo. A maior parte dos acadêmicos não dá crédito a tal suposição. 


Neste livro encontra-se o famoso Testimonium Flavianum, uma das referências mais antigas a Jesus, mas considerada por alguns estudiosos uma interpolação fraudulenta posterior.

Contra Ápion é outra obra importante deste autor, onde o judaísmo é defendido como religião e filosofia realmente clássica, em contraponto às tradições mais recentes dos gregos. 

O livro serve para expor e refutar algumas alegações anti-semíticas de Ápion, bem como mitos antigos, como os de Mâneton.


Sua última obra, foi uma autobiografia (Vida de Flávio Josefo), que nos revela o nome do adversário ("Justo de Tiberíades", filho de Pistos), ao qual essa obra vem responder e as censuras que lhe faz Josefo. Essa obra é cheia de lacunas, confusa e hipertrofiada. E ela traz sobre a vida de Josefo informações preciosas, que não encontramos em nenhum outro historiador da antiguidade.









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HISTÓRIA DE JERUSALÉM E DO TEMPLO JUDAICO

JERUSALÉM

Jerusalém é uma cidade antiga na nação moderna de Israel. Ela é considerada sagrada por pessoas de muitas crenças, inclusive cristãos, judeus e muçulmanos. Consequentemente, a cidade é disputada a milhares de anos.


A HISTÓRIA CONQUISTA 


Quando soube que Gideão havia feito um acordo com o exército judeu de Josué (Josué 9), Adoni-zedek, rei de Jerusalém, se juntou com os reis de Hebrom, Jarmuth, Lachish e Eglon e atacaram Gideão.

Em resposta ao ataque, Josué dirigiu seu exército e não só venceu como também matou os cinco monarcas de Makkedah.
Aparentemente a tribo de Judá tomou posse da cidade e a incendiou depois da vitória ,(Juizes 1:8). Mas os Jebuseus ficaram com o controle da cidade até a época de David.
A cidade também servia como uma espécie de fronteira separando as áreas herdadas pelas tribos de Judá e Benjamin.

O TEMPLO


Davi, o rei Davi, conquistou Jebus (Jerusalém) e a tornou sede de seu reinado. Quis construir o templo para YHWH, mas Este não o permitiu. Seu filho que o sucedeu no trono, Salomão, foi quem realizou tal feito, conforme a vontade de Davi.


Salomão transformou Jerusalém em uma cidade muito importante. Uma de suas maiores realizações foi a construção do primeiro templo. Demorou sete anos para ser construído {de abril/maio 966 (1 Reis.6:1) a outubro/novembro 959 (1 Reis 6:38)}.


371 anos após ser inaugurado, o templo de Salomão foi detruído juntamente com a cidade santa.

Jerusalém foi completamente destruída pela Babilônia em 588 a.C. 
O fogo engoliu as portas da cidade, o templo e o palácio de Salomão; os muros da cidade foram destruídos. Os tesouros do templo foram levados e os residentes de Jerusalém que sobreviveram foram em sua grande maioria levados como cativos para a terra dos caldeus.



O SEGUNDO TEMPLO


Segundo o relato bíblico, a reconstrução do templo foi designada pelo xá aquemênida Ciro.(2 Crônicas36:22-23; Esdras 1:1-4). Um número pequeno de judeus retornou com Sheshbazzar, um príncipe de Judá ,(Esdras.1:8-11 e  Esdras 2:2).


No ano 538 a.C., Ciro apodera-se da Babilônia, ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras, terá tido lugar sob o sacerdote Josua, filho de Jazadaque e Zorobabel, filho de Sealtiel. A obra, porém, foi interrompida durante o reinado de Ciro, e só foi retomada no reinado de Dario.


Em 515 a.C. abriram-se as portas de um novo templo, e novamente houve a Páscoa em Jerusalem .6:15-18.


Esdras veio a Jerusalém no sétimo ano de Ataxérxes Esdras 7:7 provavelmente por volta do ano de 458 BC. Novamente, um pequeno número de judeus sentiu a necessidade de enfrentar a dura jornada de volta a Jerusalém.


Por volta de 445 BC, Neemias ouviu falar das dificuldades enfrentadas pelos judeus que retornaram a Jerusalém (Neemias 1:3-4), ele obteve graça perante o rei que o autorizou deixar seu trabalho de copeiro do rei e ir a Jerusalém onde se tornou governador. 

Com a sua liderança e exemplo, o povo reconstruiu os muros de da cidade em 52 dias.(Neemias 1:3-4).

O PERíODO ROMANO

No ano de 40 a.C., com a ajuda dos Parthians, os Antigonus atacaram e tomaram posse de Jerusalém forçando assim o seu governador, Herodes, a fugir durante a noite. 
Ele foi a Roma, onde o senado Romano o fez rei dos judeus, (Mateus 2:1). Este foi o começo do abominável governo de Herodes, que reinou em Jerusalém por 33 anos. 
Herodes transformou um forte velho da cidade numa estrutura muito maior e o chamou de Antonia em homenagem à Marco Antonio, governador Romano.
Em 20 a.C. Herodes deu início à reconstrução do templo reconstruído na era de Neemias, , mas não ficou pronto até 64 d.C. , apenas seis anos antes de Titus destruí-lo ,(João 2:20).


A história de Jerusalem continua até os dias de hoje, porém desde a época de Jesus sua história tem sido marcada com lutas constantes pelo seu controle. 
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Concluindo

Estaremos dando sequência ao estudo da Igreja Primitiva de Cristo em postagens posteriores. É assunto vasto e muito importante, pois devemos resgatar nos dias de hoje a maneira como os apóstolos agiram, tornando a igreja de Cristo, embora perseguida, sempre crescente, a cada dia ganhando almas e seguidores, tendo se espalhado por todo o mundo da época, fiel ao Ide de Cristo.
O evangelho de Cristo ganhou o mundo e através da unção do Espírito Santo aconteciam sinais e milagres onde quer que os apóstolos estivessem.

Amém?


Jesus é hoje o mesmo de antes, Ele não muda. Jesus salva, cura, liberta, dá renovo de vida e renovo de esperança. Só ele tem em si Virtude e domínio, e somente Ele pode perdoar nossos pecados.


Aleluia!



Missionário Virtual Geraldo de Deus               2012outubro,12

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